sábado, 26 de setembro de 2015

Pauta de Hoje: Under The Influence (Keith Richards), Picasso roubado, Lee Ranaldo, BBC e Duran Duran.


Sério mesmo que alguém aqui espera que eu vá falar sobre o RIR? Poxa... Ainda não me conhecem não? O que mais tem por aí são resenhas, críticas, opiniões, matérias, entrevistas com tudo que acontece no festival... Basta digitar... O que eu faria diferente? E por que eu encheria seu saco sobre um tema tão esgotado? O lema aqui é sair um pouco do óbvio, né? A vida segue. Tenho certeza de que não faltarão "infos" sobre o supra citado. Nesse espaço - habitarão outros temas que não circulam toda hora na internet. É bem mais banaca e tesudo pra fazer. Acredite! 

UNDER THE INFLUENCE

O documentário de Keith Richards está disponível na Netflix. Aproveitei e vi dias depois que ele estreou no site. Keith é uma figura ímpar no rock. Um cara que possui uma das personas mais caricatas do cenário roqueiro. Drogas, sexo, rock, prisões, álcool, tabaco, etc... Nada escapa dele. E, de fato passou por todas essas etapas e muitas outras. Porém, ele é bem mais que um simples músico de um estilo somente. Keith é do ramo. Entrar num estúdio com ele é como viajar pelo universo dos instrumentos, da mesa de som, das inúmeras gravações, dos pedais, das canções criadas em pleno estúdio (como ele mesmo comenta sobre algumas dos Stones), dos momentos únicos com os músicos quando tudo está "valendo"... O cara é absurdamente simples e genial. O documentário mostra o nascimento do menino do sudeste inglês que mantinha-se atento ao rádio. Sua mãe o influenciara com cantores da época, mas o filho era apaixonado por blues. Era seu sonho. E tome blues... A trilha toda se mantém no blues... Daí que o mito começava a enxergar a América. O paraíso do blues. Seus olhos e ouvidos apontavam para os Estados Unidos. Feras como Buddy Guy, Howlin' Wolf, e sobretudo Muddy Waters. Seu padrinho e herói. Era isso que o guitarrista dos Stones precisava. Apenas uma chance. Conhece Mick (Jagger) e vê em suas mãos dois discos fundamentais para a criação da maior banda de rock. os Stones. Os discos eram de Chuck Berry e Muddy Waters. Keith chega a dizer que os Stones só existem por eles. O fato é que o músico caiu na estrada e nunca mais foi o mesmo. A história toda é narrada por ele e Steve Jordan (seu amigo e produtor) relembrando um pouco dessa estrada. E, ele foi fazendo amigos e tocando. Um verdadeiro "rato de estúdio". Todos os ídolos tocaram com ele e tornaram-se amigos (e personagens também do doc.). As cenas de estúdio são maravilhosas. Dele e os Stones. Ou de seus discos mesmo. Ou de discos em parceria como o caso de Tom Waits (que aparece no filme). Momentos mágicos como o artista tocando piano (ele se diz um pianista fraco) ou tocando baixo (ele é um PUTA baixista para quem não sabe). Incrível. É inspirador como ele dialoga com tudo que emana som. Certos depoimentos dele sobre a vida são específicos, mas bonitos. Poéticos. Quase sempre seguidos de uma pitada de humor e um sorriso de canto de boca. Com seus cigarros, claro. O disco novo dele, o "Crosseyed Heart" está na película também. Foi daí a ideia desse filme. Logo, ele e Steve aparecem sempre dissertando sobre um som, tocando ou dando entrevistas. É uma parceria longa (iniciada nos anos 80) e com sintonia fina. Perfeita. Há também um lado desconhecido de sua família. Richards mostra-se bem "família" e conta algumas histórias de seu pai e de netos. Um cara doce, sensível e espirituoso. A direção é de Morgan Neville e tem 82 minutos de duração. Uma verdadeira aula de música. Esse é o espirito. Ele afirma que é o que sabe fazer na vida. E como sabe. Finda o filme com algo bem a calhar: "... Não estou envelhecendo, estou evoluindo ..." De fato. Quem puder ver - por favor. É um dever... Um deleite para quem gosta e conhece música. Cifras, riffs, pestanas, guitarras fantásticas e lendárias. Tudo delicioso para quem curte o assunto. Yeah, Keith! Good Job, man!


