sábado, 28 de março de 2015

Pauta de Hoje: Blur (Novo), Bob Dylan, "É Tudo Verdade", Gisele Bündchen, Lolla e mais...


BLUR

Depois de diversas participações, bandas paralelas, projetos solos de Coxon e Albarn o Blur voltou aos trabalhos. Terminou o oitavo disco deles. O último tinha sido em 2003 (Think Tank). Pois é... Muito tempo né? Tanto que muita gente dava por encerrada a banda. A questão é que todos viram e ouviram a dupla mencionada acima sempre na ativa. A esperança sempre esteve presente. E foi mais ou menos assim... Um aperto de mão do vocalista e do guitarrista resultou em "The Magic Whip". O lançamento oficial é no dia 27 de abril, porém os rapazes fizeram questão de vazar dois, três vídeos no youtube e depois vazar, de fato, todo álbum num show em Londres. Ninguém esperava por essa. Dos três vídeos vazados: "Go Out", "There Are Too Many To Us" e "Lonesome Street", de cara eu fiquei com a primeira. Um rock cru com baixo marcado e pulsante. Ótima faixa do disco. "There are..." também é ótima. Uma marcha criativa e intimista que vai crescendo e resulta numa canção pop boa. O clipe foi feito no estúdio mesmo aonde eles gravaram. Ou seja: mais intimista impossível. "Lonesome" tem seu valor, mas é somente ok. Boa faixa, nada demais. Ahhhh... Falando em faixas... São 12 no disco. Outro detalhe importante: o Blur gravou em Hong Kong (Japão). Gostei do trabalho. Damon e Graham são excelentes músicos e compositores. A maturidade de ambos deixou o disco mais fácil e criativo. Acredito que o processo foi facilitado também por isso. Nos vocais, "backing vocals" e nos metais sente-se a coesão dos caras. Não perderam a mão nem o entrosamento. "Ice Cream Man" também segue uma linha de crescimento tal como "There Are..." - canção com levada típica deles e uma bateria como marcha. Em certos momentos achei que a atmosfera do Japão possa ter influenciado no trabalho. Parece loucura, e é. Até porque eu nunca visitei o país, entretanto senti (juro) esse ar íntimo, seco e meio automático do japonês nas canções. Não sei se são os filmes que eu já vi ou os karaokês clássicos de lá. Sinceramente, não sei... Outra coisa a se destacar, e não somente nesse trabalho, mas em boa parte da história da banda é a facilidade que os caras têm em realizar músicas simples, com poucos acordes, contudo excelentes. Canções que depois de prontas muitos pensam ser simples, mas ninguém o faz. Isso é criatividade. Se fosse fácil todos teriam grandes bandas, não? Pois é. E o Blur é uma delas. Mas, vamos lá... Destaco mais quatro faixas para você ficar na boa... "New World Towers" (bela composição), "My Terracotta Heart", "Pyongyang" (faixa que Albarn admitiu a influência da atmosfera da Coréia do Norte qdo lá esteve) e "Thought I was a Spaceman". Há fortes boatos que o álbum estava pronto desde o fim de 2013, mas com os trabalhos paralelos só conseguiram lançar e fazer todo aquele "entertainment" somente esse ano. Será? Não sei. O que eu sei é que o disco está aí e os fãs podem degustar a vontade... Ladies and Gentlemen: Blur!
NEWS

- O Festival "É Tudo Verdade" vai exibir 109 filmes com 16 inéditos. Para quem não o conhece, o Festival é dedicado aos documentários. Chama-se "Festival Internacional de Documentários". São filmes de 31 países exibidos no Rio de Janeiro, Sampa, BH e Brasília. Sabe quanto custa? Nada. É de graça. Foda, né? Além de muitas surpresas, essa edição (a vigésima) marcará o último feito pelo falecido Eduardo Coutinho. O evento começa em abril. Se ligue na programação!

- Por conta da instalação da Fábrica da Jeep (automóveis) na cidade de Goiânia, o mercado gerou 10 mil empregos diretos. Isso influenciou direto no setor específico, mas, fica a pergunta: se um dos custos é justamente a distância entre fabricante e cliente, quanto será o valor desses automotivos para os brasileiros? Em tese - pagaria-se mais barato, não?

