quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Pauta de Hoje: Depeche Mode, Ettore Scola, Shows, Radiohead, Matemática, David Lean, Tracks


BLACK CELEBRATION

Sim, sim... O ano era 1986 e por aqui (Brasil) muita coisa acontecia... Eleição de Tancredo Neves, falecimento do próprio, Sarney assumia o país, novo, pós ditadura. Aprovadas as "Diretas Já", mas só consumida uma eleição posterior. Bem... Nesse ano - uma penca de discos nacionais saíam. Importantes... Para ter-se ideia de como o ano foi caprichoso o Capital Inicial lançou o seu primeiro (que é o único que curto), a Legião Urbana lançava o segundo, "Dois" - um dos melhores e mais importantes da banda, os Paralamas faziam o mesmo com o igual importante "Selvagem?", IRA! lançava o "Vivendo e Não Aprendendo", Titãs repetia a dose com "Cabeça Dinossauro", Engenheiros com o seu de estreia... Viu? Um monte de exemplo... E, fiquei no "mainstream"... Musicalmente havia muita sede e muita coisa rolando... De qualquer modo - na Inglaterra, o Depeche Mode trazia seu quinto álbum, "Black Celebration". Para quem conhece os primeiros álbuns e a crueza do som feito percebe como esse ano foi importante para a banda. O som havia mudado. Um clima mais gótico e sombrio envolvia os rapazes. O DM sai do industrial e adiciona elementos mais densos e complexos ao som. O álbum foi sucesso, sobretudo de crítica. Depeche Mode afastou-se do estilo new romantic e começou a entrar no tecnopop e no rock eletrônico. Para ter-se noção da transformação, Robert Smith (The Cure) disse uma vez que era fã deles. E, citou esse disco (BC) como exemplo de sua predileção em relação ao grupo. E eles capricharam... "Stripped" é sensacional. Foi lançada como single e arrebentou. "Fly On The Windscreen" é outro hit porrada. Bateria eletrônica com mais "punch" e atitude. Nesse mesmo trabalho temos "A Question Of Love" - uma balada linda composta e cantada pelo co-líder Martin Gore. Tecladista, guitarrista e compositor. Todos sabem que Dave Gaham é o vocalista de ofício. Nesse, ele (Gore) assume os vocais em mais três canções. "Here is The House" e "A Question of Time" são outros sons classudos do disco. Esse último, tem o videoclipe dirigido pelo mestre Anton Corbijn. Uma parceria que duraria mais vinte vídeos... Percebam que tudo isso aconteceu a partir desse trabalho? Pois é... E esse ano de 2016 - ele completa 30 anos. Um trabalho muito bonito do DM e de elogiosa apreciação. Tenho lembranças lindas com a maioria das músicas ali. Amigos, meninas, viagens, festinhas... Muito bom viajar nessas memórias... 


ETTORE SCOLA

Impossível passar "en passant" a respeito da morte do diretor italiano. O respeitado cineasta era comparado a Fellini, até mesmo porque eram amigos e trabalharam numa revista juntos. Muito humor, lirismo, política e boa música - assim era o cinema de Scola. Ele preferia dizer-se neorrealista. "Siga o homem" - ele declarou certa vez. Ettore Scola ainda desfrutava em trabalhar com os grandes atores de sua época. Assim o fez em "O Baile", "Nós que Nos Amávamos Tanto", "Feio, Sujos e Malvados" ou "Um Dia Muito Especial". Esse último colocou Sophia Loren e Marcello Mastroianni juntos em pleno nazismo (fascismo). RIP. 


NEWS

- Circula pela internet rumores de que o The Cure fará mais shows esse ano no Brasil. Sinceramente? Não fiquei sabendo e nem li nada acerca disso. Ao menos, de pessoas confiáveis... Acho que é furada...

- Em compensação... O Radiohead confirmou sua participação na Europa. A banda apresenta-se na Suiça (OpenAir St. Gallen), Portugal (NOS Alive) e Espanha (Primavera Sound) em junho e julho. Verão europeu. Mais: daí originou-se o boato de que a banda lançará algo novo ainda esse ano. Esse tem pinta de ser verdade. A conferir.

