domingo, 26 de abril de 2015

Pauta de Hoje: Hozier (disco), True Detective, Al Pacino, García Lorca, Mostras e mais


HOZIER

Um rapaz educado no meio da música, incentivado pela família e influenciado pelo jazz e o gospel americano. Normal se, por acaso, ele fosse americano. Mas, Hozier (artista) é irlandês. Nascido e criado por lá. A música (quase licenciado) sempre foi sua paixão. Desistiu de se formar (pela Universidade de Dublin) para viajar e gravar "demos" para uma gravadora. Multi-instrumentista, seguiu com sua "turma" viajando por qualquer lugar que a arte lhe chamasse. Hozier é na verdade, Andrew Hozier-Byrne e tem vinte e cinco anos. Lançou dois "EPs" - um em 2013 e o outro em 2014. Boa parte desse material foi incluso no seu disco de estreia "Hozier" (sim, homônimo) lançado no fim de 2014 na Europa e EUA, porém desembarcado esse ano em terras brasileiras. O álbum do cantor é de ótimo gosto. Talento ele tem de sobra. Excelente compositor, letrista interessante e antenado ao seu redor. Muitas canções me remetem a "Rufus Wainwright" e "Nick Drake". Pelo lirismo, pelo clima sombrio, arranjos de blues misturado ao soul. Outras canções parecem carregadas no gospel. Isso não faz minha cabeça. Acho chato. Mas, admito que é culpa minha. Prefiro quando ele invade outras áreas. Classificado como "alternativo folk", Hozier se destaca pela versatilidade. E, sinto que a indústria o classificou de maneira equivocada. Existem um pouco do folk sim e do som irlandês... Os arranjos bebem dali. Natural, não? O rapaz nasceu "irish"... No mais: achei o disco bem interessante. Poderia até citar uma pitada de Jack White na atitude e composição. A música que abre o disco, também foi o primeiro single do EP debutante: "Take me To Church". Um apelo belo e corajoso. Faixas que eu destacaria no seu disco: "Angel Of Small Death & The Codeine Scene", "To Be Alone", "Sedated", "Cherry Wine" e "Work Song". São treze faixas na versão original. Existe uma versão "deluxe" - que foi a que eu ouvi - e é acrescida mais quatro canções. Mas, nenhuma é superior e merecedora de estar no disco. Confira, bicho!


NEWS

- O "teaser" foi liberado e deixou os fãs excitados (Hmmmm...), mas ainda vai demorar um pouco mais a segunda temporada de "True Detective". Especificamente: quase dois meses. A data precisa é dia 21 de junho. Num domingo. O que se sabe é que a temporada contará com Colin Farrell e Rachel McAdams. Yeah! 

- Quero alarmar ninguém não, MAS, parece que Al Pacino (foto) vem ao Brasil para revisar seus personagens do cinema em teatro. Será????

- Faleceu essa semana o cantor francês Anthony Richard, extremamente popular em seu país. Anthony lutava contra um câncer.

- Veio a público um documento oficial responsabilizando o governo espanhol da época pelo fuzilamento do poeta García Lorca. Ele foi preso e assassinado, mas muitas questões ficaram sem respostas. Motivos eram o que não faltavam: posição política, escolha sexual, socialista, etc... Mais um capítulo sujo e covarde na Guerra Civil Espanhola. 

- O remake do filme "Sete Homens e um Destino" terá o ator brasileiro Wagner Moura como integrante. Será a segunda empreitada do ator por Hollywood. O filme já tem confirmado os atores Denzel Washington, Ethan Hawke, Chris Pratt e Haley Bennett. E a estreia deve ser em 2017. 


PICASSO

O CCBB do Rio de Janeiro receberá uma Mostra do pintor surrealista. "Thank Of God!"... Pois é... Finalmente! Serão exibidas diversas obras e suas importâncias para a época. Começa no dia 24 de junho e irá até o dia 07 de setembro (Opa?). Marque na agenda!

FARMACOLOGIA

Estudos apontam que 1000 mg ou 1 grama de paracetamol pode embotar a capacidade de sentir emoções. O uso contínuo, claro. Uow!!!! Será? Como eu sou mais usuário do ibuprofeno e da dipirona fico mais tranquilo. Rsrsrsrs

TRACKLIST

Sedated (Hozier)
Work Song (Hozier)
To Be Alone (Hozier)
Cherry Wine (Hozier)
From Eden (Hozier)
Arsonist's Lullabye (Hozier)


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sábado, 18 de abril de 2015

Pauta de Hoje: Virta (Banda), Mozart (???), Nirvana, MAM, Sexy Hot e muito mais...