- Shadows in The Night é o nome do disco novo de Bob Dylan. Entretanto, é um disco só de covers. Especificamente de baladas que foram imortalizadas por Frank Sinatra. Bob destila seu lado intérprete. Escutei somente uma vez e curti. São clássicos né? Cito três aqui que merecem figurar no seu "player": "Stay with Me" (linda), "Full Moon and Empty Arms" e "The Night We Called It a Day". Coisa fina! 

- E a Gisele Bündchen vai se aposentar... Hmmm... Saco nada de moda, mas de moças bonitas eu conheço um pouco. E essa aí é das melhores. Parece que foram 20 anos de carreira, não? Bastante para um setor. Enfim... Sempre gostei do carisma e da presença dela. 

UAU!!!

LOLLAPALOOZA

Vai começar, né amigo? Um dos melhores festivais que temos aqui no país. Emissoras das mais importantes prometem transmitir ao vivo as principais atrações. Gostaria bastante de lá estar, mas acompanharei de casa mesmo. Pegue uma cerveja aí, um saco de doritos e acompanhe também. Destaco algumas de minha preferência: Smashing Pumpkins, Jack White, Robert Plant, Kasabian, Interpol e Mombojó. Certo? Relaxa meu filho! 

TRACKLIST

Parklife (Blur)
Tender (Blur)
Go Out (Blur)
Betelebum (Blur)
The Universal (Blur)
Fool's Days (Blur)



KASABIAN

Já já no palco!

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sábado, 21 de março de 2015

Pauta de Hoje: Outono, Shows, Jazz, Cultura, Smashing Pumpkins e mais batutas...


SHOWS

Muita gente boa nesse fim de mês... Além do Back2Black, festival (na 6ª Edição) que reúne uma nata bacana da black music como "Stromae" (rapper belga), o poeta Linton Johnson (reggae), Damian Marley (filho do homem), Planet Hemp (de volta), Angelike Kidjo entre outros, temos o Brasil Jazz Fest com Tord Gustavsen Trio, a fera Wynton Marsalis, The Cookers, Jazz Lincoln Center Orchestra no line up. Ambos (eventos) acontecem na Cidade das Artes na Barra. Esse primeiro rolou sexta e ontem, e o jazz correrá solto no sábado e domingo que vem. Só fera. Só música de primeira qualidade. O público, geralmente, comparece em busca de alta qualidade e classe. E, no fim das contas, é isso que interessa, não? Para quem curte uma guitarra elétrica e uma world music ainda temos no Citibank Hall a voz de Robert Plant e St. Vincent (resenha passada), The Smashing Pumpkins e Young The Giant além de Foster The People e Bastille. Nos dias 24, 25 e 27 de março respectivamente. Tá bom não? Oxe... Só citei gente importante em pelo menos cinco gêneros de música. Tem para todos os gostos... É só escolher... Particularmente, gosto de 90% de tudo que eu citei. Se eu pudesse compareceria a tudo. Um dos meus programas prediletos é assistir ao vivo. É apaixonante. Nada melhor do que ver e ouvir, ao vivo, músicos. E você?


OUTONO

Para quem não sabe, essa é a minha estação predileta. Não por ser responsável pelo fim do calor (ao menos aqui no hemisfério Sul) e daquelas temperaturas desumanas, nem por ser data do aniversário da minha filha e do meu também. Isso apenas coincidiu... Rsrsrsrs... Acho que eu me apaixonei pela paisagem, pelo "nuvear" mesmo. O sentimento mais cinza, azul e sépia. Entende? Nem alegria ou tristeza, preto ou branco! Cinza! O equinócio, o interlúdio, "anil desde abril" (nem copie, pois essa é do meu texto, hein? Tá registrado) e tal... Um descompromisso sóbrio. Amo o outono por tudo isso: flores, frutas, umidade, vento, nuvens, fatamorgana branda, amor... Amor? Sim... Por que não? Um amor de outono... Mais "light", calmo e maduro. No talento, na habilidade e leveza... Rsrsrsrs...