NEWS

- O quadro "La Coiffeuse" de Pablo Picasso retornou ao Centro Georges Pompidou em Paris. Fora roubado em 2001 e só reapareceu em 2014 na Bélgica. De lá a obra foi enviada pelo FedEx para Nova York. Essa semana a pintura voltou para casa. Yeah!

- Lee Ranaldo (ex Sonic Youth) que faz show hoje em SP (26) já dá pistas sobre seu novo trabalho. Seu último disco, "Last Night on Earth" (2013) que eu resenhei (ótimo) já ficou para trás e o músico planeja novidades... Ele disse estar "flertando" com um trabalho mais acústico. De quebra descartou secamente a volta do Sonic Youth. A conferir...

- A banda Arcade Fire confirmou que haviam sobras (out tracks) do último disco, "Reflektor" e disponibilizou na rede seis faixas. São elas: "Get Right", "Soft Power", "Apocrypha", "Women of A Certain Age', "Crucified Again" e "Flashbulb Eyes' em versão remixada. Aproveitem, fellows!

-  A rede BBC anuncia um documentário sobre o (duo francês) Daft Punk ainda esse ano. Nele estarão entrevistas com parceiros e colaboradores como Niles Rodgers, Pharrell Williams, Michel Gondry, Giorgio Moroder entre outros. Essa semana foi divulgado um trailler do filme pela rede. 



DURAN DURAN

"Paper of Gods" é o décimo-quarto disco (estúdio) do quarteto britânico. Saiu esse mês de setembro. Imensas participações nele constam: Nile Rodgers e Mr. Husdon (também como produtores), Mark Ronson, Janelle Monáe, John Frusciante, Lindsay Lohan entre outros. A banda já havia trabalhado com os produtores em outros álbuns e canções mais antigas. Nesse aspecto nada há de novo. Porém, a sonoridade deles foi bem alterada. Os famosos "pops" bem feitos e com "punch" deram lugar a um som mais moderno e um tanto dançante. Lembrando nada clássicos como "Hungry Like Wolf", "Rio" ou "Notorious". Nada. Acho bacana a inquietude do artista em renovar-se e ousar. Sempre é válido. O fato é que trabalha-se sempre perto do risco. Sinceramente, não curti muito o resultado. Ficou muito comum. Parece um disco de "dance music" como qualquer outro que sai por aí. A mão do músico do "Chic" torna tudo sempre fusion e cool. E isso é sempre bom, contudo ele precisava saber que tratava-se do Duran Duran. Não disse muita coisa a quem curte e aprecia o som dos rapazes. Posto isso, eu tenho algumas faixas que apreciei como "Pressure Off" (com Janelle Monáe - de quem eu adoro a voz e seu primeiro disco). Tem um groove interessante e funciona bem. Tem "punch" e um "beat" bem maneiro. Outra faixa bacana é "Sunset Garage" - um baixo e teclados afinados. Tem mais autoridade e lembra ecos de uma fase boa deles. Até tem uma atitude mais roqueira com baixo, vocal e bateria. "Butterfly Girl" também soa bem. Uma canção bem feita com backing vocals femininos que dão um tom correto no som. Ficou boa. Existe a versão "deluxe" com faixas bônus, porém eu não quis ouvir. As doze faixas originais bastaram. O resultado me desapontou bastante. Pode ser meu humor ou a velhice; fato é que, erraram e muito a mão nesse trabalho. Um disco dispensável bastante. Saiu pela Warner. Meu enorme respeito a banda. É isso...


TRACKLIST

Take It So Hard (Keith Richards)
Struggle (Keith Richards)
Too Rude (Keith Richards)
Big Enough (Keith Richards)
Make No Mistake (Keith Richards)


CLIC.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pauta de Hoje: Política, Amy Winehouse, Festival do Rio, Battles (disco), Tracks e mais...


"... A violência é tão fascinante
E nossas vidas são tão normais ..."

