quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Seinabo Sey (Disco), "The Crown", "Chanel" em Cuba?, Bob Dylan, James Bond, etc...


SEINABO SEY

Muito mais do que fã desse pop dançante e flertante com o R&B eu fiquei instigado em ouvir a cantora sueca. Sim, ela é sueca. Seinabo Sey tem 25 anos e alguns singles lançados pela Europa e EUA. Somente. Mas, muita gente havia chamado atenção para a voz da cantora. De fato, é um pontaço fora da curva. Canta muito. E, canta como as divas do R&B de outrora. Mesmo que você não veja a foto dela (abaixo) já sabe-se tratar de uma negra com os dotes vocais típicos. Poderoso, de fato. "Pretend" é o disco de estreia da cantora. O som dela é mais pop com bastante elementos eletrônicos e "dance" music. As duas primeiras faixas "Younger" (já lançada em single) e "Pretend" (título do disco) são boas. Sobretudo a primeira onde vê-se a verve soul da cantora. A segunda já parte para algo mais parecido com Beyoncé (que eu não curto), porém a cantora desfila sua voz com uma base preparada para seu potente gogó. "Hard Time" também impressiona pela grandiosidade dos alcances e dos arranjos para a melodia. Seinabo usa e abusa de sua voz. Mas, adianto-me a dizer que o disco é "mezzo". Não tenho muita paciência para escutar esse tipo de pop repetitivo e dançante. A paciência esgota-se. E nesse trabalho esgotou. Rsrsrs... Acho que a cantora pode melhorar e achar o seu som. Há muita coisa sendo lançada nessa linha e acaba-se tendo uma saturação desse tipo de som. O resultado é que podemos desperdiçar talentos. A culpa é da indústria mesmo. E com parcela relativa dos consumidores. Exatamente por isso que o disco soa genérico. Certamente tem uma penca de sons similares por aí. Entretanto, a sueca canta bem mais do que a maioria. Prova disso são as faixas "Sorry" (bela interpretação) e seu apelo belo. Diferente. E "Still" - outra canção lenta e bonita. Aonde Seinabo esbanja categoria. Gostei também de "Words" pelos arranjos e cordas. Ficou de extremo bom gosto. Sinto que se mexer no seu som e achar algo mais pessoal essa menina vai longe. Talento ela tem de sobra. Eu daria um cinco, cinco e meio para o disco dela. Seis com mais boa vontade.


NEWS

- A série "The Crown" vem aí... A Netflix está a frente da produção e a promessa é que estreie no primeiros meses de 2016. O tema é a vida da Rainha Elisabeth II (do começo ao tempo atual). O que sabe-se é que Claire Foy interpretará a protagonista nas duas primeiras temporadas enquanto princesa e que Matt Smith será o Duque de Edimburgo - com a qual a princesa casa-se.  A conferir.

- Assim com a OAB, os advogados realizam exames para passar; em breve poderemos ter o mesmo método para médicos recém formados. Noventa (90) porcento (%) da população brasileira aprovou. Sinceramente? Isso é para dizer no mínimo... Certo? Passou da hora.

- Chanel em Cuba? Pois é... Ao que tudo indica o estilista Karl Lagerfeld tem a intenção de realizar o primeiro desfile da marca (Chanel) em Havana. Seria a primeira vez em solo cubano. Será?

- As vésperas de estrear o 24º filme da franquia 007, Daniel Craig afirmou essa semana que o personagem James Bond é um misógino. "...Mesmo que atraia as mulheres..." - afirmou o ator. Segundo ele, Bond não se importa de verdade. Ele é um espião a serviço e as pessoas do seu convívio são descartes... Hmmm... Até que faz sentido. 

BOB DYLAN

A capa do famoso disco "Blonde on Blonde" de 1966 sempre foi alvo de boatos por ser borrada. A foto até hoje figura no imaginário dos fãs. Porém, ganhou uma explicação razoável do fotógrafo responsável: Jerry Schtazberg. Segundo o autor da foto ela saiu borrada devido ao frio que fazia na época. Ou seja: a foto saiu tremida. Mas, por que não refez? Segundo o próprio - Dylan curtiu muito o modo como ficou. E assim entrou para história como a "capa borrada" de 66. E, por último negou que eles estivessem chapados! kkkkk... Mistério desfeito? Pode ser...