NEWS

- Depois do Louvre, agora o Palácio de Versalhes e a National Galery proibiram a entrada do famoso "pau de selfie". Eu prefiro chamar de "monopod". As explicações são as mesmas: segurança e acessório potencialmente danoso às obras de arte.

- Sim, sim... As respostas do "post" passado: 

1) Guaratiba (maior bairro em extensão da cidade)

2) Marte (lugar mais longe a ter uma homenagem a cidade. Uma rocha lá foi batizada pelo cosmonauta brasileiro)

- Os "Hollywood Vampires" vão entrar em estúdio para gravar ser primeiro disco. O supergrupo - conta com Alice Cooper, Johnny Depp (ator) e Joe Perry. De última hora ganharam o imane reforço de Paul McCartney numa das faixas. Uow!

- Falando em disco... Promessa aqui desse espaço. O "novo" do Blur está na pauta. Muito em breve ele estará aqui resenhado. Aguardem...

- Por fim... Um desabafo: como tem merda na TV, hein? Aliás, nas principais mídias... Muita gente jovem alçada ao estrelato ou tidos como geniais que eu vou te contar... Tudo oco por dentro. Uma merda só. Desculpe a sinceridade e a falta de classe, porém me espanta demais. Na TV então... Muito novato aí dando com a cara na parede. Elementar não? Tudo perfume! Não sobrevivem ao tempo. Ugh!

TRACKLIST

Bass Culture (Linton k. Johnson)
Iron Bar Dub (Linton k. Johnson)
Inglan Is a Bitch (Linton k. Johnson)
St Johnson 66 (Linton k. Johnson)
2nd Line (Wynton Marsalis)
Autumm Leaves (Wynton Marsalis)
Caravan (Wynton Marsalis)


SOON

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segunda-feira, 16 de março de 2015

Pauta de Hoje: Of Montreal (Aureate Gloom), Led Zeppelin, TV Aberta, Listinha e mais...


OF MONTREAL

Sempre uma viagem escutar os álbuns dessa banda (?) de Athens... Pois é... Eles são da mesma cidade (e estado, claro) do REM. Essa é uma particularidade e tanto. A interrogação acima é devido às constantes mudanças que a banda sofreu. As más línguas chamam de projeto coletivo de Kevin Barnes, seu líder e vocalista. A verdade é que o músico é a única constante, de fato, no Of Montreal. Mas, desde o começo lá se foram 19 anos de existência e treze álbuns (contando com esse). "Aureate Gloom" é o décimo-terceiro trabalho de Barnes e sua trupe. A crítica variou entre cinco a sete numa escala de zero a dez. As letras seguem melancólicas, lisérgicas e criativas. Kevin é um artista extremamente talentoso e poético. Sabe misturar diversos elementos musicais que resultam num som próprio. Muitos acham exagerado. Em certas faixas eu também achei. Porém, em outras Barnes enche a mão e acerta em cheio. Faixas como "Virgilian Lots" e "Empyrean Abattoir" são deliciosas. Tem rock, folk, indie rock, pop psicodélico e mais... Algumas faixas seguem numa viagem e outras são mais pulsantes. Ainda sobram alguns folks e indie menos esfuziantes. Tudo muito bem temperado pela fertilidade da mente de Kevin. Consegui escutar ecos de Bowie ("Aluminum Crow"), Kinks (sobretudo "Apollyon Of Blue Room" - um spin-off de "You Really Got Me"), Syd Barett, Television e o "glam" de Marc Bolan. Ou seja: o cara está bem parado pacas, não? O vocal desse disco me remete também aos anos progressivos de Pink Floyd. Acredito que a critica especializada absorveu muito bem o disco, mas acha que Kevin vai muito bem quando é mais autoral e próprio. Quando insiste na geleia geral desanda um pouco a massa. É mais ou menos isso... Porém, não deixa de ser um disco muito interessante. Fez minha cabeça e fiquei legal! Hahahaha... Bom disco. Faixas como "Monolithic Egress", "Bassem Sabry" e "Like Ashoka's Inferno Of Memory" são dicas minhas... Nota SETE!