VIRTA

Estranho nome, não? Pois é... Esse trio do leste da Finlândia não disponibiliza muita coisa mesmo não. Fora um "EP" chamado "Tales From the Deep Waters" lançado em novembro de 2012 - somente singles e participações em programas e shows. Se você puder entrar em sintonia com eles - melhor. O som é absurdamente foda! Imagine um jazz com post-rock e elementos etéreos? Imaginou? É melhor ainda... Não há vocal. Tudo instrumental e viajante. É lindo. Cate esse "EP" citado acima e deguste. Garanto que você irá se perder em alto estilo. O "Virta" é um banda relativamente nova composta por três rapazes: Antti Hevosmaa (Trompete, "Fliscorne", Sopro/Afins e voz), Heikki Selamo (Guitarras e Efeitos) e Erik Heikkinen (bateria e Percussão). Coloquei "voz" por pura fidelidade ao site deles, pois não escutei nenhuma voz, conforme já mencionei. Talvez algum ruído... Rsrsrsrs... A mistura mágica desse material todo é uma catarse em forma de som. É super atual e ao mesmo tempo atemporal. Alguns elementos e instrumentos te levam para outro tempo (meio medieval), porém as guitarras e as "improvisações" de bateria ajeita um jazz contemporâneo. Eu adorei. Escutei uma música deles em 2013 e reservei. Deixei rolar mesmo. Hoje, faço uma menção mega honrosa para esse trio moderníssimo e ultra competente. Fez minha cabeça MESMO. Esse ano de 2015, precisamente em abril (dia 8), eles lançaram o single "About to Fly" na web. E nada de disco novo. Somente o single. E, mais uma vez eu adorei. Segue a linha escandinávia de jazz e os tons experimentais. Vem coisa boa aí - segundo o "vocalista" do trio. Só para não deixar ninguém no escuro sem saber nadica dos caras e ficar sem calça, posso colocar algumas referências de estilo - contudo não se apegue, pois é diferente... Rsrsrs... Mas, se você curte "Tortoise", "Mogwai" ou "Sigur Rós" irá curtir também esse caras. 


MOZART

Quem me conhece sabe que eu adoro cinema. Sou fissurado, louco, aficionado mesmo. Gosto de (quase) tudo que envolve a sétima arte: roteiro, filmagens, atores, trilhas, diretores, continuístas, fotografia, direção de arte, câmeras, locações, figurinos, ambiente, as salas de cinema em si, todo aquele ritual de comprar uma pipoca, pegar uma bebida, sentar na poltrona e assistir ao filme, etc... É um dos meus hábitos prediletos. Sou apaixonado pelo ato de ir ao cinema. Deslumbro tudo que o cerca. Claro, tudo isso na qualidade de espectador. Deixo bem claro isso... Posto isso, vamos lá... Eu tenho uma penca de filmes favoritos. Não consigo elencar por ordem de gosto. Dificilmente eu tenho uma lista de 10 melhores filmes. Isso não existe comigo. Não tenho. A relação é muito parecida com a música. É "escolha de Sofia" para mim. No entanto, sei de uma coisa: nenhum filme passou tanto quanto "Amadeus" (filme sobre Mozart) diante dos meus olhos. Não sei explicar. Até sei: eu amo o filme. Ganhei um VHS (opaaaa...) e depois um DVD do filme. Logo, passava sempre que possível. Mais: sempre que a TV exibia eu assistia. Pior: tenho quase todas falas decoradas dele. Rsrsrsrs... Estranho, né? Eu simplesmente me encantei pelo filme. Desde as risadas de Tom Hulce (loucas, a princípio), a fotografia toda do filme, o ambiente passado, a história de Salieiri (F. Murray Abraham) e sua atuação. Foi a primeira vez que eu vi uma história dentro da música clássica contada de maneira criativa, romanceada, ficcional (pois, não há evidências dessa rivalidade ou de ações homicidas de Salieri) e extremamente criativa. As cenas sobre como Mozart compunha e as notas, operetas narradas por Salieri em pura devoção à música e ao "rival" são antológicas. Eu nunca havia visto e sentido aquilo em relação ao clássico. Essa rivalidade levada ao delírio é ponto alto num filme extremamente sensível e belo. Foi a maior atuação de Tom Hulce. Um ator que não havia despontado ainda e parece ter se escondido atrás de um único papel. O maior, sem dúvida, mas... Quanto a F. Murray Abraham - um ator excelente, trilhou sua carreira muito bem, mas na minha cabeça fica a imagem do compositor italiano sempre. Milos Forman realizou uma das maiores obras-primas do cinema. E eu nunca mais esqueci. Sinceramente? Eu devo ter visto-o, pelo menos, em torno de umas vinte a trinta vezes esse filme. Acho que bem mais... Era viciante!  