TRACKLIST

Pledging My Time (Bob Dylan)
Rainy Day Women #12 & 35 (Bob Dylan)
Just Like a Woman (Bob Dylan)
I want You (Bob Dylan)
One More Cup Of Coffee (Bob Dylan)


PLAM!!!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Supercordas (disco), Mostra GODARD, Guerra, Oscar 2016, Tracks


SUPERCORDAS

O terceiro disco da banda, "Terceira Terra", foi lançado semana passada pelo selo Balaclava. Uma ótima dica desse espaço. Produzido por eles e Gui Jesus. Antes de tudo posso e devo admitir que esse quem vos escreve é amigo de Pedro Bonifrate, Diogo Valentino e do Sandrinho (Digital Ameríndio). Três dos integrantes da banda. Porém, isso em nada afeta a minha opinião acerca deles. Ao contrário: tenho uma fila de disco para resenhar e optei em colocar o Supercordas na frente de muita coisa. Por opção, por gosto e por saber que se tratam de músicos talentosos e extremamente criativos. Já mencionei-os algumas vezes por aqui e "ao vivo" em festinhas ou bate papos por aí... Perfeito? Pois é... Sei que muita gente confia no meu taco e eu respeito demais esse sentimento. A banda é acima de tudo, resiliente. Militante dos bons sons e busca sempre a criatividade. Isso sempre me interessa. Bom... Já de começo a canção "Fundação Roberto Marinho Blues e Co." (título bacana, não?) me causou surpresa pela progressão. Parece um início de um ritual. Os elementos psicodélicos e efeitos lá estão. Na canção "Sobre o Amor e Pedras" (primeiro single lançado do disco) o ritmo acelera mais. O rock entra com a básica cozinha e uma linguagem retrô. Aliás, essa é uma característica deles: uma influência retrô dos anos 60 e 70 com um clima etéreo meio Syd Barret meio Mutantes. As letras também são mui interessantes nesse sentido. Pedro capricha bastante nessa parte. São letras urbanas, mas com uma leitura espacial e filosófica. "Maria ³" é outra boa faixa. Algo como "deixa maturar"... Sem essa pressa toda mundana de dizer e a urgência da cidade. Outra coisa que me surpreendeu foi a bateria eletrônica. Encaixou muito bem. Sem perder a essência da banda. O Supercordas é um grupo que insere no som e nas letras uma relação sagrada com a natureza sem afetações. É coisa séria. Honesta. Faixas como "Itinerarium Extaticum in Tempo" e "Ipupiara" demonstram exatamente isso. Em meio ao disco há duas vinhetas bem bacanas: "Primeira Terra" e "Segunda Terra" com segundos de sonoridades lentas... Importante salientar que o guitarrista Benke Ferraz do Boogarins participa do trabalho na faixa "Maria ³". Certos jornalistas gostam de comparar as duas bandas. Enfim... Fica ao seu critério. Ao fim do disco somos brindados com a faixa título, "Terceira Terra" com mais de sete minutos. Um belo desfecho com uma canção linda cheia de capricho e acabamento de primeira. São cordas, pianos, detalhismo musical com extrema competência. Identifiquei uma sonoridade rural etílica de Zé Ramalho e Lula Côrtes no importante "Paêbirú" (1975) nessa geleia gostosa aí. E isso é um baita elogio. Podem ficar certo disso. Curti pacas. Viajei até. Belo disco deles. Experimentem! Segue a capa abaixo com a assinatura de Wilson Júnior. 

NEWS

-  Começou na quarta (21) a mostra "Jean-Luc Cinéma Godard" no CCBB. Uma homenagem aos 85 anos incompletos do cineasta. Em dezembro, o francês aniversariá. Programação ampla e conectada, já que além do Rio, Brasília e Sampa recebem também a mostra. Ao todo - serão 104 exibições com todos os clássicos. Vai até o dia 30 de novembro. FOTO

- O jornalista Arthur Dapieve (a quem estimo muito) lançará "Maracanazo" em novembro pela Alfaguara. Um livro que reúne cinco contos tendo como temas: futebol, rock e música clássica. Os cenários vão de Copacabana ao Maracanã. Falando nisso... Esse trabalho de Dapieve é um dos finalistas ao Prêmio Jules Rimet - voltado para livros sobre esporte na França. Uow! Brasil na final...rs

- O comediante Chris Rock será o anfitrião do Oscar 2016. Ele já tinha sido na edição de 2005. Preparem-se para piadinhas sobre racismo e outras babaquices...

- "Chatô" (filme) sairá dia 19 de novembro. Pelo menos é o que garante (rsrsrsrs) Guilherme Fontes. Não há nenhuma distribuidora, por ora... Cara... O que falar dessa história? Sinceramente, eu acho que tomamos (cidadãos brasileiros) um calote violento. Ou seja: um camarada resolve fazer algo grandioso em termos de cinema e o povo acaba tomando no R***! Mesmo que indiretamente... Saca? Anyway... 


