quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Pauta de Hoje: Scandurra, Vinyl (piloto - Serie), Ray-ban, Domínio Público, tracks etc...


EDGARD SCANDURRA

Tava devendo essa... Faz tempo... Todos sabem do meu apreço por sua banda (tiveram outras, mas é da "sigla" mesmo que me refiro), porém tenho empatia com esse. Edgard. Sr. Scandurra. De muitos músicos que aprecio, Scandurra é um dos meus prediletos. Sejam seus "riffs", sua voz ou suas melodias. Um sujeito que sempre olhou pra frente e teve como característica principal a inquietude. Algo básico em qualquer artista. Esse mês, no dia 5, Edgard completou 54 anos de vida (Lembram? Ele "nasceu em 62"). Isso me trouxe muitas memórias de volta... Seu primeiro disco, "Amigos Invisíveis" (89), meninas que gostei, coisas que fiz... Tudo isso vem com certas melodias de Edgard. E é lindo lembrar disso... Como esquecer de "Tarde Vazia" ou "Tolices"? Puberdade e energia total. A primeira vez... Ou o primeiro amor (???). Lembrar de "Boneca de Cera", "Flores em Você"... Desse disco solo mesmo... "Abraços e Brigas" (como eu cantei esse som na minha cabeça). "Vou me Entregar como Nunca" ou "Culto de Amor". "Minha Mente ainda é a Mesma" ou "Amor em BD"... Lindas canções oriundas da mente desse genial compositor e guitarrista. Scandurra saca isso e muito mais... Nesse citado disco ele gravou TODOS os instrumentos. E o resultado é fantástico. Eu poderia ficar citando sua fase com o "Smack", "Voluntários da Pátria" ou com "As Mercenárias"... Seria pouco. Muitas bandas e inúmeras parcerias e composições espalhadas por essa imensa carreira. O próprio IRA!. Somente por tal banda ele teria um espaço na nossa cultura. Mas, esse braço canhoto fez muita coisa além... E não para. Segue reinventando-se e fazendo som. É um dínamo. Impressionante. Vou contar uma história particular acontecida anos e anos atrás. Lembrei dela quando pensei no aniversário dele... Eu estava na praia... O ano devia ser 90 ou 91... Não me lembro. Um amigo estava triste, pois havia levado um pé na bunda. Tínhamos acabado de ver uma performance do IRA! O fato de gostarmos da banda uniu-nos. Me lembro disso... Ele (meu amigo) tocava guitarra. O show distraiu-o bastante. Fato. Imagine? IRA! nessa época? Só hits... Era um atrás do outro. Foi do cacete!!!! Porém, depois caminhamos mais para o mar e sentamos. A tristeza bateu mais uma vez nele... O show estava todo desarmado, praticamente. De frente pro mar... Ondas batendo... Aquela tarde caindo... Tava um climão mesmo. De repente, fitei meu amigo olhando pro lado e com um sorriso aberto... Me virei e percebi que a banda estava dispersa e Scandurra veio para um mergulho... Um famoso "tchibum". Classe... Olhamos ao mesmo tempo e fizemos um sinal de "ok". Do tipo: belo show, man! Ele se aproximou e nos olhou... Perguntou se estava tudo bem e eu disse a verdade. Rsrsrsrs... Fui indelicado. Admito. Meu amigo disfarçou e disse que era fã dele. E que tocava guitarra. Edgard olhou para o backstage e disse: Segura um minuto aí... Qdo voltou... Deu ao meu amigo uma das palhetas que tinha usado. E disse: Isso passa. O importante é o sentimento. Meu amigo ficou paralisado. Um misto de surpresa e alegria juvenil. Fiquei tocado com tudo aquilo... Para o Scandurra foi algo bem normal... Mas, meu amigo ficou tão leve, tão contente que valeu tudo à pena... Foi um lindo desfecho. Algo que somente a música proporciona. E, passaram 15, 20, 25 anos talvez... E cá estou contando, de novo, a mesma história. É isso! O importante é o sentimento! Parabéns, Scandurra!


VINYL

A HBO liberou o piloto da série. Foram duas horas de filme. Quem ainda não viu - está no youtube. Vale à pena. É divertido, entretém e tem uma pegada rock pauleira. E, tudo começa nos anos setenta. Um executivo de uma grande gravadora com a corda no pescoço. A louca Nova York daqueles tempos fervia em diversos ritmos. E, ele precisava de um sucesso. Algo novo. "Business" mesmo. Não vou dar um "spoiler" aqui, pois é bobagem... Qualquer pessoa que tirar 120 minutos do seu tempo emitirá uma opinião. O que eu posso falar é que gostei do roteiro de Terence Winter (apesar de um pouco batido), da fotografia, e sobretudo do som. Dos dois sons... Da trilha e da mixagem de som... Sim... Eu vi com fones de ouvido. O áudio da série é muito bom. Envolvente e poderoso. Para quem curte música e história é um prato cheio. Alguns detalhes também me emocionaram... Como os vinis tocando... A emoção de escutar um disco. Ou a emoção das pessoas com as novidades musicais (bem longe desse deserto de hoje) e a conexão toda. Longe dessa rapaziada de cabeça baixa mexendo em celulares. Tempos que a presença era fundamental. Tinha que estar lá. Tudo isso ficou bem evidente nesse piloto. Muito bom. Vale a pena conferir. Scorsese e Jagger acertaram a mão, de novo. Mas, fica fácil também... Viveram a época. Rsrsrs...


NEWS

- A canção "Happy Birthday" (parabéns pra você - em inglês) passará a ser domínio público. Sim. A Warner, detentora dos direitos, lucrava dois milhões de dólares ao ano com ela. Yeahhhh!

- Foi no dia 18 de fevereiro de 1564 que morreu o pintor Michelângelo. Seu sobrenome era Buonarroti. O autor da pintura nos afrescos da Capela Cistina.

- No ano que vem - um clássico completará 80 anos: O ray-ban (banir raios). Os óculos de aviadores entraram para o gosto pessoal anos depois. Mas, o ano do lançamento foi 1937. Oito anos após o maior rival: Foster Grant

- Conforme eu já disse: irei ver os Stones... Mimo de uma amiga. Semana que vem eu conto como foi a experiência e a performance dos velhotes... 

TRACKLIST

Abraços & Brigas (Edgard Scandurra)
Amor em BD (Edgard Scandurra)
Culto de Amor (Edgard Scandurra)
Estamos Nesse Trem (Edgard Scandurra)
Vou me entregar Como Nunca (Edgard Scandurra)


Keith...

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