sexta-feira, 26 de maio de 2017

Pauta de Hoje: Slowdive, Twin Peaks, News, Vinil FM, Siouxsie Sioux, etc...



SLOWDIVE

Depois de um término (em 1995) e seu retorno, em 2014, os ingleses viajantes do Slowdive lançaram seu mais novo álbum. "Slowdive" (2017) é o nome desse. Assim mesmo, de forma homônima. O último, "Pygmalion", de 95 foi o derradeiro registro deles. Depois disso, os membros formaram o Mojave 3. Sempre comparados com as principais bandas de shoegaze como My Bloody Valentine e Chapterhouse, o Slowdive era ainda mais etéreo. Os rótulos que mais saltavam à vista acerca deles era de um dream pop ou ambient tamanha capacidade de viajar e transmitir um som específico. O quinteto sempre primou por excelentes canções e conquistou a crítica e aos fãs desse estilo. Diria que até outras pessoas se interessaram por ser bem refinado e de bom gosto. Tudo bem que não é consenso geral, sobretudo no Brasil, ouvir um som mais dream e low, mas a mistura de estilos nunca desagradou também. Bom... Fato é que eles lançaram esse disco homônimo esse mês e ouvi com muita atenção. "Sugar For the Pill", primeiro single do álbum, é apaixonante. Versos belos e uma sonoridade ímpar. Ela se destaca um pouco no disco. "Star Roving", que saiu como single também é extremamente bela. Há referências claras neles em bandas como Cocteau Twins, Jesus And Mary Chain e Ride. Isso é um puta elogio, ok? A voz de Rachel Goswell segue inspiradíssima juntamente com Neil Halstead. Funciona demais. "Slomo", canção que abre o trabalho também é de ótimo gosto. Existe uma melancolia e um cenário mais pensativo no trabalho. Mas, não é um disco que deprime. Ao contrário. Ideal para escutar em viagens, naquele tempo que você quer dar para seus problemas cotidianos ou até mesmo degustar uma boa bebida. Arrisco a dizer que é um dos candidatos nas listinhas de fim de ano como um dos ótimos trabalhos de 2017. Oito canções lindas, criativas, carregadas de emoção e sonoridade refinada. Indicaria mais duas: "No Longer Make Time" e "Go Get It". Quando ouvi o disco arranjei uma versão com uma canção bônus:"Sugar for the Pill - Avalon Emerson's Gilded Escalation" e seus nove minutos e pouco. Um som lindo com uma batida semelhante ao Massive Attack. Maravilha!!!! Em tempo: eles estiveram semana passada em Sampa. Amigos contaram que foi divino, maravilhoso! kkk

Ouça "Star Roving"




- Saiu no Netflix os episódios novos de "Twin Peaks" de Lynch (foto). A história do assassinato de Laura Palmer (pergunta teimosa que rondava à época) retorna ao streaming para apreciação dos fãs. Quem quiser recomeçar, favor ver a série premiada dos anos 90 e depois mergulhar em novas tramas. Uma boa, hein?

- Falando no diabo...ops. David Lynch... Ele está de volta em Cannes. Exatamente por conta da série. Foi ovacionado na França. Ausente por um bom tempo, Lynch estava deveras feliz. 



- Falando em séries... Dessas novas eu curti "Dear White People". Um show que aborda o racismo e coloca em voga jovens ativistas dentro de uma universidade americana. As tramas são ágeis e mordazes (como os nossos tempos) e toca na ferida. Não espere ver nenhuma obra-prima. Não. Longe disso. Mas, eu sempre acho auspicioso abordar temas que são importantes e relevantes para nossa sociedade como um todo. Acho obrigatório, inclusive. Há de se observar e há de se agir. Acorde!

- Fiz dois programas que me orgulho no "Disco Que Amamos (Vinil FM)": Sgt Peppers, por conta de junho estar batendo a porta, e esse disco completar 50 anos - e da Siouxsie And The Banshees por a cantora completar amanhã (27) sessenta anos. Ficaram ótimos os programas. E agradeço demais a audiência. 



* Discos Que amamos vai ao ar toda segunda-feira, às 21 horas, pela Vinil FM. A produção e apresentação é minha. Seja sempre bem-vindo. 


Só clicar e dar play!