MALASIAN AIRLINES

Lembra do voo MH17 que saiu da Holanda com destino a Malásia e foi abatido em solo Ucraniano? Pois é... Descobriram que o avião foi atingido por um míssil de fabricação russa. Os russos resolveram fazer a sua própria investigação e discordaram. Hmmm... Aí eu pergunto: faz alguma diferença? NENHUMA! E sabe por quê? Porque toda e qualquer arma com fabricação "x" ou "y", desde que o mundo resolveu se gladiar com forças bélicas, não depende muito da origem das armas... O fabricante vende para todos. Lembra do filme "O Senhor das Armas"? Pois então... EUA, Rússia, Irã, Israel, China, Reino Unido, etc são senhores da Guerra! Vendem e exportam armas para qualquer outro. É o mercado! Como dizia a velha canção: " ... Pra quê exportar comida se as armas dão mais lucro na exportação? ..." Então? Então, meu amigo, a investigação apenas determinou a "bala" não o assassino, entende? Na verdade: os assassinos estão todos aí... Vivos e na TV. Eu vendo pra você nessa guerra e vendo pro seu inimigo também. Depois posso ser seu inimigo e vender para outro. Ou usar armas com outras origens contra você. E assim caminha a humanidade. Nada é muito pessoal, são apenas negócios. E tudo em nome da paz! Ugh...

TRACKLIST

Grapevines Fires (Death Cab for Cutie)
20th Century Towers (Death Cab for Cutie)
Summer Skin (Death Cab for Cutie)
Crooked Teeth (Death Cab for Cutie)
Your Heart is an Empty Room (Death Cab for Cutie)


PLAM!


domingo, 18 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Decemberists (EP), News, The Knick (Estreia), Tracks, Playboy, Lou Reed, "Beasts of No Nation" e mais...


THE DECEMBERISTS

O leitor que é ávido e sagaz percebeu que o último "Tracklist" continha cinco faixas da banda supra citada. Pois é... Exatamente as cinco faixas que compõem o EP "Florasongs" lançado essa semana por eles pela Capitol Records. O quinteto de Portland já lançou um disco esse ano, o "What a Terrible World, What a Beautyfull World" (resenhado no blog), e confessou que haviam sobras de músicas que não entraram no álbum. Ficaram para esse pequeno trabalho. São, de fato, cinco canções totalizando dezoito minutos de música. O problema é que dizer "resto do que sobrou" presume algo inferior, certo? Algo que foi reprovado ou não apto para constar naquele rol oficial. Partindo daí fica a missão dura de julgar o EP. Será que essas faixas são piores do que as oficiais lançadas no disco? Hmmm... Para quem curte e saca de bandas indies a resposta é: nem sempre. Já ouvi (e até concordo) que o REM deixa muita coisa bacana de fora de álbuns oficiais. E provou com "Dead Letter Office", por exemplo. A banda de Athens é excelente comparativo, pois é fonte de inspiração ao Decemberists. Não tenha dúvida disso. Nesse trabalho ficou evidente. Outra inspiração é a banda Big Star - outro pilar sólido do rock americano. Posto isso, ouvi bastante o mini álbum e fiquei tranquilo. Nada de ruim. Ao contrário: das cinco eu gostei de três. As outras duas são "água de salsicha"... Não fede nem cheira. O mesmo som: folk, indie rock, base de blues e riffs até açucarados. Bem acabado e com qualidade. Uma das que eu curti foi a canção "Why Would I Now?" que abre o trabalho. Redondinha, pop e com uma levada gostosa. Lembra abertura de seriados ou séries. Remeteu-me a Tom Petty também. Aquelas levadas de filmes que só ele sabe fazer. "Fits & Starts" é mais roqueira. Eles aceleram o som e fica bacana. Dá um "punch" no disco. "The Harrowed And The Haunted" é outra canção certeira. Envolvente, com uma sonoridade bela e sofisticada. As duas faixas que não mencionei são "Riverswim" e "Stateside". Ambas são ok. Dispensáveis, talvez... De qualquer modo - a banda fez 15 anos de existência esse ano; merece respeito e admiração. E já são oito discos (contando com esse). É isso!

NEWS

- A série "The Knick" (já comentada duas vezes aqui) estreou na última sexta (16) no canal Max. Ainda não vi. Mas, sou fã dela. Quero ver como John Thackery (Clive Owen) segue desafiando e sendo desafiado pela medicina do século XX. Quem nunca viu, veja! É do cacete. Só não me deem "spoiler", ok?