- Um matemático chamado Curtis Cooper (EUA) chegou ao maior número primo da história. Tem 22.338.618 dígitos. Cinco milhões a mais do o anterior. São sequencias de números usados em criptografia e senhas de computadores. Só para ter um ideia... Seriam necessárias 9.929 páginas de trinta linhas para escrever o número primo. Levando-se em conta que cada linha tivesse capacidade para 75 dígitos... Yeah!!!!! Ficou confuso? Pois é...

- Começou hoje (27/01) a retrospectiva no CCBB sobre David Lean... E vai até o dia 15 de fevereiro. Conhecido pelos clássicos "A Ponte do Rio Kwai", "Lawrence da Arábia" e "Doutor Jivago", David também influenciou meio mundo no cinema... Serão 16 longas dele exibidos. Não percam... Custa R$ 4. 

TRACKLIST

Stripped (Depeche Mode)
Behind The Wheel (Depeche Mode)
Policy Of Truth (Depeche Mode)
Personal Jesus (Depeche Mode)
It's Flexible (Depeche Mode)
Little 15 (Depeche Mode)
Blasphemous Rumors (Depeche Mode)



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domingo, 17 de janeiro de 2016

Pauta de Hoje: Albert Camus, Alan Rickman (RIP), Frida Kahlo (EXPO), MIS (Museu da Imagem e Som?), Tortoise, Tracks...


TORTOISE

A banda americana de Chicago lança no próximo dia 22 de janeiro mais um álbum... Seu nome é "The Catastrophist". Mega veteranos da cena, esse será o sétimo da carreira (iniciada em 90). Quem assina o lançamento é a Thrill Jockey Records. Ainda estou no aguardo, mas ouvi cinco faixas liberadas pela banda. São elas: "The Catastrophist" (faixa título), "Gesceap", "Ox Duke", "Rock On" (essa tem vocais) e "Yonder Blue" (também com vocais). Essa última tem a participação de Georgia Hubley do Yo La Tengo. Como isso representa um pouco menos da metade do disco (são onze faixas no total) é cedo para tecer alguma crítica, mas todas as faixas são muito boas. Muito. Sobretudo, "Ox Duke" (fiquei maravilhado) e "Yonder Blue". Sensacionais. Promessa de um excelente trabalho. Vamos aguardar...



ALBERT CAMUS

No dia 4 de janeiro de 1960, Albert Camus sofria um terrível acidente de carro e falecia. Ano passado fez 55 anos da morte do escritor. Passamos pelo dia 4 esse mês e mais um ano se completou. Mas, o que afinal Camus nos traz aqui? Bom... Eu diria que o literato cada vez mais se torna atual e obrigatório. Infelizmente... Ao menos pelos motivos que aqui direi... A árdua missão de Sísifo de rolar pedra acima até o topo, e repetir tal movimento quantas vezes fosse. É mais ou menos isso que estamos passando nos dias atuais. Fazendo uma enorme força e perdendo esperança no caminho. Estou errado? Claro que não. Basta observar o que estamos fazendo... É um desalento, uma falta de perspectiva em si e no outro. A maior dificuldade, segundo ele (Camus) era o distante absurdo entre o ser humano se compreender e também compreender o mundo. Não é exatamente o que acontece? Existe diferença nesse mundo que hoje temos e a indignação do francês? Nenhuma. Se você não percebe isso podes ter certeza que já se acomodaste. Lhe garanto. O abismo que construímos entre nós é abissal, mas fingimos não haver. Eu os convido ao simples exercício do isolamento e da observação. Observe o mundo em silêncio. Perceba o cotidiano calado, quieto no canto. Verás que tudo é árduo, ambíguo e tênue. A própria coletividade é ilusória. Obedece a efemeridades mundanas. Não há substância e realidade ali. Pode olhar. Para Albert o ser humano precisava se indignar, se revoltar. E ele não estava falando de violência bruta ou armas. A menção era parar com a mentira. Do dia a dia, de si, do outro. Assumir a sua verdadeira face e interromper essa cadeia de mesmices e bravatas. Atitudes e postura canalhas. Mesmo que, para tal, sigas empurrando a pedra ladeira acima. Não é fácil ser autêntico e honesto, porém é vital. Senão você dança. Sucumbe. Vira normal...

