THE FEELIES
Sim... Eles mesmo. A banda que nasceu há trinta e nove anos atrás e que construiu uma carreira bonita com enorme influência de Velvet Underground, Byrds e outras. The Feelies surgiu junto daquela rapaziada que fez bonito em Nova York (apesar deles serem de New Jersey) ao fim dos anos 70. Tocando ao lado de Television, Talking Heads, etc... Mas, por que fazer um "post" sobre os rapazes? Simples... Por que eles estrearam somente em 80 e com um dos álbuns mais interessantes do começo da década: "Crazy Rhytms" (abril/80). Esse disco fez esse ano trinta e cinco (35) anos. Merece muito respeito. E, são eles que traduzem bem o "jangle pop" - uma espécie de sonoridade típica de 60 com guitarras de doze cordas e bateria marcada. De muitas bandas que foram influenciadas pelo VU, Beatles e Byrds, esses caras absorveram de forma mais bacana. De quebra, serviram de inspiração a uma das minhas prediletas: REM! Claaaaaro. Basta ouvir as canções e perceberás que a banda de Athens pegou muito deles. Tanto que Peter Buck (guitarrista) ajudou a produzir o segundo álbum em 86, O "The Good Earth". Mas, aí é outra história. Ficamos nesse primeiro mesmo. "Crazy Rythms" une uma sonoridade com uma bateria bem distinta e guitarras harmoniosas... O som é impressionante. A banda, capitaneada por Glenn Mercer e Bill Million - os dois cabeças - lançou esse álbum pela Stiff Records e sacudiu meio mundo da música americana. O disco conta com uma agitada cover de "Everybody's Got Something to Hide Except Me And My Monkey" dos Beatles. Bem acelerada e criativa. Tem a música-título "Crazy Rythms" que é um petardo também. Uma joia. "Raised Eyebrown" quebra tudo com suas batidas na caixa e pancadas no bumbo... Os caras fazem bastante barulho. "The Boy With The Perpetual Nervousness" (canção que abre o disco) e "Original Love" são outros exemplos de porrada. Um vocal bem parecido com Lou Reed (falado) e bastante barulho em suas guitarras. É bom explicar que o The Feelies passaram por inúmeras mudanças e formações, porém mantiveram a base. "Loveless Love" lembra aquelas canções do Television com enormes aberturas e guitarras sobrepostas. A canção cresce ao passar do tempo. Muito bom! Uma das minhas prediletas do disco. "Moscow Nights" tem um baixo marcado e um ritmo super roqueiro. Punk rock na veia. "Forces At Work" é a "magnus opus" deles. Sete minutos de pura mágica. Sonzeira mesmo. Foda! Há quem diga que o som se aproxima muito do Wire (outra banda genial). "Fa Cé-la" fecha a tampa do post. Talvez a mais simples do trabalho. Algumas curiosidades acerca da banda e desse disco. Segundo a Pitchfork esse disco influenciou toda uma geração de nerds roqueiros que viriam depois. A Rolling Stone deixou esse álbum em posição 49 entre os 100 melhores da década. O Sonic Youth sempre menciona-os como influência. O "Weezer" teria se inspirado na capa azul do disco para fazer a sua capa do "Blue Album". Um trabalho digno de uma das mais criativas bandas de rock. Fique certo disso!
Obs: na versão nacional desse disco foi adicionada a cover de "Paint It, Black" (Rolling Stones) feita por eles.
Obs: na versão nacional desse disco foi adicionada a cover de "Paint It, Black" (Rolling Stones) feita por eles.
NEWS
- CRF completou 120 anos no dia 15 (domingo). Preciso escrever por extenso o que significa a sigla? Hahahaha... Enfim! Parabéns ao mais querido!
- A obra de Charles Darwin "A Origem das Espécies" - cujo teor discorria sobre a teoria da evolução - foi considerada pela Academic Book Week o trabalho acadêmico mais influente de todos os tempos... Hmmm... Será?
- É super lindo o disco "Elaenia" do Floating Points... Para quem não associou o nome a pessoa: Sam Shepherd! Como não cabe dentro de uma programação semanal tudo, eu coloco aqui... Uma viagem de 43 minutos no mais puro "jazz space". Os instrumentos aparecem e somem como ondas... Sete faixas belíssimas, etéreas e sublimes. Algo revigorante. Sério. É para você esquecer da vida, do trabalho, das pessoas... Escolha uma bebida, apague a luz e se permita! É algo cândido, tenro, belo. Vou ficar aqui escolhendo adjetivos mil para ilustrar o quão absurdo é esse trabalho. Fiquei até com vergonha do mundo... Rsrsrsrs... Escolho três faixas para citar, mas adianto que é sacrilégio, pois tudo parece ser uma coisa só... Mas, tudo bem: "Nespole", "Silhouettes" e "For Mamish". Uooooow!
- Hoje (17) tem Moz em Sampa... Ele sobe ao palco daqui a pouco e também dia 21 na terra da Garoa. Dia 24 é a vez do Rio e 29 em Brasília. Depois de tanta tensão o bardo soltará a voz.
- Falando em show... David Gilmour (ex Pink Floyd) também aterriza no Brasil para uma série de shows: 11 e 12 de dezembro em Sampa, 14 em Curitiba e 16 em Porto Alegre.
- Fechando: Chemical Brothers no Sónar em Sampa também... Dia 28 de novembro! Esse é um evento muito bacana que envolve tecnologia, música e criatividade. Falaremos mais no próximo post.
MOSTRA
Maior Ator do Brasil - 100 Anos de Grande Otelo
Caixa Cultural
De terça (hoje) até dia 29 (domingo) desse mês
Entrada Franca
Serão 27 filmes exibidos do ator.
TRACKLIST
Slipping Into Something (The Feelies)
Away (The Feelies)
Higher Ground (The Feelies)
Too Much (The Feelies)
Let's Go (The Feelies)
The High Road (The Feelies)
Chuif!