- E a notícia de que a Revista Playboy não terá mais nudez abalou os homens... Rsrsrsrs... Scott Flanders, vice diretor da revista foi quem afirmou tal fato. Em 2016 - Playboy terá ensaios sensuais e se alinhará ao comportamento em geral. Bem... A razão é simples e correta: com a internet nenhum "menino" ou pessoa adulta deseja ver a nudez comportada de Playboy. Os tempos mudaram mesmo. Mas, o que as pessoas ainda não sabem é que a Playboy brasileira não aplicará tal medida. Sérgio Xavier, editor da revista brasileira afirmou que, por ora, nada mudou aqui. Seguirá os ensaios nus normalmente. Se for adotar o mesmo método será depois...

- Escrito por Howard Sounes, Notes from Velvet Underground: The Life of Lou Reed (Notas do Velvet Underground: A Vida de Lou Reed) traz o resultado de 140 entrevistas com pessoas que se envolveram com o músico ao longo de sua vida, como amigos, companheiros de banda, celebridades e membros de sua família. Mais uma biografia do músico morto em 2013. Na pauta: as agressões e sopapos que Lou dava em suas esposas, Sim... Eu já disse aqui e repito: Lou era fantástico como artista. Ponto. Como pessoa era um cara desprezível, escroto e babaca. Amigos e familiares são uníssonos nessa parte. Batia mesmo. A biografia, claro, foca na sua sexualidade, a música e as drogas, porém é inédita a confissão das pessoas que o cercavam sobre sua postura ao lado de namoradas e mulheres. Tsc...Tsc...


- O 66º Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2016 terá a atriz Meryl Streep como presidente do juri. Em 33 anos de carreira é a primeira vez que a atriz exercerá tal função.

BEASTS OF NO NATION

Chocante, terrível, real... Muitas desses adjetivos podem ser usados para descrever a obra acima. "Beasts of No Nation" é um filme que estreou essa semana nos EUA e no Reino Unido. Mas, aqui no Brasil só pudemos ter essa chance em razão do Netflix. O streaming é o dono dos direitos. Enfim... Sem entrar nesse mérito - quero dizer que o roteiro é muito bom, mas não é nada distinto do que já vimos, soubemos e infelizmente, ainda vivemos: miséria, fome e guerra. A história acontece numa região da África (não é citada nenhuma específica) aonde instala-se uma guerra civil. Entre mortos e feridos grupos rebeldes se formam enquanto um outro grupo é forçado a se armar também. A partir daí são só atrocidades. Na carne, no sangue mesmo. Foi uma experiência estranha para mim, pois enquanto assistia ao filme, tomei conhecimento daquele "empurra-empurra" de uma rede de supermercado aqui no Rio. Um contraste cabuloso... Nefasto, diria! Ugh! Voltando... Os soldados são meninos de 8, 10, 12 anos... Todos recrutados de modo severo e cruel. Ao fim: nenhuma esperança. O ser humano segue a sua sina de se armar, lutar e guerrear "em nome da paz"... Hunf! Nos papéis principais estão o menino Agu (seus olhos são a narrativa) e o Comandante (o homem da guerra). Interpretados brilhantemente por Abraham Attah e Idris Elba respectivamente. São 140 minutos de pura realidade. 


TRACKLIST

The Light Pours Out of Me (Magazine)
Definitive Gaze (Magazine)
Give Me Everything (Magazine)
Because You're Frightened (Magazine)
Shot By Both Sides (Magazine)


PLAM!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Shows (Spoon & Belle And Sebastian), Política, Bowie (fim?), Wase. Stephen King, etc...


SHOWS

Então... Semana mais que especial com dois shows para ninguém botar defeito: Spoon e Belle And Sebastian. A banda Spoon desembarca no Rio para fazer um único show (em solo carioca) nessa quinta (15) na Sacadura 154 na Gamboa. Depois parte para Sampa aonde realizará mais três shows: dias 16 e 17 no Audio Club e dia 18 no Beco 203. Só perde quem quiser, né? Já o Belle And Sebastian toca no Rio dia 16 (sexta) no Vivo Rio e no mesmo festival (Popload) com o Spoon sobe no palco (de Sampa) do Audio Club no dia 17. Na bagagem os últimos discos lançados em 2014. Assim prometeram ambas as bandas. Para quem curte um bom indie e pop é prato feito. Dois expoentes de gerações um pouco distintas, mas igualmente competentes. Para quem reclama do que fazer nada como ter um começo de fim de semana (já na quinta) com dois representantes dos bons sons... Divirtam-se!!!