NEWS

- Uma ótima notícia para os cariocas... A partir do dia 26 de janeiro, uma terça-feira, entrará em cartaz a exposição "Frida Kahlo": Conexões entre as mulheres surrealistas no México" na Caixa Cultural... E de graça. Trinta obras da mexicana e mais 14 de artistas conterrâneas da própria. Ficará até dia 27 de março. Mais de dois meses esperando os fãs... Bobeira não ir...


- E, infelizmente, o ator Alan Rickman (foto abaixo) foi outro que veio a óbito nessa semana. Trágica semana, por sinal. Muitos o conhecem pelo seu trabalho em "Harry Potter", mas eu nem vi. Não curto essa película. Alan foi um tremendo ator. De um talento próprio. Eu destacaria, além de suas brilahntes atuações no teatro, três filmes obrigatórios em sua carreira no cinema: "Razão e Sensibilidade", "Robin Hood" e "Gambit". Gosto dele também no ficcional "Dogma" e  em "The Butler". Um talentoso ator. Que pena... RIP.

- Essa semana vi o filme "Sr. Sherlock Holmes" com Ian Mckellen no papel do detetive. Uma produção da BBC direta para a TV. A sinopse é ótima: Holmes, aos 93 anos, aposentado, senil, tentando lembrar de um último caso que o incomoda. Como sua memória está afetada ele tenta descobrir, o que de fato, aconteceu. Watson, seu parceiro, se casou e sumiu. Porém, a trama e roteiro pecaram bastante. Deixou de lado toda astúcia e elaboração para contar de forma mais lúdica e fácil. O Holmes desse filme é mais amável, disponível e gentil. Os fãs (como eu) perceberão que o resultado é de uma película "água com açúcar". E, se tratando de Doyle, isso é um pecado. De qualquer modo, a atuação de Mckellen é notável! Impressionante. Digna de um prêmio. Absurdo. Outro detalhe são as fotografias. Cada uma mais deslumbrante do que a outra. Um cenário fantástico (literalmente). 

- E, no último dia 12 de janeiro, a cidade de Belém, precisamente fez 400 anos de existência. Opa... Gosto muito da cidade, apesar de só ter estado lá muito pequeno com meus pais. Não tenho memória, mas fotos. De lá e do Acre (de onde minha mãe veio...rs). Uma cultura das mais diversas etnias: indígenas, africanas e europeias. Sabores, cheiros, frutas, peixes... Hmmmm... Oxe. Delícia!!!!

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Bom... Primeiro foi a destruição da boate Help (Copacabana). Um fim na boemia carioca. Ok. Era para a construção de um museu. Bacana. Vamos de cultura. Apesar de que existe muita cultura na noite copacabanense, sobretudo com as meretrizes que haviam. Tudo bem. Mas, essa é outra história. Uma empresa venceu o negócio e faturou a chance de construir ali, na orla, um lugar que faria história da imagem e do som. Era o ano de 2009. Após muito papo e conversa fiada as obras começaram em 2011. Leia bem: 2011. Portanto - pouco mais de quatro anos e meio. A promessa era de entregar tudo legal em dezembro de 2014. Hmmmm... Não ficou pronta. Os moradores cobraram e nada foi feito. Pior: interromperam-na (obra) e segue parada até a presente data. Pensa que acabou? Não. Uma nova licitação, no valor de 35 milhões de reais, será feita SEM prazo de acontecimento. Percebeu? Travou. Um jogo de empurra-empurra e o dinheiro, tempo e paciência indo para o ralo. Então, pegando o nome do tal museu (MIS) temos a seguinte paródia: a imagem falida de um prédio inacabado e o som mudo. Pois não tem mais obra. Sacou a ironia do "projeto"? É isso... Lembram do Museu do Amanhã? Esse é o Museu do "Um dia"... 

