THE MACCABEES
Esse ex-quinteto, atual sexteto, londrino acaba de lançar seu quarto disco. Nome: "Marks To Prove It" pela Universal. Confesso que não acompanhava-os muito não. Do surgimento deles em 2005 e seu disco "debut"em 2007 até 2012 (passando pelo segundo e o terceiro) havia escutado apenas esse de 2012. A partir daí fui escutando de forma decrescente os antigos. Tem muita coisa que eu curti e outras nem tanto. Mas, escutando esse último trabalho já consegui diferenciar e perceber um amadurecimento da banda. Sobretudo de Orlando Weeks, vocalista e líder do Maccabees. As letras são dele. Algumas diferenças desse disco para os outros como o conjunto mais redondo de cordas e piano set abaixo em diversas canções são uma delas. As harmonias são mais bem acabadas e menos apressadas. Uma juventude ávida havia em algumas canções antigas deles. Nada demais... Apenas a sede dos jovens de hoje. Londrinos ou não. A rapaziada se encontra na carreira dos trinta anos. Amadureceram... Na vida é fundamental, na arte nem se fala. Esse trabalho novo traz canções como "Marks To Prove It" - título do disco que demarca território. Bela canção para abrir o álbum. Tem uma verve, urgência e depois uma quebra bacana. "Ribbon Road" é uma canção forte que me fez recordar um pouco o pessoal dos Smiths. A banda, geralmente, é alinhada ao Arcade Fire (tem semelhança sim) e Foals. Seguindo, vem duas canções juntas na ordem do disco: "Spit It Out" e "Slow Sun" dois petardos musicais para ninguém botar defeito. Sonzeira boa. Há uma densidade para se descobrir no álbum. São canções que fixam na cabeça e envelhecem junto. Bom disco. Ouçam mais coisas deles. Valem à pena! Só para fechar; deixo mais duas boas do álbum: "Something Like Hapiness" (uma enganosa canção ensolarada) e "WW1 Portraits" (me remeteu aos Waterboys,,, Uow!). Fresquinho, fresquinho nas melhores lojas... Rsrsrsrs... ERROR 404. Ok... Nos melhores streamings... Algo assim.
TRUE DETECTIVE (S02)
Uow!!!! Não tem muito tempo... Anunciei aqui nesse espaço todo o embrião do que viria a ser essa segunda temporada. Virei um fã da série na primeira temporada pela história, pelo clima e roteiro além das atuações de Woody Harrelson e Matthew McConaughey. O personagem desse último (Rustin) ainda é o meu predileto da marca TD. Imbatível! E - agora finda a segunda temporada com outra deliciosa trama construída no estilo consagrado deles: amiúde e em ondas. Personagens novos, cenário novo, atores e roteiro. Tudo do zero. Mais oito episódios da pesada!!! Baita gíria de quarentão, hein? Rsrsrs... Tudo bem... Mas, é isso mesmo! Pé lá embaixo e senta o dedo. A característica dessa série é a densidade das tramas e dos personagens. Nenhum deles é "água com açúcar"... Insosso. Todos são densos e quem arca com o peso e a vibe da série são os fãs... Eles é que injetam sua dose semanal de "TD" e ficam "no clima". Nessa temporada a trama toda se concentrou em políticos, mafiosos, traficantes e nossos personagens: Velcoro, Bezzerides, Frank e Woodrugh. Três policiais e um "empresário"... Por assim dizer. O último episódio foi ao ar e se despediu em grande estilo. Talvez o final não tenha sido majestoso e tal, mas era o que tinha que se fazer. Parar com essa história de "happy ends"... Ainda mais qdo tudo e todos são e estão contaminados... Impossível se transferir e se dar bem. A vida não é assim... Na série também não é. Por fim: todos morrem e as mulheres (Bezzerides e a esposa de Frank) sobrevivem... De um jeito tosco e melancólico, mas resistem. Eu destaco dois personagens centrais aí: Bezzerides (Rachel McAdams) e Frank (Vince Vaughn). Os dois seguram e solidificam a trama. Farrell está bem também, mas fica um a dois graus abaixo de Rachel e Vince. Ela: a mulher fibrosa, forte e atraente. Ele: o macho alfa, viril e sedutor. Muitas amigas destacaram o sex appeal de Vince como marcante. E ele está mesmo. O que era mais óbvio para Rachel (numa sociedade machista) acaba ficando "elas por elas" nesse quesito. Vince tem altura, postura, culhão para ser o machão da série. E, Rachel tem essa força incrível e geniosa no semblante. Mesmo com todas as bebedeiras e cafajestagens do personagem de Farrell é ela quem rouba essa cena. Não me recordo de quase nenhuma cena não admirado e hipnotizado com o rosto dela. O nariz, a boca, os olhos... Yeah!!! Foi incrível mesmo. O que diferencia uma temporada de outra é o roteiro. A primeira temporada prima pelo ocultismo e bastante filosofia. Há frases e pensamentos incríveis de "" (McConaughey) citadas em sua filosofia pessimista e seu ateísmo afetado. Faz toda a história ser mais "low" e erudita. Nesse temporada a trama é mais policial, de fato. Um climão meio Chicago, mas em outro lugar. Uma mistura de Gotham City ao oeste. Talvez um dia eu fale qual seria o meu predileto... Ainda é cedo para dizer. Aguardemos a terceira temporada!
NEWS
- Pesquisa americana mostra o óbvio: 81% dos americanos têm uma relação de dependência com seus smartphones. Dez por cento são considerados "viciados" em seu total e desse total, 20% têm entre 18 a 29 anos... Tsc...Tsc... Tsc... Eu acho isso horrível! E tenho bronca pra meter... Meu celular é antigo e cago e ando para ele. Mal o procuro. Quem precisa de mim sabe aonde e como me encontrar.
- Pela primeira vez na indústria automotiva o financiamento de "usados" superou os novos. Considerados 0 km. A última vez que isso aconteceu foi no ano de 2011. Vai ver por isso as demissões em massa e a recente greve na GM... "Veta Dilma"
- Três exposições movimentam e se destacam no circuito carioca:
"Pernambuco: O Primeiro retrato do Brasil"
Centro Cultural dos Correios
Grátis
Retratos de um Recife de Maurício de Nassau (Holandês) e sua comitiva. Até os dias de hoje.
"Movimentos"
André Castro
Caixa Cultural
Grátis
O artista circulou com essa exposição em Miami e Nova York. São retratos de protestos políticos simultâneos no Brasil, Estados Unidos, Grécia e Turquia. A sociedade de cada país mobilizada e provocante
"Maldita 3.0"
Imperator - Méier
Grátis
Depois de uma temporada em Niterói, a maldita, Rádio Fluminense tem sua exposição aqui na capital. Uma ótima oportunidade para dar um "confere" na rádio mais alternativa (e rock) da cidade. Fotos, histórias e muito mais...
- Impossível ficar insensível com um dos momentos mais sombrios e covardes do século vinte: A Bomba de Hiroshima. Foram mais trezentos mil mortos (ou assassinados) em plena Guerra. Porém - eram civis e que nem em combate estavam... Soma-se isso a radioatividade que muitos ficaram expostos e morrendo com o tempo. Uma sociedade inteira exterminada. No último dia 5 completou 70 anos dessa catástrofe. Uma articulação americana. Um genocídio atroz.
TRACKLIST
Tom Courtney (Yo La Tengo)
Paul Is Dead (Yo La Tengo)
Decora (Yo La Tengo)
False Alarm (Yo La Tengo)
The Ballad Of Red Buckets (Yo La Tengo)
RIP.
CLIC.