POLÍTICA

Se tem algo que me tira do sério são essas comparações esdrúxulas típicas do conservadorismo. Algo como "Vai virar Cuba" ou "Vai virar Venezuela" e até mesmo "Parece uma Bolívia". Além de demonstrar total estupidez, pois nenhum país vira outro que seja, salvo se houver uma revolução armada. O que graças a deus não estamos perto... E, mesmo assim não há como ser. Uma vez que um país e suas culturas, hábitos, raças e comportamentos já estão estabelecidos e feitos. É impossível saber como é ser cubano (isso eu senti na pele em Havana) ou venezuelano ou qualquer outro estrangeiro. Não existe isso. É constrangedor ler essas sandices... Mas, o que de fato acaba passando batido é o preconceito e a arrogância de quem os fala. Imagine? Um americano, insatisfeito, soltando a seguinte a frase: Daqui a pouco isso vai virar Brasil! Porra! É de uma prepotência e soberba imane. E, muitos brasileiros fazem tais comparações como se os cubanos, ou os venezuelanos, até argentinos fossem inferiores ao nosso povo. Quem foi que disse que somos os melhores? Ou que somos parâmetros para "A" ou "B"? É super escroto - desculpem. Mas, é. Americano ou francês algum sabe o que é ser brasileiro e nós também não sabemos o que é ser uruguaio ou colombiano. É uma retórica tão babaca e fascista. É feio e preconceituoso. Olhemos apenas para nós. Já é um belo começo. 

NEWS

- A Netflix está adaptando a série "Chef's Table" com uma roupagem brasileira. O "show" sobre gastronomia será com o chefe do DOM - Alex Atala. Antes que alguém pense em se tratar de mais uma "série" manjada na cozinha é necessário dizer que Alex antes de tudo, era um cara underground e punk. Tornou-se chef muito tempo depois. Ou seja: o cara tem algo a dizer. Podem acreditar. E o programa será muito mais voltado para pesquisas de ingredientes brasileiros e visitas em lugares ermos como a Amazônia. Alex tem algumas ideias bem interessantes para a socialização da comida e o desperdício, sobretudo num país que erradicou a fome. As abordagens passarão por essa temática também.

- Notícia ruim: John Giddings, agente de David Bowie, declarou que o cantor aposentou-se dos palcos. Sim... Já era. O anúncio foi feito em Londres durante um fórum sobre música. Eita!!!! Eu sabia que esse dia iria chegar! Hã... Eu prefiro ficar calado. Falar o quê, né? Hunf!

- O Parque do Flamengo completou no dia 12 (feriado) cinquenta anos. Tombado pelo Iphan, o lugar é de um valor arquitetônico e paisagístico de imensa expressão. São 11.600 árvores de 190 espécies. Escolhidas por Burle Marx. Além de contar com dois marcos históricos: o Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial e o Monumento a Estácio de Sá - fundador da cidade. Parabéns ao Aterro!


- Muita gente vem condenado o aplicativo "Wase" pelos atalhos escolhidos por ele na cidade do Rio de Janeiro. De fato, houve crimes bárbaros porque motoristas acabaram entrando em lugares perigosos. Porém, vamos raciocinar: o aplicativo é binário e não humano. Serve somente como ferramenta. A culpa não é dele e de nenhum outro. A verdadeira culpa é da total falta de segurança da cidade. Desse caos de guerrilha que temos aqui. O GPS errou o caminho sim, mas a reação de bandidos com tiros e fuzis é algo assustador. Se fossemos educados, com caráter e gentis nada disso teria acontecido. O aplicativo pode até oferecer rotas, indicar aonde tem blitzes, etc... Mas, a violência passa por cima de qualquer tecnologia. É a tal história do homem traído no sofá... O cara troca de mulher ou do sofá? Está tudo invertido... O errado ali foi ter traficantes disparando tiros ao léu... Que porra é essa? Muita gente pode até contra-argumentar, eu respeito. Porém, o problema aí é a ausência de segurança no lugar - seja favela ou não. Ué?

LIVRO

"Revival"
Stephen King
Ed. Suma de Letras
376 páginas

Lançado em novembro de 2014 lá fora e aqui chegou em fevereiro. Stephen usa e abusa de menções a Poe e H.P. Lovecraft. Reforça que seu sonho era ser músico e usa um como protagonista. Livro na mão. Hora de degustar... 

TRACKLIST

Riverswin (The Decemberists)
Why Would I Now? (The Decemberists)
Fits & Starts (The Decemberists)
Stateside (The Decemberists)
The Harrowed And The Haunted (The Decemberists)


RIP.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: New Order (Disco), "Vinyl", Lolla, Exposição, Aurora Boreal, etc...