LIVRO

"Uma Menina está Perdida no seu Século à Procura do Pai"
Gonçalo M. Tavares
Companhia das Letras
240 páginas

TRACKLIST

Time (David Bowie)
Warszawa (David Bowie)
Fame (David Bowie)
Be my Wife (David Bowie)
Everyone Says Hi (David Bowie)
Rock n Roll Suicide (David Bowie)
Rebel Rebel (David Bowie)


RIP.


Hare.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Pauta de Hoje: Bowie... 1947-2016


DAVID BOWIE

Dia 11 de janeiro, certa altura da manhã, sou acordado da seguinte maneira: "... Léo, acorde. Tem um recado pra você lá embaixo. Ahhh... O David Bowie morreu ..." Saltei da cama por diversas razões, embora a principal era porque eu estava atrasado para trabalhar. Dali foi um salto para o banheiro, comida e sair de casa. Trabalhei normalmente e voltei para casa. Tudo seria mais um dia se não fosse por um detalhe: Bowie havia falecido! Como assim? Ué, as pessoas falecem... Verdade. Mas, não Bowie... Não assim... Levei um choque de realidade em 2016. O mais versátil e camaleônico artista de nosso tempo havia sucumbido. A quem eu tinha um apreço imensurável e anos a fio tinha-o como um dos principais exemplos de arte. Engana-se quem refere-se a Bowie como cantor ou compositor. Nada disso. Essa é uma das inúmeras facetas dele. David Robert Jones (nascido assim, mas como o músico dos Monkees tinha o mesmo nome e já estava cantando trocou o sobrenome. Adotou o de uma faca) fora diretor, ator, pintor, músico, produtor, etc... Atuou em filmes fabulosos como "The Hunger" ou "The Labyrinth". Lançou Lou Reed e Iggy Pop... Sim... Ele produziu e bancou seus dois amigos para o mundo. Olha como devemos a ele tal ato... Influenciou diversos tantos outros músicos e bandas desde dos anos 80 aos dias de hoje. São incontáveis artistas que o citam ou narram acerca de uma determinada canção ou álbum, ou até mesmo fase inteira dele. David foi mod, rock, glam, punk, gótico, pop, eletrônico, clássico... Passeou por variadas esferas da música. Impossível pensar na música atual em sua totalidade e não ter algo dele ou produzido por ele. Foi o artista que mais tocou a vida das pessoas pelo mundo - disse uma vez David Buckley, seu biógrafo. E, talvez seja verdade. Eu mesmo tenho algumas adoráveis passagens ou memórias com suas canções. Seja uma viagem que fiz com amigos aos ecos de "Low" (77) ou uma tarde vendo "Christianne F." - o filme ao som dele. A verdadeira (personagem) adorava-o. Ano passado mesmo, quando saiu um documentário sobre a exposição (David Bowie Is) sobre o artista que rodou a Europa. Eu fui ver. Saí do cinema orgulhoso de ser fã. O mundo inteiro apreciava sua arte. Bowie conseguiu penetrar até no mundo na moda. Com suas vestes e tecidos vanguardistas (vide Kansai Yamamoto). Nessa geração onde a efemeridade e o óbvio saltam os olhos, ele seria essencial. Graças a deus foi para a minha. Posso passar uma tarde toda e mais a noite narrando diversas coisas sobre o artista. Como transformou melodias em verdadeiros clássicos. Uma das coisas que mais eu gostava era a sua voz. Inconfundível. Admito que nunca fui apreciador de "Under Pressure", porém sua voz nessa canção fazia, para mim, toda diferença. Poucos cantores tiravam-me do sério como ele. Sempre houve uma impostação elegante e marcante na sua garganta. Timbres e tons que diferenciava-no de muitos. Eu, sempre soube. Detalhistas de voz, instrutores afirmam que o cantor tinha o vocal de "vibrato". Era capaz de mudar sua voz de uma canção para outra. Alterar por completo. Ele era um "crooner". Disso eu fui sabendo aos poucos. Não precisei estudar música para ter sapiência dessas informações todas. Estava tudo lá na sua discografia. Basta pegar um ou dois discos e ouvir. Quantos artistas criaram "personas" dentro de suas próprias carreiras? O Major Tom - astronauta viciado que viajava pelo cosmo. Ou o alienígena Ziggy Stardust que veio à Terra em missão de paz e se apaixonou pelo rock. Anos depois o Thin White Duke - um aristocrata demente que vivia de leite e cocaína. Essa tal persona inspirou alguns atores e atrizes. David Bowie tinha passe livre no cinema e no teatro. E, com extrema desenvoltura atuava com divas e personalidades. Recusou o título da Ordem do Império Britânico. Rsrsrsrs... Sim, ele sempre foi transgressor. Lembram? Colocou dezenas de cantores na estrada e mostrou como se fazia... Peter Murphy (Bauhaus) possuía uma influência por Bowie tanto musical como na composição teatral. Faceta que muitos pegaram do camaleão e transformaram em marca de banda. Certa altura de uma entrevista, Ian McCulloch (Echo & The Bunnymen) afirmou que preferia Bowie a Beatles. Fora perguntado como era crescer em Liverpool (terra de ambas bandas). Disse também que ao escutar "Starman" nunca mais fora o mesmo. Aquela música mudou pra sempre seus conceitos musicais... Enfim... O músico deixou um legado. Vinte e seis álbuns gravados, centenas de canções, homenagens, filmes, peças, dois olhos desiguais (um cinza e o outro azul) e colocou um ponto final na Terra. E, agora? Há tempos não sentia tanto a despedida de um artista... Ficou uma vazio na vida. Mas, de todo modo: obrigado!