(Baader-Meinhof Blues)

PARTIDOS

Para quem assistiu ao debate dos presidenciáveis em 89 quando dez, doze candidatos, entre eles Brizola, Maluf, Covas, Collor (ausente no famoso debate), Lula, Afif, Covas, Freire, Ulysses, Aureliano Chaves, Enéas, Gabeira e por aí vai... Sendo que nem todos compareceram - ou por manipulação televisiva ou por malandragem mesmo... Caso do Collor. Na época, o candidato vinha sob alcunha de "caçador de marajás" (rsrsrsrs...) Sim... E muita gente acreditou. Tanto levou fé que o mancebo foi eleito. Mas, o que mudou desse debate para o último entre Dilma e Aécio? Dentre tantas outras eu cito uma que simplesmente simboliza o momento do país: a polaridade política. Enquanto no passado tinha-se uma dúzia de candidatos a se votar, nessa ou era governo ou oposição. E, cá entre nós: era seguir o caminho que o PT já estava (que se desenhou ruim) ou mudar para a volta do PSDB (partido que governara antes). Que merda, não? A pluralidade política sumiu. Os partidos distintos tornaram-se de aluguéis ou porta-bandeiras de uma ou duas causas. Numa época que um partido e seus coligados necessitam é de um plano nacional em seis áreas, ao menos: saúde, educação, transporte, economia, segurança pública e saneamento básico. Os mais urgentes. Agora; faz-se necessário também uma melhor distribuição de renda, moradias, gestão ambiental, reforma agrária (nunca feita no pais), reforma tributária e previdenciária. Se esqueci alguma me perdoem... Porém, são essas as mazelas relevantes do Brasil. E todo político, não se engane, sabe disso. A questão é: a quem interessa e se ele e os envolvidos vão receber. Não é? Pois é... Bem... De lá de 89 pra cá surgiram moeda nova, planos econômicos inúmeros, criação de impostos, impeachment, oscilação de inflação, políticas públicas sociais e planos contra fome. Para ficarmos de maneira sintética aqui. O fato é que os partidos ficaram pequenos, outros surgiram (caso do DEM, PPS, etc) e ficou-se com PT, PSDB, PMDB e DEM. Partidos outrora gigantes como PDT e PTB diminuíram... PCB, PDS e PP findaram. Enfim... Uma série de siglas aí que não nos dizem nada. Mas, eu gostaria de citar uma experiência pessoal para simbolizar um pouco aqueles que acreditam num país social e com pensamentos mais esquerdistas... Apesar do que representa a "esquerda" hoje em dia. Em determinado ramo, trabalhei durante muito tempo. Fui bem feliz, pois minha labuta sempre rendeu frutos para mim e para os envolvidos. Leia-se frutos como: realização prática. Salário sempre foi consequência. Isso não é riqueza. Porém, em determinado ano houve uma sujeira nesse setor onde muitos envolvidos foram flagrados em corrupção. O que que aconteceu? O governo cortou a verba até se estabelecer e apurar os fatos. Meu trabalho seguiu, mas a verba foi cortada. Em termos de remuneração fiquei afetado. Governo Lula! O que faria um reacionário, coxinha, alienado político? Xingaria, marcharia contra a iniciativa e juraria campanha contra, certo? Certíssimo... Eu fiz o contrário: segui trabalhando, dando seguimento ao possível e promovi o bem-estar social. Não me revoltei, pois sabia que o governo tinha "extrema" razão. Não tinha como ver caso a caso num universo de milhares de empresas no setor. Era necessária a apuração. Meses depois - tudo acertado, e sempre trabalhando minha remuneração voltou. Simples? Nem tanto. Mas, para quem pensa em si e em todos como sociedade é assim que funciona. Não é ser burro ou idiota - é saber que o bem comum é vital para todos. Funciona para você e para todos. O fruto disso é uma sociedade mais beneficiada (em suas classes menos favorecidas) e um bem estar comum. Talvez, alguém pense que o meu não-egoísmo foi resultado da minha não pobreza. Te digo que não. Juntos comigo tinham outras pessoas menos afortunadas. Sobreviveram de bicos, mas sempre me ajudando. Isso é atitude social. Pergunto-lhes: você vê algo parecido nessa massa reacionária, tida como coxinha? Eu não vejo. Basta afetar o bolso dele que ele ruge sem ao menos pensar no próximo. Leio e vejo isso todos os dias... Quero mudar seu pensamento não... Porém, nem ouse mudar o meu. O meu não vive na teoria, ele é praticado todos os dias... 