SAUDADE

É um exercício difícil conviver com saudade. Mais complicado é absorver uma saudade que nunca lhe foi plena e concreta. Refiro-me as pessoas nas quais nós nunca convivemos sequer falamos e mesmo assim deixaram um vazio no peito. Pessoas que moldaram seu desenvolvimento, cultura e estiveram, de algum modo, presentes em inúmeros momentos. Claro que a obra desses fica e sempre temos o convite em escutar, ler ou sentir tudo aquilo em suas músicas. Isso eu sempre soube. No entanto - você permanece estranho e sente o vazio, a saudade... De dois anos pra cá perdi dois homens que guardo admirações e carinho. Ugh! A vida é assim... Vez em quando me pego pensando neles e aperta o coração. Muitos chamam de sensibilidade outros de apego. Não sei. Talvez nem queira saber. Apenas gostaria de deixar registrado aqui e agora que Leonard Cohen e David Bowie fazem imensa falta. Muita. Ambos embalaram minha adolescência, juventude e maturidade. E seguirão assim. E, infelizmente não vi nenhum show de ambos. Aff... Fica a lembrança de dezenas de histórias que tenho com o som deles. Amigos, paixões e família. Na minha cabeça o "play" não para. E, segue rolando Cohen e Bowie. É isso...

TRACKLIST

I'm Your Man (Leonard Cohen)
Avalanche (Leonard Cohen)
Iodine (Leonard Cohen)
Starman (David Bowie)
Everyone Says Hi (David Bowie)
Heroes (David Bowie)



Miss you, guys...

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pauta de Hoje: Sgt Pepper's & Stone Roses


SGT. PEPPER'S

Estamos a cerca de menos de um mês para o aniversário de cinquenta anos do supra citado álbum. O mais enigmático e glorioso da carreira dos Beatles. "Mas, Léo... Eu gosto mais do álbum branco ou do Revolver". Ok. Sem problemas. Não intenciono puxar sardinha pro disco, porém de toda discografia da banda, Pepper's (vou intimamente chamá-lo assim), é o que mais histórias e bastidores têm pra contar. Existe um fichário exclusivo do disco só com informações sobre as gravações, os arranjos, a revolução sonora e a arte da capa no google. A história começa exatamente quando a banda cria "Tomorrow Never Knows" no Revolver em 1966. Aquela sonoridade é o que John e Paul queriam a seguir na carreira dos Beatles. Dito pelos próprios e por George Martin, o produtor e quinto integrante. Paul compôs uma canção e batizou de Sgt. Pepper's. Imaginou uma banda fictícia chamada "Banda do Sargento Pimenta e os corações solitários" Era somente uma canção. Mas, Paul deu a ideia ao outros: Por que não um disco inteiro da tal banda? John e Martin toparam na hora. Afinal todos queriam um som diferente. E aí, meu amigo, trouxeram tudo que não haviam feito anteriormente e mais... Duplicaram, triplicaram sonoridades, "Reverbs", adicionaram orquestra, passaram noites com técnicas de estúdios novas e arrojadas, mudaram duas vezes de estúdio, enriqueceram as canções com elementos indianos, "microfonaram" todos os instrumentos, inverteram os canais de gravação e muito mais. Fizeram uma real revolução no estúdio. Ok...Ok... Adicionados de bastante álcool e entorpecentes. Sim! Tomaram muitos ácidos. Fato. Martin tentou uma vez desmentir, mas Paul o corrigiu. Maconha era cigarro normal... De qualquer modo o resultado foi o melhor possível. Produziram um dos melhores discos de todos os tempos. Simples assim. Qualquer lista decente de música constam Sgt Peppers e Pet Sounds (Beach Boys) lá nas cabeças. Exatamente por tudo que representou essa virada de som. Bom... Não vou ficar aqui dissertando coisas que vc pode ler por aí em suas pesquisas. O fato é que no dia 1 de junho de 1967 era lançado uma das maiores obras de arte da música popular mundial. E, contarei mais bastidores no meu programa na Vinil FM semana que vem. Avisarei nas redes sociais... Salve Sgt. Pepper's. Uma obra de arte do nosso tempo.


THE STONE ROSES

A banda de Manchester, formada nos anos 80 é tema do próximo programa "Discos Que Amamos" na Vinil FM, segunda, dia 8 de maio às 21 horas. Para quem (ainda) não sabe é o programa que eu produzo e faço toda segunda. E o disco que eu escolhi foi o primeiro. "The Stone Roses" (homônimo) lançado em 1989 e que fez um barulho imane ao fim da década. É um trabalho primoroso deles. Se na América o Nirvana estouraria dois anos depois os Stone Roses fizeram antes no Reino Unido. Mas, o trabalho só foi bem entendido depois que surgiram os "franjinhas" dos anos 90. Famosa "Madchester". Inspiral Carpets, Happy Mondays, Charlatans Uk, etc... Porém, esse trabalho de 89 é superior aos demais. Foi ressoar em bandas como Oasis e Blur posteriormente. Só pegar o disco e ouvir com atenção. Então, reforço aqui o convite: segunda, dia 8, na Vinil FM vai rolar o disco na íntegra com comentários sobre as faixas e histórias da banda de Ian Brown. Vem comigo!


TRACKLIST

Shoot You Down (The Stone Roses)
Bye Bye, Badman (The Stone Roses)
Made Of Stone (The Stone Roses)
Waterfall (The Stone Roses)
Elizabeth, My Dear (The Stone Roses)


CLIC.