NEW ORDER

Sim, sim... Demorei um pouquinho para comentar sobre o disco novo do New Order. Passadas as brigas e desavenças - Peter Hook saiu em definitivo - Bernard Sumner, Gillian Gilbert e Stephen Morris, os membros originais restantes, entraram em estúdio e gravaram mais um disco. O primeiro sem Hook. No baixo - Tom Chapman assumiu a árdua missão de ser o responsável pelas famosas quatro cordas e executou bem. Quem conhece a banda sabe bem o que o baixo de Hook representa. Phil Cunningham, presente no último álbum (Lost Sirens), repetiu a dose e gravou mais esse também. Claro que depois de décadas e décadas eles não precisam provar mais nada. A grande questão de bandas com esse tempo todo na estrada é a relevância no cenário atual. Mesmo assim, os fãs nem se importam muito com tal missão. Apenas desejam longa vida. De qualquer modo - fiz uma pequena releitura da minha vida enquanto escutava o trabalho deles... De 1987, quando em minha casa chegou o "Substance" (branco) que pertencia a minha irmã, até os dias de hoje. São quase 28 anos... Uma geração inteira dentro desse cenário. "Music Complete" (nome do novo trabalho) é o décimo disco deles. De fato. Foram dois a três hiatos, pausas e longos conflitos, além de inúmeros projetos paralelos. Parece pouco, mas não é. São trinta e quatro anos de convívio, fora o Joy Division. Mas, essa é outra história. Vamos ao disco... As duas primeiras canções do álbum me remetem aos velhos tempos: música dançante com uma linha de baixo mais roqueira e a velha fórmula. "Restless" e "Singularity" poderiam constar no disco "Get Ready" ou até mesmo no "Technique" (último álbum "sagrado" dos fãs mais ortodoxos). "People On The High Line (com um baixo nervoso) e "Tutti-Frutti" têm um groove maneiro e um riff de guitarra mais suave dando o tom de Sumner. Trata-se de um trabalho de "dance music". Não há dúvida. E eles sabem fazer bem. As participações também são muito especiais: La Roux, Chemical Brothers (Tom Rowlands), Iggy Pop (sim... Ele mesmo) e Brandon Flowers (Killers). Brandon nunca escondeu sua tietagem pelo New Order. O nome do "Killers" é tirado de um clipe da banda de Manchester. Uma sensação estranha me acometeu durante a audição. Eles retornaram às suas origens nesse disco. Em algumas entrevistas, Sumner sempre citou Kraftwerk, Donna Summer e outras figuras da "disco" setentista como base de alguns hits deles. E, esse clima esteve presente em boa parte do trabalho de "Music Complete". A presença de Tom Rowlands (Chemical Bros.) deu "liga" a duas outras canções: "Plastic" e "Unlearn This Hatred". Uma vibe mais eletrônica. "Superheated" - a faixa que encerra tem o clima do Killers.. Pudera, Brandon Flowers canta e co-assina também. Porém, a canção mais significativa na minha opinião é "Nothing But I Fool". É ela que mais sintetiza a banda. Ali eu enxerguei o antigo New Order, os teclados mágicos de outrora e a melodia clássica que arrebatou fãs e fãs. De longe a faixa mais expressiva. Podem apostar. Palavra de quem conhece esses caras há tempos! Ao todo são onze canções celebradas por uma banda histórica que cunhou seu nome na música. "Good Job".


NEWS

- Vem aí uma série que promete muito! Chama-se "Vinyl" e terá produção da HBO. Quem está a frente dessa são nada mais nada menos do que Scorsese e Mick Jagger. Sim, os dois. O cenário se passa na efervescente Nova York dos anos setenta. Bobby Cannvale (ator) será o protagonista. Viverá um executivo de uma gravadora testemunha de uma explosão musical e cultural. Exatamente a chegada do hip hop e do punk em meio a onda "disco". Scorsese e Jagger são trunfos e conhecedores dessa cena. Ambos viveram intensamente o momento. A estreia será em 2016, mas ainda sem data certa. A conferir...

- Saiu o line-up do Lolla... Zzzzzzzz... Um tédio só... Nomes como Eminem, Alabama Shakers, Mumfords & Sons, Noel Gallagher e seu projeto, Snoop Dogg, Florence + The Machine não seguram a onda. Sinceramente... Tem os veteranos do Bad Religion também... O que me apeteceu mesmo foi o Tame Impala. Adoro. Porém, viajar até São Paulo somente para vê-los me parece tarefa ingrata. Enfim... Tô fora!