NEWS

- O Festival Rock In Rio recebeu uma bela notícia essa semana: a renovação do contrato entre a organização e a Prefeitura do Rio. Ficou asseguradas as edições de 2017 e 2019. Estima-se em mais de um bilhão de reais movimentados nessa edição. A previsão é dos sete dias. $$$$

- A banda U2 teve seu show cancelado no último fim de semana em Estocolmo. Parece que o esquema de segurança foi falho e organizadores suspenderam sem dar quaisquer explicações ao público. O jornal sueco "Aftonbladet" afirmou que um homem furou o bloqueio e entrou armado! Eita!!!!

- A Sony Music e a Egrem (responsável pelo catálogo dos principais artistas cubanos) chegaram a um acordo inédito musical. Será uma parceria americana em Cuba e contará com a representação da multinacional na ilha. A ideia é divulgar os cubanos de mais prestígios. "Si, pero no mucho"

- Uma parceria entre a Universal e a rede Cinemark fechou o documentário "Amy" no Brasil. Sabe-se que o doc. será exibido entre os dias 26 e 29 desse mês (setembro), mas não tem as cidades ainda divulgadas... Eu li sobre Manaus, São Paulo, porém não li o nome do Rio em nenhum lugar. Espero que seja só falta de informação mesmo... Seria uma bola furadaça! No Reino Unido foi um delírio só a película!


FESTIVAL DO RIO

Cinéfilos: vai começar o esperado festival que agita a cidade em outubro. Os passaportes já começaram a ser vendidos nessa segunda (21). O passaporte com 20 ingressos está custando R$ 180. Serão cerca de 250 filmes de mais de 60 países exibidos em 20 locais pela cidade. O Festival começa dia 1 de outubro e vai até o dia 14 de outubro. A 17ª Edição terá a abertura feita no Cine Odeon com o filme "Chico - Artista Brasileiro" de Miguel Faria Jr.


DISCO

Amigos que curtem som e outros comentaram comigo a respeito dos discos de Lana Del Rey, Keith Richards e até do Prince. Até estavam na fila, mas já li sobre todos em alguns blogs. Pensei: "Que diferença iria fazer no meu blog?" Nenhuma, né? Mais uma "resenha". Logo - deixei de lado. Aqui eu procuro fugir mais do óbvio e pinçar outras sem tanto "hype". Tem funcionado! Rsrsrsrs. Enfim... Banda de NY - o Battles - é mais uma banda "math rock"... Aqueles sons cheio de efeitos que flertam com o free jazz, o prog e o rock experimental. Nessa semana eles lançaram seu terceiro disco: "La Di Da Di" pela Warp Records. Escutei duas vezes (uma sem fone e outra com fone) nesses três dias. Um disco cheio de surpresas e sons etéreos. É pra viajar mesmo. Já foi um quarteto - Tyondai Braxton (sobrinho do jazzista Anthony Braxton) saiu logo no primeiro álbum. Permaneceram John Stanier (um dos fundadores e ex-baterista no Helmet), Dave Konopka (baixo e efeitos) e Ian Williams (guitarra e teclados). O selo "Warp Records" remete a muita qualidade no gênero. Basta mencionar que eles são os responsáveis pelo Aphex Twin e por Broadcast. De qualquer modo - o trabalho é super cool. Faixas como "The Yabba" e "FF Bada" são porradões com muito experimentalismo. Quem não está acostumado achará que é som doidão e cabeçudo. Até é, mas é bom e super criativo. Gostei de cara de "Dot Net" - uma bateria rockeira e som classudo. Direto na veia. "Summer Simmer" é para físicos quânticos... Rsrsrs... Não, sério. O som pira legal. Um "prog" cabeçudaço! Para resolver algum teorema estressante. E isso é um elogio. "Dot Com" é uma faixa eletrônica bem interessante. Ao mesmo tempo que ela embala tem uma pegada "rocker". Ficou uma fusão legal. "Megatouch" é outra que me pegou. Tem uma linha de baixo e teclado bacana. Marcado. Acho que a essa altura todos já perceberam que os caras não têm vocal, né? Pois é. Tudo instrumental... Hahahaha... Até porque o vocalista era Braxton. Mas, a banda sobreviveu ao cara. E, Braxton não era propriamente um cantor; era mais um maestro, pois o som é instrumental de raiz. O papo é música MESMO. São 12 faixas bem talhadas no experimentalismo recheadas de teclados, efeitos de guitarra e bateria alta. A crítica avaliou o trabalho como sete. Eu, sempre mordaz e dissonante, prefiro um sete e meio a oito. Me disse algo. Incomodou. Provocou. Isso é arte na minha opinião. Belo disco!