 PHYSICAL GRAFFITI

Há quarenta anos atrás, saía essa maravilha do Led Zeppelin. Em homenagem, o disco será remasterizado e lançado. Sexto trabalho do quarteto britânico - foi considerado o 70º melhor álbum de todos os tempos pela Rolling Stone. A capa foi concebida numa fotografia de um prédio em Nova York. Entre a 96 e a 98 St. Muitos dizem que esse é o trabalho mais sintético e simbólico deles. Aonde reúnem tudo que a banda influenciou daí pra frente. Muitos podem preferir ou ter seu predileto, porém esse me parece ser o mais forte e primoroso deles mesmo. Qualquer disco que tenha "Kashmir" em seu rol de faixas pode ser considerado obra-prima, de fato. 

Obs1: Foi o primeiro disco deles lançado pela sua própria gravadora. 

Obs2: Os integrantes já estavam transbordando em problemas etílicos, sociais e mentais. 

 NEWS

- Segundo o "The Guardian" a sala da OSP (Orquestra do Estado de São Paulo) é uma das 10 melhores do mundo. Yeaaaaaah!

- A lista de Janot têm sido considerada a "lista de Schindler" ao reverso. Todo mundo louco para ficar de fora. Balança mais essa árvore que eu acho que cai mais... Rsrsrsrs

- Sério mesmo que as duas maiores novidades da TV aberta são Gugu e Xuxa? E, ambos no mesmo canal? Aquela merda do Bispo Macedo? PQP!!!! RIP.

- Comecei a ver "Gotham" - a série. Na verdade: terminei. O próximo episódio só em abril. Não sou ligado em HQ, mas adoro o Batman. Desde pequeno. Logo, achei muito interessante ver a origem de diversos personagens. É bem divertido mesmo.

CURIOSIDADES

1) Qual é o maior bairro em extensão na cidade do Rio de Janeiro?

2) O Rio de Janeiro possui uma bela homenagem num lugar bem distante. Batizaram uma rocha com o nome de "Pão de açúcar". Que lugar seria esse?

Respostas no próximo "post"

TRACKLIST

Custard Pye (Led Zeppelin)
The Rover (Led Zeppelin)
Kashmir (Led Zeppelin)
Ten Years Gone (Led Zeppelin)
In The Light (Led Zeppelin)



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sexta-feira, 6 de março de 2015

Pauta de Hoje: St. Vicent (disco), Wynton Marsallis, Emoticons (tons de pele), Debret e Mulheres...


ST. VINCENT

O quarto disco da Cantora americana, St. Vincent (nascida Annie Erin Clark), leva o seu nome artístico. Lançado ao fim de fevereiro lá fora e aqui também, o álbum tem sido aceito de maneira extremamente positiva pelos sites especializados mundo afora. São onze faixas interessantes e criativas. Me parece (o disco) menos hermético do que os anteriores. Nada tão pop como essa rapaziada que enche nosso saco, e sim algo mais solar sem deixar o experimentalismo de lado. As faixas tem algo bem pulsante, com teclados, sintetizadores e guitarras rítmicas. St. Vincent foi cria da conceituada 4AD, selo de qualidade com staff de primeira. O disco saiu pela Republic Records, porém a cantora não abandona sua voz poderosa e afinadíssima. Faixas como "Prince Johhny" (uma das minhas prediletas) e "I Prefer Your Love" (lembra vez em quando Liz Fraser/Cocteau Twins) exibem todo seu talento vocal. Para quem não a conhece direito, a cantora foi membro do "The Polyphonic Spree" e "Sufjan Stevens". Ou seja: já acumulou experiência suficiente para ditar como quer ou não quer suas canções. E participou de algumas parcerias bacanas - sendo a mais significativa, na minha opinião, com David Byrne. Essa "osmose" fica clara em faixas como "Digital Witness" (me pegou de jeito) e "Every Tear Disappears". Duas canções minimalistas e ótimas. Existe alegria, mas também bastante melancolia em sua harmonia vocal. O que torna uma bela surpresa no álbum. Um trabalho bem feito, com arranjos fortes e até barulho, porém com dosagem certa e bem direcionada. Nada é perdido ou confuso. Outras faixas que eu gostaria de citar são: "Birth In Reverse", "Huey Newton" e "Severed Crosser Fingers". Ótimo trabalho da cantora. Vale a pena ouvir e pegar algumas para seu "playlist". Em tempo: a cantora desembarca aqui nesse mês para abrir o show de Robert Plant. Boa oportunidade! Um amigo assistiu ao show dela na Ásia e falou maravilhas dela no palco! Opa!!!


