domingo, 18 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Decemberists (EP), News, The Knick (Estreia), Tracks, Playboy, Lou Reed, "Beasts of No Nation" e mais...


THE DECEMBERISTS

O leitor que é ávido e sagaz percebeu que o último "Tracklist" continha cinco faixas da banda supra citada. Pois é... Exatamente as cinco faixas que compõem o EP "Florasongs" lançado essa semana por eles pela Capitol Records. O quinteto de Portland já lançou um disco esse ano, o "What a Terrible World, What a Beautyfull World" (resenhado no blog), e confessou que haviam sobras de músicas que não entraram no álbum. Ficaram para esse pequeno trabalho. São, de fato, cinco canções totalizando dezoito minutos de música. O problema é que dizer "resto do que sobrou" presume algo inferior, certo? Algo que foi reprovado ou não apto para constar naquele rol oficial. Partindo daí fica a missão dura de julgar o EP. Será que essas faixas são piores do que as oficiais lançadas no disco? Hmmm... Para quem curte e saca de bandas indies a resposta é: nem sempre. Já ouvi (e até concordo) que o REM deixa muita coisa bacana de fora de álbuns oficiais. E provou com "Dead Letter Office", por exemplo. A banda de Athens é excelente comparativo, pois é fonte de inspiração ao Decemberists. Não tenha dúvida disso. Nesse trabalho ficou evidente. Outra inspiração é a banda Big Star - outro pilar sólido do rock americano. Posto isso, ouvi bastante o mini álbum e fiquei tranquilo. Nada de ruim. Ao contrário: das cinco eu gostei de três. As outras duas são "água de salsicha"... Não fede nem cheira. O mesmo som: folk, indie rock, base de blues e riffs até açucarados. Bem acabado e com qualidade. Uma das que eu curti foi a canção "Why Would I Now?" que abre o trabalho. Redondinha, pop e com uma levada gostosa. Lembra abertura de seriados ou séries. Remeteu-me a Tom Petty também. Aquelas levadas de filmes que só ele sabe fazer. "Fits & Starts" é mais roqueira. Eles aceleram o som e fica bacana. Dá um "punch" no disco. "The Harrowed And The Haunted" é outra canção certeira. Envolvente, com uma sonoridade bela e sofisticada. As duas faixas que não mencionei são "Riverswim" e "Stateside". Ambas são ok. Dispensáveis, talvez... De qualquer modo - a banda fez 15 anos de existência esse ano; merece respeito e admiração. E já são oito discos (contando com esse). É isso!

NEWS

- A série "The Knick" (já comentada duas vezes aqui) estreou na última sexta (16) no canal Max. Ainda não vi. Mas, sou fã dela. Quero ver como John Thackery (Clive Owen) segue desafiando e sendo desafiado pela medicina do século XX. Quem nunca viu, veja! É do cacete. Só não me deem "spoiler", ok?

- E a notícia de que a Revista Playboy não terá mais nudez abalou os homens... Rsrsrsrs... Scott Flanders, vice diretor da revista foi quem afirmou tal fato. Em 2016 - Playboy terá ensaios sensuais e se alinhará ao comportamento em geral. Bem... A razão é simples e correta: com a internet nenhum "menino" ou pessoa adulta deseja ver a nudez comportada de Playboy. Os tempos mudaram mesmo. Mas, o que as pessoas ainda não sabem é que a Playboy brasileira não aplicará tal medida. Sérgio Xavier, editor da revista brasileira afirmou que, por ora, nada mudou aqui. Seguirá os ensaios nus normalmente. Se for adotar o mesmo método será depois...

- Escrito por Howard Sounes, Notes from Velvet Underground: The Life of Lou Reed (Notas do Velvet Underground: A Vida de Lou Reed) traz o resultado de 140 entrevistas com pessoas que se envolveram com o músico ao longo de sua vida, como amigos, companheiros de banda, celebridades e membros de sua família. Mais uma biografia do músico morto em 2013. Na pauta: as agressões e sopapos que Lou dava em suas esposas, Sim... Eu já disse aqui e repito: Lou era fantástico como artista. Ponto. Como pessoa era um cara desprezível, escroto e babaca. Amigos e familiares são uníssonos nessa parte. Batia mesmo. A biografia, claro, foca na sua sexualidade, a música e as drogas, porém é inédita a confissão das pessoas que o cercavam sobre sua postura ao lado de namoradas e mulheres. Tsc...Tsc...


- O 66º Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2016 terá a atriz Meryl Streep como presidente do juri. Em 33 anos de carreira é a primeira vez que a atriz exercerá tal função.

BEASTS OF NO NATION

Chocante, terrível, real... Muitas desses adjetivos podem ser usados para descrever a obra acima. "Beasts of No Nation" é um filme que estreou essa semana nos EUA e no Reino Unido. Mas, aqui no Brasil só pudemos ter essa chance em razão do Netflix. O streaming é o dono dos direitos. Enfim... Sem entrar nesse mérito - quero dizer que o roteiro é muito bom, mas não é nada distinto do que já vimos, soubemos e infelizmente, ainda vivemos: miséria, fome e guerra. A história acontece numa região da África (não é citada nenhuma específica) aonde instala-se uma guerra civil. Entre mortos e feridos grupos rebeldes se formam enquanto um outro grupo é forçado a se armar também. A partir daí são só atrocidades. Na carne, no sangue mesmo. Foi uma experiência estranha para mim, pois enquanto assistia ao filme, tomei conhecimento daquele "empurra-empurra" de uma rede de supermercado aqui no Rio. Um contraste cabuloso... Nefasto, diria! Ugh! Voltando... Os soldados são meninos de 8, 10, 12 anos... Todos recrutados de modo severo e cruel. Ao fim: nenhuma esperança. O ser humano segue a sua sina de se armar, lutar e guerrear "em nome da paz"... Hunf! Nos papéis principais estão o menino Agu (seus olhos são a narrativa) e o Comandante (o homem da guerra). Interpretados brilhantemente por Abraham Attah e Idris Elba respectivamente. São 140 minutos de pura realidade. 


TRACKLIST

The Light Pours Out of Me (Magazine)
Definitive Gaze (Magazine)
Give Me Everything (Magazine)
Because You're Frightened (Magazine)
Shot By Both Sides (Magazine)


PLAM!