TRACKLIST

Iodine (Leonard Cohen)
Bird On the Wire (Leonard Cohen)
The Stranger Song (Leonard Cohen)
Avalanche (Leonard Cohen)
Joan Of Arc (Leonard Cohen)
I'm Your Man (Leonard Cohen)

Semana dedicada a Leonard Cohen, que completou ontem 81 anos. Fuce a internet que você encontrará diversos docs. ou entrevistas sobre o mestre. É encantador! Vida longa ao "silencioso".


CLIC.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pauta de hoje: Beach House (disco), Lewis Carroll, Maconha, Exposição, Oscar 2015, Tracks, etc...


BEACH HOUSE

Saiu há 20 dias atrás o novo disco desse surpreendente duo americano. Victoria Legrand (vocalista e tecladista francesa) - dona de uma bela voz. Algo comparável a Nico do Velvet Underground. Porém, como o som deles é algo bem viajante, atmosférico e tal eu sinto mais semelhança com Liz Frasier (uow!). Mas, o pé da banda é bem mais "Indie" com pitadas de "shoegazer". O outro lado da laranja é Alex Scally. Músico americano que assume as guitarras e efeitos. O som é super bacana e caprichado. Esse disco, o quinto, é mais acessível do que o anterior, porém os elementos seguem firmes: "droning" guitar, sinthetizadores, baterias tribais (ou tambores) e muita distorção. Sonzeira da boa! Ouvi o disco duas, três, quatro vezes. Adorei! Lindo. Um oasis num deserto hoje em dia. São nove canções extremamente delicadas, bonitas, melódicas e doces na voz de Victoria. O nome desse novo trabalho também é sugestivo: "Depression Cherry". Cândido, não? O álbum abre com "Levitation" (som etéreo feito para viajar mesmo) - uma ótima dica do que vem pelo caminho. Segue então para o primeiro single deles: "Sparks" (outra pérola). Tudo numa extrema coesão. Vem a melhor música então: "Space Song". Um teclado lírico e a suavidade de Victoria. Cristalino mesmo. Lendo a respeito desse disco encontrei algumas informações sobre a produção que chama a atenção. Logo após o quarto disco, "Bloom" (2012), Victoria se sentiu desanimada e sem inspiração mais. Deram um belo intervalo. O tempo foi passando e no outono (tinha que ser) de 2013 começaram a surgir as novas inspirações. Assim, de maneira gradativa o duo começou a compor. Começando 2014 seguiram trabalhando e construindo. Até chegar a esse ano de 2015. Foi quando Alex e Victoria chegaram ao total dessas nove canções e se sentiram seguros para entrar em estúdio e fabricar o álbum. Parece que deu super certo. A crítica em geral considerou nota oito. Eu considero um pouco mais... Pro meu gosto ele é superior. Se crítico oficial fosse daria algo entre 8,5 a 9,0. É um discaço! Tudo no seu lugar e de muito bom gosto. Adorei a "depressão da cereja". Uma das poucas canções que destoa é "Beyond Love". Ficou um pouco desgastante. Mas, nada que comprometa o álbum. Destaco mais três pérolas desse disco: "1037" (uma batida seca e forte), "PPP" (Uma emocionante opereta transcendental) e "Bluebird" (Lembra do Cocteau Twins? Pois é... Nessa linha de beleza). Maravilha de trabalho. Um dos melhores discos que escutei esse ano. Isso é arte! Ouça! Recomendo bastante. Ahhhh... Ia me esquecendo... O disco saiu pela Sub-Pop. Outro indicativo de qualidade, né? 


NEWS

- Vinte e cinco gramas de maconha será a quantidade legal a ser portada caso prevaleça a posição do Ministro Luís Barroso do STF, favorável a descriminalização. O placar, por ora é de 3 x 0. A conferir... 

- A Rainha Elizabeth II quebrou o recorde de tempo em seu cargo na monarquia. Superou Victoria, sua tataravó. Elizabeth completou no dia 9 desse mês 63 anos, sete meses e dois dias no trono do Reino Unido! Yeah!!!! God Save the Queen!