- Um disco que eu não resenhei (por falta de tempo), mas que merece registro é o "Ones And Sixes " da banda Low. Apesar da melancolia e do climão mega arrastado, o trabalho tem um valor muito superior ao restante que tem saído. Eu curti. Destaco cinco ótimas faixas do álbum: "No Comprende", "Gentle", "Lies", "Kid In the Corner" e "Landslide" (e seus nove minutos e pouco). Esse é o décimo-primeiro trabalho deles e conta com a participação do batera do Wilco. Saiu pela Sub Pop. Quem não ouviu está perdendo tempo. Escute! 

- Estima-se que em 2050 - vinte porcento da população mundial terá mais de sessenta anos. A proporção será de uma (pessoa) pra cinco. Atualmente, ela é de uma pra dez. Hmmm... Os dados são da OMS.

EXPOSIÇÃO

MOSTRA 3M de Arte Digital
Fundição Progresso
22 artistas expondo suas obras em suportes digitais e audiovisuais
Começa hoje (09) e vai até o dia 25 próximo. (GRÁTIS)
Das 10hs até às 18hs.

A exposição já teve cinco edições em Sampa e foi um sucesso. Para essa, no Rio, estarão presentes artistas de treze países.

AURORA BOREAL

Um show de luzes polares... Geralmente vista no hemisfério norte em países como Noruega, Finlândia na Europa ou Canadá aqui na América... Quem vê nunca mais se esquece. De fato, é um momento lindo, digno de registro e nos faz pensar e muito. Eu, pelo menos, penso. Na vida, no tempo, nos lugares, etc... Mas, o que seria um aurora boreal em miúdos? Sua definição. Bom... As auroras são resultados de choques de partículas de tempestades solares com o gás da atmosfera. Nessa colisão é liberada energia em enorme quantidade aonde surgem luzes coloridas. Bacana, né? O embate dos átomos de oxigênio dar-se as cores verde e vermelho-escuro (comuns) já o azul e o vermelho-vivo são causados pelo impacto com o nitrogênio... Uau!!!!! Os melhores períodos para a ver esse espetáculo são no outono (americano) e no inverno nórdico. Posto isso: eu termino com a história do nome...

Galileu Galilei batizou a aurora do hemisfério norte assim em homenagem ao Deus grego "Bóreas" - responsável pelos ventos nórdicos. 



TRACKLIST

So What (Miles Davis)
Blue in Green (Miles Davis)
Flamenco Sketches (Miles Davis)
Freddie Freeloader (Miles Davis)

Isso acima é somente 80% do magistral "Kind Of Blue" do mestre Miles... Um disco indispensável! 




Nhac!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: Discos (Nicolas Godin / Kurt Vile), Lollapalooza 2015, Frida Kahlo (SP), A-ha no MAC e mais...


Tenho duas coisitas a falar antes de começar o post: uma retificação e outra explicação. Mencionei em alguns "posts" atrás que a novela colombiana sobre Pablo tinha 113 capítulos. E é verdade. Porém, no streaming, condensaram em 74 episódios. O que não deixa de demandar bastante tempo. Tal explicação é só para não confundir a cabeça do leitor. E a retificação fica por conta do valor aproximado que eu citei sobre o RIR (cerca de R$ 1 bilhão estimado de faturamento) em termos de arrecadação. Após o evento findar o valor correto e atualizado foi de 625 milhões de reais. Nada mal... Rsrsrs... É isso!

NICOLAS GODIN

Você conhece Nicolas Godin? Não? Tens certeza? Ok... Vamos tentar de novo... Você conhece o duo francês Air? Ahhhhh... Conhece, né? Pois então... Ele é um dos "duo"... Cinquenta por cento do Air. Músico francês talentosíssimo. O guitarrista, baixista, tecladista e produtor nos presenteia com um trabalho muito autoral. Imagine um som parecido com o do Air (baixo e bateria) misturado às sonatas de Bach? Sim, ele mesmo... O músico clássico. O ambiente que Nicolas consegue é muito interessante. Temos jazz de primeira linha, música clássica e eletrônica. Uma visão moderna e super bacana. O nome do trabalho é "Contrepoint" e saiu no dia 18 de setembro pela Because Music. Sempre curti bastante o duo francês, por isso nem hesitei em conhecer esse lado solo de um dos integrantes. A proposta era um mix de sons contemporâneos brincando com ritmos musicais e de países como o Brasil, EUA, França, Alemanha e Inglaterra. Um disco ecumênico! Rsrsrsrs... Faixas como "Widerstehe Doch Der Sünde" e "Club Nine" me pegaram de jeito. Uma brinca de Bach numa versão francesa. E a outra soa como uma "big band" de jazz e efeitos sonoros impactantes.  "Clara" traz uma bossa com a voz de Marcelo Camelo repetindo a mesma frase. Triste, porém muito bonita. "Glenn" é uma assumida homenagem ao pianista Glenn Gould. E "Quei Due" - uma obra prima cantada em italiano. Lindíssima! Suave, sexy, sofisticada. Uma faixa que se adicionam cellos e sopros. "Bach Off" é uma percussão intrigante com a sonata. Algo visceral e tarimbado. Do cacete! Belo trabalho de Nicolas. Puta disco! Dou nota NOVE com louvor! Criatividade, cultura musical e lirismo puro. Tudo isso de forma moderna. Baixe, compre, mas sobretudo: ouça! 
KURT VILE

