COPACABANA
Uma das coisas mais amadas e odiadas é passar o réveillon em Copacabana. Sim... O bairro mais famoso do Rio de Janeiro e local cobiçado pelo mundo. Milhões de turistas disputam no tapa a condição de estar em solo carioca, sobretudo no bairro. Fazer a passagem no calendário grego em plena região. Cool, não? Pois é... Os moradores se dividem em: gostar juntos, curtir separadamente e apenas reclamar. Sem contar os que deixam o bairro para sequer ter esse contato humano. Eu sempre transitei em vários desses... Já curti junto, já reclamei pacas, já me afastei também e curti separadamente. Não tem jeito. Todo ano eu sei que vai acontecer e deixo rolar... Se tem algo carioquíssimo em mim é o ato de reclamar. Carioca adooooora reclamar. E participa. A única regra é: só não falem mal, você... Eu, ele, nós todos podemos reclamar, eles não. Muito família mesmo. Falamos mal, porém não admitimos que outrem faça o mesmo. Não. Já que estamos aqui né? Mas, há uma coisa que poucas pessoas lembram a respeito dessa "tradição" contemporânea. Ou talvez nem saibam... Essa romaria de ir à praia começou com os praticantes das religiões afro-brasileiras. Isso na década de 50. Usava-se branco (como ainda se usa), se reuniam na praia com a imagem de Iemanjá e seguiam em direção ao mar para as devidas oferendas. Era uma festa bonita com sons de atabaques e muita gente passou a acompanhar. Mesmo das outras religiões. Na década de 70, do meio para o final o extinto Hotel Meridien viu uma oportunidade ali... Resolveu bancar uma "cascata" de luz em plena estrutura do hotel. Virou marca. Um espetáculo para gringo ver. Após as diretas-já, eleições e tudo mais - a RIOTUR oficializou a festa e passou a bancar toda organização. De 1985 para 1986. Ou seja: trinta anos atrás... O resto é história! Muita coisa mudou: metrô, inversões de faixas, shows ao vivo, pacotes de hotéis, etc. Enfim... Algo bem brasileiro. Você escolhe: participar ou não...
NEWS
- Nesse clima de verão e praia... A marca "Dragão Chinês" volta às praias... Depois de reestruturado e revisado o famoso picolé oitentista retorna as areias. Bom... Na época era sinônimo de bom e barato. E, sempre feito de frutas... Vamos aguardar a precificação disso tudo. Eu vi a embalagem e temo pelo custo. Está tudo muito sofisticado. E, não era esse o "clima".
- Impressionante como a prefeitura (e estado) do Rio de Janeiro tratou com descaso todo esse caos nos principais hospitais públicos. Pior: já mostrou que havia "caixa" suficiente para muitas mudanças. Dinheiro privado estava todo disponível para imensas mudanças e reformas eleitoreiras. Como pode pensar em Olimpíadas uma cidade que agoniza em fel? Como pode um político encostar sua cabeça no travesseiro sabendo que muitos estão falecendo nas filas de hospitais? Não existe "feliz ano novo", meu amigo! F***-se qualquer outra felicitação. Isso é um absurdo. Depois da fome, a saúde (em si) é uma obrigação de qualquer estado para os seus moradores. Pense nisso! Não é nada socialista isso. É humano! É o certo!
- 2015 segue fazendo suas vítimas: Lemmy Kilmister (Motorhead), Guru Josh (DJ) e John Bradbury (The Specials)... Todos mortos essa semana. Quase formam uma banda. John na batera, Lemmy no baixo e voz, Guru Josh nos samplers e Júpiter Maçã na guitarra. Seria uma boa jam session! RIP.
- Gerard Depardieu (foto) fará Stalin no cinema. Um filme baseado no romance "O Divã de Stalin" de Daniel Baltassat está em pleno vapor. O romancista é francês assim como o ator. Mas, vale ressaltar que Gerard ganhou a cidadania russa em 2013 e causou uma comoção na França ao dizer que preferiria ser russo do que francês. Enfim... É esperar pra ver.
TRACKLIST
Found a Job (Talking Heads)
What A Day That Was (Talking Heads)
This Must be the Place (Talking Heads)
Cities (Talking Heads)
Girlfriend Is Better (Talking Heads)
FIND A RIVER
2016