- Chegou com pompas de favorito ao Oscar. A película chama-se "Evereste" (sim, com esse "e" no final) e foi sucesso no Festival de Veneza esse ano. O roteiro segue como trama uma nevasca descomunal acontecida no Monte e seus alpinistas em perigo. A versão em 3D promete arrepiar a platéia e dar emoções fortes com cenas fantásticas. No elenco - uma turma de feras: Jason Clarke, Jake Gyllenhaal (falei dele no post anterior, lembram?) e Josh Brolin. Não há menção de fontes inspiradoras, porém dizem que a história foi tirada de livros narrando duas tragédias reais acontecidas por lá. Ou seja: todos ingredientes para diversas nomeações em várias categorias no Oscar. Vamos ver? O filme estreia hoje (17) no Rio de Janeiro. A conferir...

- Esse ano de 2015 completa-se 150 anos do clássico de Lewis Carroll, "Alice No País das Maravilhas". Quem não leu ou viu diversas versões no cinema, certo? O mais mágico dessa obra-prima é a quantidade de teorias e ângulos distintos que podemos abordar. Isso é umas das facetas da obra que mais fascina. Haverá sempre uma interpretação diferente do leitor (ou espectador). "Amazing"!


EXPOSIÇÃO

Sucesso total na Europa e Ásia, e também em algumas cidades brasileiras, a exposição "Veias" do sueco Jacob Sobol e do dinamarquês Anders Petersen desembarca no Rio de Janeiro esse mês. Anote:

"VEIAS"
Caixa Cultural
23 de setembro a 11 de novembro
Franca

O trabalho é belíssimo. São 165 fotos em PB de excluídos da sociedade: viciados, travestis, psicopatas, prostitutas em até imagens de 2,5 metros. Imperdível!

TRACKLIST

The Dock of The Bay (Otis Redding)
Respect (Otis Redding)
Pain in My Heart (Otis Redding)
Little Gheto Boy (Donny Hathaway)
Giving Up (Donny Hathaway)
A Song For U (Donny Hathaway)




21/09/1934


Yeah!

sábado, 12 de setembro de 2015

Pauta de Hoje: Foals (Novo), "Southpaw" (Resenha), Revista Nature, Genética, Stooges, etc...


FOALS

Confesso que não sou um amante dessa banda. Achava seus três discos anteriores bacanas. Mas, só. Nada que me fizesse parar e prestar atenção imane. Oriundos de Oxford, são considerados um grupo alternativo; há quem os classifique-os como "math rock". Mas, nada disso importa pra mim. Esses subtítulos servem apenas para catalogar ou demonstrar alguma referência. Eu cheguei a um nível onde me importa se o som é bom ou não. Justamente por isso tinha uma consideração razoável pelo Foals. Alguns hits bons e discos medianos. Esse quarto disco, "What Went Down", despertou uma curiosidade maior. Ouvi e achei bem mais interessante, honesto e relevante. Os próprios integrantes anunciaram no lançamento que esse trabalho era mais "sincero, poderoso e urgente" do que os anteriores. E me pareceu mesmo. Acho que a palavra aí é "maturidade". O disco é denso, gostoso e equilibrado. Canções mais redondas e criativas, saindo da mesmice de outrora. Guitarras na medida certa, um baixo dançante e marcado, um som robusto e abrasivo. Canções como "Birch Tree" e "A Knife In the Ocean" elevam o som da banda. A faixa de abertura, "What Went Down" é um porradão. assim como "Snake Oil". Duas canções poderosas e urgentes como eles bem disseram. O trabalho foi lançado dia 28 de agosto e já está disponível por aí... Bom trabalho. A gravadora é a famosa Warner Bros. Outras duas faixas boas que eu destacaria é a dançante "Night Swimmers" e "Mountain At My Gates" - faixa que combina uma linha de baixo e guitarra bem interessante. A título de curiosidade: o álbum foi todo gravado na França. Num período recluso. Boa! 