1947 - 2016

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Pauta de hoje: The Au Pairs (35 anos), Magnífica 70, Paulo Leminski, Big Bang Theory, Delta 5, etc...


THE AU PAIRS

Do livre:"ao par" ou "igual". Do ponto de vista de paridade econômica. A expressão derivada do francês indica trabalho com ou sem remuneração, porém com alimentação e moradia. Algo bem similar ao de uma babá e afins. Muito comum na Europa e EUA. Enfim... Veio daí a inspiração para um quarteto misto (duas mulheres e dois homens) de Birmingham (UK) executar seu som. Oriundos da cena pós-punk, no começo de 80, o The Au Pairs começavam seus trabalhos. Lançaram dois discos e alguns singles. Sofreram algumas mudanças na formação e depois findaram. Não foi uma carreira longa, mas deixou uma ótima impressão de crítica. Aqui no Brasil nem tanto, mas na Europa e EUA foram "sucesso". Em 1981 - o disco de estreia, "Playing With a Different Sex" foi lançado. Completará em abril desse ano 35 anos. Um disco que saiu com duas capas... Uma original e outra estrangeira. Não era tão incomum isso. Muitas bandas estrangeiras tinham distintas capas de um mesmo trabalho. Aqui a cena repete-se. Bom... De qualquer modo... O disco foi muito bem recebido. Alguns críticos comparavam o som deles com os de seus contemporâneos "Gang Of Four" e "Young Marble Giants"... A diferença é o vocal (voz) feminino do AP. Certas canções chegam a lembrar a fase 1 do B-52's também... Os vocais mistos em conjunto. Outro trunfo deles é o baixo marcado, bacanérrimo, andamento dançante, soando punk e ao mesmo tempo modernoso. As letras falavam de abusos sexuais, relações conturbadas, torturas de governo, direitos humanos e muito mais. Mas, com sarcasmo e ironia. Gosto muito da cozinha deles. Baixo e bateria são bem escutados e saltam o bom gosto. Misturados aos efeitos de uma guitarra bacana e a voz empostada fica sofisticado demais. Há uma mistura jazz, fusion, um clima "funkeado. A versão original de "Playing with a Different" veio com dez canções, incluindo uma cover de Bowie ("Repetition"). Por sinal, ficou do cacete. Depois fizeram outras prensagens e sairam mais algumas canções bônus". De qualquer modo, do disco gosto muito de "Come Again" (um petardo que Gang Of Four aprovaria), - As Mercenárias beberam aqui também -  "Set Up" (minha predileta), "Headache For Michelle" (sonzeira da boa) e "Dear John" (muita banda moderninha tenta fazer isso hoje). Poderia citar o trabalho todo, pois é uma pérola. Muito bom. Disco para colocar a primeira e deixar até o fim. Uma obra-prima! Trinta e cinco anos de um p%$# disco!