NEWS

- Parece que a desburocratização começa a acelerar aqui em terras brasileiras. Segundo uma notícia do governo um sistema desenvolvido por uma empresa ligada a ele permitirá que uma pessoa abra uma empresa em até cinco dias. E, de quebra, poderá fechar a mesma em um dia pela internet! Uow! "Pra frente Brasil"

- O primeiro baterista do Paralamas do Sucesso, Vital Dias, faleceu essa semana. Vital precedeu João Barone na banda. Foi ele o personagem-tema da canção "Vital e sua moto". RIP.

- O mestre do jazz, Wynton Marsallis, se apresentará no próximo dia 27 de março na Barra. Ali mesmo na Cidade das Artes. Lembra daquele elefante-branco do Sr. César Maia? Pois então... Recomendação máxima do blogger!

- A Apple apronta mais uma... Sabe os emoticons (expressões faciais digitadas) que todos adoram? Pois é... A empresa agora disponibilizara-os com tons de pele, além do amarelo... Hmmmm...





Deixe de ser chato e para com essa regulagem (caga regra) de que pode ou não pode homenagear as mulheres no dia 8 de março. Cuide de sua vida! Orra... Tempos malas pacas. Rsrsrsrs

MOSTRA

Centro Cultural dos Correios
"Rio de Janeiro de Debret"
Começou ontem (05) e vai até o dia 3 de maio.
Entrada Franca (vai perder, manézão?)

São 120 obras do artista francês em diversas alas do Museu. Imperdível!

CURIOSIDADE

Você sabia que os cariocas devem seu apelido ao navegador português Gonçalo Coelho? Pois é... Quando chegou à cidade - Gonçalo construiu uma habitação de pedra perto da praia. Impressionados com a construção os índios chamaram de "carioca"! Traduzindo: casa de branco em bom tupi. O termo pegou! Hmmm...


TRACKLIST

Birth In Reverse (St. Vincent)
Prince Johnny (St. Vincent)
Digital Witness (St. Vincent)
I Prefer Your Love (St. Vincent)
Huey Newton (St. Vincent)
Iceblink Luck (Cocteau Twins)
Carolyn's Fingers (Cocteau Twins)





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domingo, 1 de março de 2015

Pauta de Hoje: Gonçalo Tavares (livro), Arcade Fire, São Paulo, Decemberists, Rio (Foto), Cachaça, etc...


DECEMBERISTS

O sétimo disco do quinteto de Portland saiu no fim de dezembro. Aqui, foi lançado em janeiro. Por conta de alguns filmes e discos a sua frente só pude escutá-lo direito essa semana. Chama-se "What a Terrible World, What a Beautifull World" e saiu pela Capitol Records. O disco é bacana sim. Aquele som indie, folk, meio pop meio rock. Uma bela mistura alternativa de uma banda que se solidificou no cenário depois de mais de uma década de existência. O álbum é repleto de violões, arranjos belos e canções com narrativas poéticas. Há um mês atrás saiu uma matéria aqui no nosso país com o líder da banda, Colin Meloy, sobre sua veia poética. Por isso mesmo é que o Decemberists depende muito da "vibe" e estilo de seu líder. São 14 canções bem coesas, bem compostas, melódicas e de harmonia melancólica e densa. Faixas como "Make You Better" e "The Wrong Year" foram imediatamente aceitas pelos rádios e públicos. Soam mais pops e suaves. Já canções como "Lake Song", "Philomena" são digeridas com mais tempo. Não por serem complexas... Nem perto... São mais viscerais, emotivas... Outras três me chamaram atenção também: "Caroline Low", "Cavalry Captain" e a última do disco, "A Beginning Song". Todas com um clima mais folk e soturno. Trata-se de mais um bom trabalho deles. Quem já curte a banda irá gostar bastante, quem não conhece muito pode se surpreender. Tem ótimos achados ali. 