SOUTHPAW

O novo filme de Jake Gyllenhaal é um filme médio para fraco. Nada que não tenhamos visto em "o Campeão", "Rocky" e suas inúmeras versões, Touro Indomável (para citar um clássico), etc... Jake encarna muito bem um lutador de boxe perturbado por uma infância complicada e a morte de sua esposa. O roteiro repete a fórmula do vencedor que renasce das cinzas com um treinador (Forest Whitaker) também combalido e juntos, reagem à margem da vida. O ator fez um ótimo trabalho físico (corpo bem definido e forte) para o papel, porém o filme foca bem mais na história e suas mazelas do que em sua interpretação. Por aqui (Brasil) ele foi traduzido como "Nocaute". Uma tradução livre e vil. Como esposa do lutador temos a belíssima Rachel McAdams (Uau!) que dura bem pouco e a filha - Oona Laurence - de 10 anos. Fosse eu, crítico de cinema colocaria o bonequinho sentado. De repente: querendo dormir. Um filme razoável que distrai, diverte, mas só. O final é super previsível e o telespectador fica feliz ao sair do cinema (ou desligar o a TV). Somente... Jake merece filmes bem mais tensos e criativos. Mostrou isso em "Nightcrawler". Tem talento de sobra para papéis bem mais elaborados e críticos. Porém - dá para se perdoar essa "falha"... Rsrsrs... 

NEWS

- A revista Nature divulgou números novos sobre a presença de árvores no planeta. Possuímos 3 trilhões de árvores na Terra, bem mais do que os 400 bilhões que se calculava. Uow! Essa é uma bela notícia.

- Com toda essa tragédia dos refugiados... Uma que abalou demais foi a destruição de Bel - templo sagrado de Palmira na Síria. Foi consagrado no ano 32 DC. Terroristas assumiram o bombardeio. (vou ficar mudo... Numa boa!)

- O filme polêmico (???) "Love 3D" que eu mencionei aqui no post passado foi censurado. Assim como quiseram vetar "Ninfomaníaca" e "Azul é a cor mais quente" redes de cinemas estão se negando a exibir o filme. Tsc...Tsc... Censura a essa altura da vida? Ou será que é mais uma publicidade imunda por trás? Sinceramente, eu não entendo. O filme é para maiores de 18 anos de idade. Alguém acha que qualquer ser com essa idade não sabe o que está acontecendo no filme? Já passou da hora desse moralismo bobo sair de cena e deixar o curso natural da vida. Baixaria como a nossa política é exibida em todos os horários. Me façam o favor!!!!

- A banda paulistana IRA! anuncia que voltará a trabalhar com um disco de inéditas em 2016. Tanto Nasi quanto Scandurra estão divulgando seus trabalhos solos esse ano, mas prometeram entrar em estúdio para um novo disco oficial da banda. A conferir!

GENÉTICA

Aposto que muitas pessoas não sabiam das seguintes constatações que a genética fez. Senão vejamos: Em 2003 foi feito o primeiro mapeamento do genoma humano. Sabias disso? Pois é... A geneticista Mayana Zatz constatou que os brasileiros têm uma genética natural para o otimismo... É... Sabias? Mais: a nossa miscigenação faz com que qualquer brasileiro possa servir de modelo para estudos aplicados em todo o mundo! Uau! Hahahaha... Foda não? Pois é... Mas, aí vem o banho de água fria... Lembra do mapeamento que citei acima? Nele chegou-se a conclusão de que o ser humano tem menos genes do que um tomate! kkkkkkk... Fechou a conta! BLAM!!!



ROCK IN RIO

Não, obrigado! Há muito se tornou um evento publicitário com "vez em quando" um som que distrai. Existem muitos festivais mundo afora (e até no Brasil mesmo) com mais tesão, atitude e música, de fato. Não me refiro somente ao "line up", mas tudo que cerca esse que já me deu algumas felicidades. Só para mencionar o "REM" em 2001. Porém como tudo na música de hoje - não passa de um produto e seus "senhores da guerra". Eu não compro há tempos essa "vibe". Divirtam-se e sejam felizes. Claro que estarei atento a qualquer coisa que saia som, mas de longe... Beijos!

TRACKLIST

Fun House (The Stooges)
Penetration (The Stooges)
Down on The Street (The Stooges)
Little Doll (The Stooges)
1970 - I Feel Right (The Stooges)




CLIC.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Pauta de Hoje: Selfie, Cinema, Iberê Camargo, Love 3D, Chrissie Hynde, Tracks, Kraftwerk, etc.