ou


NEWS

- "Magnífica 70" segue encantando mundo afora. Chile e México são os países que estão exibindo a primeira temporada. Enquanto isso... Nada aqui no Brasil. Trailers, teasers, publicidades, mas nada de data. HBO ainda não bateu martelo para a data certa de estreia da segunda temporada. Vamos aguardar!

- Faleceu mais uma fera do jazz: Paul Bley! Canadense e expoente do chamado "free jazz". Um jazz refinado, mas com muito espaço ao improviso. O pianista tocou ao lado de mestres como Charles Mingus, Chet Baket e Charlie Parker. Segundo a família, Bley foi encontrado morto no domingo (3). RIP.

- Ainda nos obituários... O ator, diretor e artista plástico, Antônio Pompêo também foi encontrado morto em sua casa, no Rio de Janeiro. A causa não foi divulgada. O ator tinha 62 anos e 41 anos de carreira. Mais do que as novelas e peças - Pompêo brilhava nas telas. RIP.

- E a série Big Bang Theory sofreu uma baixa. Calma... Nada macabro não... Tudo trata-se de uma acusação de plágio feita por filhas da poetisa Edith Newlin. Na série, Penny (Kaley Cuoco) canta sempre uma canção chamada de "Softy Kitty" para Sheldon (Jim Parsons) dormir. Pois, segundo as filhas, um trecho dessa é de versos da poetisa. A CBS e Warner e os demais envolvidos estão estudando o caso... Brrrrr...

MOSTRA

O inquieto Paulo Leminski (calma... O trabalho dele. Não ressuscitei ninguém...Rsrsrs) atraca aqui no Rio de Janeiro, finalmente. Depois de passar por várias capitais, o povo carioca poderá desfrutar de uma exibição sobre o escritor. Citei "escritor" por assim dizer... Paulo era ator, diretor, poeta, jornalista, etc... 

Mostra Múltiplo Leminski
Caixa Cultural - Centro
Início: 10 de janeiro/16
Término: 6 de março/16


SPOTLIGHT

Não é segredo para ninguém que um dos meus filmes favoritos (top 5) é "Todos os Homens do Presidente" de Alan J. Pakula. Estrelado por Dustin Hoffman e Robert Redford. O filme conta o caso real de Watergate. O mais curioso é que o filme foi lançado em 4 de abril de 1976... Um certo rapaz nasceu precisamente nessa data... Rsrsrsrs... Enfim... O caso foi um escândalo e culminou com a renúncia de Nixon. Quarenta anos (Ops...) depois - estreia no Rio o filme "Spotlight" (foto abaixo) cuja trama é sobre uma história de abusos sexuais em Boston que ficou bastante conhecida na América. Muito similar ao filme que citei. Mas, nesse, o escândalo envolve a igreja (padres). Yeaaaaaah! A equipe de um jornal encarregou-se de cobrir todos os podres do caso. Nessa mesma linha de "Todos os Homens..." é que "Spotlight" desenvolve-se. E é por isso que chamou minha atenção. Preciso ver... E convido-te a fazer o mesmo. Cheiro de filmaço no ar! Cobrem-me depois! 

TRACKLIST

You (Delta 5)
Anticipation (Delta 5)
Make Up (Delta 5)
Journey (Delta 5)
Mind Your Own Business (Delta 5)



É a boa dessa ou da outra semana. Mais um filme no estilão "Todos Homens do Presidente". Com Michael Keaton, Rachel McAdams (Aiaiaiai...) e Mark Ruffalo. De quebra - está cotado (muito cotado) para Oscar. Enfim... Não é por isso... É o roteiro mesmo... Vamos?


Hare Hare