EM TEMPO...

Falando em discos novos, escutei o álbum de estreia da banda Blue Pills (depois de três EPs lançados a partir de 2011) com o nome homônimo e curti também. Sonzeira braba. A vocalista é nova - aliás todos são moleques mesmo - e tem uma voz poderosa no melhor estilo Janis Joplin. A proposta deles é o resgate ao som setentista mesmo na vibe de Led Zeppelin, Deep Purple, etc... Nessa linha bem hard rock, pesado, mas com pegada bem clássica. É um som de puro rock com solos bonitos e peso de guitarra. Uma grata surpresa. O Blue Pills rema contra a maré dos novos sons. Menos soul do que o The Black Crowes e mais o rockão de Los Angeles. Em tempo: A banda é formada por Elin Larsson (voz), Dorian Sorriaux (guitarra), Zack Anderson (Baixo) e André Kvarnström (bateria) e são todos da Suécia. Quer experimentar? Se gostas de um bom rock dos anos setenta vais curtir. Algumas dicas de boas canções do disco: "Bliss", "Devil Man", "High Class Woman" ou "Black Smoke". Certo? Enjoy...

Curiosidade: O nome foi tirado de um blog especializado em canções dos anos 60/70 underground.


NEWS

- Sim... Faleceu o ator Leonard Nimoy (foto), o eterno Dr. Spock. Um ícone pop mundial que influenciou gerações e ainda o faz. Muitas séries de TV beberam dali. Desnecessário de minha parte narrar, contar ou entediar vocês todos com a história e a importância do ator. Leonard faleceu de complicações nos pulmões aos 83 anos. Deixa a tristeza em milhões de fãs. O mais curioso é que eu NÃO era um deles. Eu não possuo quase nenhum interesse em programas de ficção científica ou afins... Eu não sou acometido por esse assunto. Porém, deixo aqui meu registro a esse fantástico ator. RIP.

- Will Butler, do Arcade Fire compôs uma canção sobre a crise hídrica em São Paulo (no Brasil, mas sobretudo na terra da Garoa). Tudo começou com um projeto do "The Guardian" com artistas sobre pautas de jornais do mundo todo. O músico escolheu por conta própria a matéria brasileira sobre a crise. Segundo ele, leu muito acerca quando sua banda aqui estava e decidiu escrever. O nome da música chama-se "You Must Be Kidding" (Você deve estar brincando) inspirada na frase de uma síndica. Uow!!!!

- Você leva um tiro e estás prestes a morrer... Mas, recebe uma chance. Poderás viver se alguém aceitar morrer no seu lugar. Hmmmm... Essa é a receita da nova trama do escritor Gonçalo Tavares em seu livro. Adaptando Eurípedes na tragédia grega e misturando Sarajevo da década de 90, o escritor português mexe com a mente do leitor. O livro chama-se "Os Velhos Também Querem Viver" e tem 88 páginas. É um livreto para ler-se num fôlego só... Topas? Mãos à obra...

- A "Santa Cana" - cachaça vendida no Aprazível (Santa Teresa) por mil e quinhentos reais (yeaaah) está acabando. Faltam trinta unidades dela. A dose custa cento e cinquenta reais. Mas, tudo isso tem um motivo (vc escolhe se vale a pena): foram produzidas quatro barris somente dela em 1976 em Minas Gerais. Na fazenda. O líquido ficou enterrado e curtido durante décadas e décadas até ser fabricado. Daí a importância dessa autêntica cachaça brasileira. 


EXPOSIÇÃO

450 Anos - Fotografia
Instituto Moreira Salles
Rio - Primeiras Poses

São quatrocentas fotos fantásticas num acervo de dar inveja a muito fotógrafo. Imagens do Rio de Janeiro de 1840 a 1930. Quase um século registrado de um período feudal ao urbano. Imperdível!

TRACKLIST

Bliss (Blue Pills)
High Class Woman (Blue Pills)
Black Smoke (Blue Pills)
Philomena (Decemberists)
Easy Come, Easy Go (Decemberists)
Carolina Low (Decemberists)



Riooooooo

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