O americano de 35 anos é conhecido melhor por ser membro da banda The War On Drugs. E também pelo "The Violators (outro projeto). Mas, seu trabalhos solos também têm reconhecimento. Esse, por exemplo, é o seu sexto disco. Chama-se "B'leve I'm Going Donw" e saiu pela Matador. Hmmm... Bom "label", não? Pois então... O disco e o próprio Kurt bebem na fonte de Pavement, Neil Young, Tom Petty... Aquela batida folk, porém com elementos indies e roqueiros. Sabe? Então: você tem guitarras, baixo e bateria, mas adicione aí banjos, violinos e bandolins. Algo bem sudeste-americano. Um som bom e cativante. Duas faixas, de cara, já mostram a verve musical dele: "Pretty Pimpim" e "I'm An Outlaw" (famoso fora da lei). Nem tanto. Mas, fato é que o músico é resistente e combatente. Inquieto e defensor (qualidades de nomes como Bruce Springsteen e o já citado Neil Young), Kurt apresenta muitas ferramentas para defender seu som e mostra serviço. São doze faixas bem distribuídas e muito bem produzidas (ele co-assina a produção juntamente com Rob Laakso). "That's Life, tho (almost hate to say)" já tem uma melancolia que lembra Wilco ou até mesmo REM. Letra mais intimista e agnóstica.  "Life Like This" gruda no cérebro. Um fraseado em looping não sai da cabeça. Um piano viciante. "Kidding Around" também fixa no cerebelo. Bom riff. Sessenta minutos de bom som e atitude. A crítica recebeu maravilhosamente bem. Até me surpreendeu bastante pelo estilo do disco. Eu também curti bastante. Ouça! Outra dica do blog.


NEWS


- No MAC (Museu de Arte Contemporânea) em Niterói o tecladista do A-ha e artista visual, Magne Furuholmen colaborou e ajudou na criação de obras esculturais. São intervenções artísticas com uma técnica conhecida como "derivações de palavras". Além do músico, Selene Wendt e Guilherme Vergara assinam a obra. A escultura ficará até março de 2016 para apreciação do público. Yeah! Isso sim é que é arte e show numa mesma viagem!

- Em Sampa, no Instituto Tomie Ohtake, a exposição sobre Frida Kalho chegou arrebentando. Aberta desde o dia 27 de setembro - o surrealismo mexicano vem mexendo com o público. É uma mega exposição com enorme estrutura. Ela fica até janeiro do ano que vem. Aguardo-a no Rio. Ou não. Vai que pinte um convite para ir a Sampa? Nunca se sabe...rs

- O Lollapallooza vem aí... Mas, calma... Serão anunciadas, ainda, as atrações. A partir de terça (dia 6 de outubro) que vem o festival escala o time. Porém, preparem o bolso: houve uma boa aumentada de preço. Ingressos variando entre 330 a 380 e outros de 600 a 660 reais... Ulha! Que facada, hein? Lembrando que o festival acontecerá em março (dias 12 e 13) de 2016. 

- O menu do último almoço do Titanic (só existem quatro no mundo todo) original foi leiloado on-line essa semana por U$ 88 mil. Rsrsrsrs... É o tipo de peça que só serve como curiosidade, não? Vai mudar nada, nada - o mundo. Rsrsrs...

CURIOSIDADES

Informação e cultura... Bandeiras importantes aqui... Sempre foram... Logo: é proibido reter a informação. Certo? Vamos lá...

1) Um bilhão de segundos equivalem a 31,7 anos. Sim... Serve para pouca coisa!

2) Dez mil produtos químicos são criados por dia! Uow!!!! Duvido que você sabia essa.

3) Trinta e seis por cento das mulheres são loiras... Hmmm... Será? 

TRACKLIST

Gentle (Low)
No Comprende (Low)
Shame (Low)
Words (Low)
Lullaby (Low)


TUM.