SELFIE


Será que podemos chamar essa geração de "selfie"????? Acho que é cedo ainda. Tirando que a cada quinze, vinte anos conta-se uma geração. Porém, as famosas "fotos de si" entraram em todo convívio e traz já uma tendência egocêntrica e dispersa dos seus autores. Vimos o fenômeno em jogos de futebol (cujos personagens são acusados de nem prestarem atenção ao jogo), festas (ignorando outros convidados e a música que rola), passeios, viagens, e até substituindo os obsoletos "autógrafos". Ninguém quer mais a assinatura de um artista - o negócio é tirar uma selfie com o "famoso". Sinceramente, eu não sei até quando esse frisson irá, mas me incomoda bastante. Outro dia - peguei um metrô na Arcoverde (Copacabana) e fui caminhando. Quem conhece a estação sabe que ela é longa. Precisa andar bastante até a plataforma. Certo? Pois então... Fui descendo as escadas e quando peguei a esteira rolante percebi que a frente tinha um grupo de quatro pessoas PARADAS dos dois lados tirando selfies... Putz... É o cúmulo da falta de noção. O horário passava das nove da manhã - período cheio na estação. Não pensei duas vezes e pedi licença aos "artistas" de forma educada, mas marcada. Eles deram licença para mim e um comboio (juro) inteiro depois passou. Eles ficaram um pouco desconcertados - pude perceber depois... Algo que não requer tanto estudo e noção de civilidade, né? Tudo para tirar uma "selfie"???? Sério? Será que é só isso que ocupa a cabeça dessas pessoas? Será que essa nova geração-umbigo herdou algo personal e individual? Falo de forma preocupada, pois minha filha tem dezoito anos. E eu acho que passei alguns pontos importantes (fundamentais) para ela como: respeito, generosidade e solidariedade. Essa coisa velha e babaca de amar aos outros. Rsrsrs... Eu acho importante. Vejo alguns exemplos importantes de generosidade e educação nos jovens, mas algo assim faz a minha fé vacilar. Fotos são lindas... São. Entretanto, a vida segue. Viver e experimentar também é importante. Enquanto você perde tempo olhando e tirando mil fotos a vida está passando. Acorde! Cada respiração é importante. E muita coisa pode acontecer enquanto você olha pra baixo... Pro seu celular. Acorde, garoto! 


NEWS

- Dia 4 agora, no Festival de Veneza, foi apresentado o novo filme de Scott Cooper: "Black Mass" com Johnny Depp. O ator faz o papel do famoso mafioso James "Whitey" Bulger. O Terror da cidade de Winter Hill em Boston. Mafioso perigoso nos anos 70 e preso em 2011. Para o papel, Johnny engordou, maquiou-se de forma bem pálida e colocou uma peruca calva e loira. A conferir...

- Falando em filme... Estreia nessa próxima quinta (10) o erótico "Love 3D" nos cinemas. Filme com cenas bem fortes com a tecnologia 3D. Ele já entra em circuito com a indicação para 18 anos. 

- Depois de uma polêmica entrevista dada ao "The Guardian", Chrissie Hynde voltou a tocar no assunto sobre o estupro que sofreu em 72 por um gangue de motociclistas. Oxe... Parece que os anos 70 não foram, enfim, essa coisa toda de "amor livre" né? Porém a história é mais complexa ainda...

- Belíssimo o programa exibido pela Art1, canal de assinatura e disponível no youtube: Pop Art (BBC Four) - um documentário lindo sobre o Kraftwerk. Se você não viu tem na net... Fundamental para a música, comportamento e moda. Sobretudo pela genialidade e vanguardismo desses geniais alemães. MUSIC NON STOP!!!!



EXPOSIÇÃO

Eleita a melhor exposição de 2014 em São Paulo - "Um Trágico nos Trópicos" de Iberê Camargo desembarcou no Rio ontem, dia 6. São 134 trabalhos do artista gaúcho falecido em 1994. 

MAM - Museu de Arte Moderna
De 6 de setembro
Até dia 1 de novembro.


TRACKLIST

Computer World (Kraftwerk)
Home Computer (Kraftwerk)
Numbers (Kraftwerk)
Pocket Calculator (Kraftwerk)
Autobahn (Kraftwerk)


YEAH!

CLIC.