NEWS

- O filme "Kurt Cobain - Montage of Heck" sobre a vida de Kurt Cobain irá passar mês que vem na HBO americana. Depois, virá ao Brasil. Passará por oito cidades (RJ e SP entre elas), mas será dividido em muitas sessões. Ou seja: o espectador terá que ir mais de duas, três, cinco vezes ao cinema ver a continuação. Com a promessa de ser o mais file e íntimo documentário de rock sobre Kurt. Estou com muita vontade de vê-lo, mas confesso que essa "quebra" me desanimou bastante. Gosto de ver tudo na hora. Num fôlego só. Enfim... Mas, o filme foi feito com muito esmero, dedicação e fidelidade. A conferir!

- Falando em Kurt... A filha dele, Frances Bean Cobain deu declaração semana passada bem interessante: "Não sou chegada muito em Nirvana... Prefiro outras bandas." Dito isso causou bastante barulho. Chegou a falar que preferia Oasis (Ugh!). Ok... Porém se redimiu por completo depois: " Gosto de Mercury Rev e Brian Jonestown Massacre"... Ahhhhhhh... Ponto para ela! 

- O canal adulto "Sexy Hot" completa 18 anos... Hmmmm... Delícia... Uma das ações de mkt foi o lançamento de uma cerveja com o rótulo comemorativo. A Verve, cervejaria artesanal está no comando de tudo. Parabéns, babe! Vida longa ao canal

- Atenção máxima a mais uma droga sintética (essas "meninas" são sinistras) que tem feito muitas vítimas nos EUA. A "Flakka"... Uma derivação da metanfetamina com efeito bem potente. Bem potente mesmo. O prejuízo cerebral é semelhante ao da cocaína e os efeitos mais do ecstasy só que mais forte possível... Enfim... Não há limites para "sair do sóbrio". É uma questão de escolha, informação e cuidado. 

MAM

O Museu de Arte Moderna está reunindo uma coleção de diversos artistas que já expuseram por lá. Uma espécie de coletânea mesmo. Então, estão na pauta: Miró, Pollock, Warhol. Cruz-Díez, Ricther, etc... Está rolando já e vai até o dia 17 de maio.



TRACKLIST

About to Fly (Virta)
Traffic (Virta)
Yalan (Virta)
Tales From... (Virta)
Eastwood (Virta)




FLAKKA



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sábado, 11 de abril de 2015

Pauta de Hoje: Fables Of Reconstruction, Maioridade Penal, Bárbara Heliodora (RIP), Tracks


FABLES OF THE RECONSTRUCTION

Você pode tanto chamar o disco como acima ou invertê-lo: "Reconstruction Of The Fables". Não importa. O título ficou a cargo do público. E na capa mesmo fica notório. Esse é o terceiro álbum da banda, depois dos dois fabulosos "Reckoning" (84) e "Murmur" (83). Essa fase independente da banda é irretocável: viria depois "Lifes Rich Pageant" e "Document" para fechar a fase IRS. É de ouro tudo que eles fizeram. Sem mencionar o EP de início "Chronic Town" lançado em 81. Toda essa era colocou a banda no simples status de "Melhor banda americana independente". Ou "Melhor banda alternativa americana" ou simplesmente como estampou anos depois a Rolling Stone: "Number One With An Atitude" (eu tenho na minha parede essa moldura). Porque foi mesmo. Considero o Sonic Youth e o REM como os pilares de tudo que veio depois nos EUA. Mas, voltando... O disco foi gravado na Inglaterra. Era a primeira vez que eles saíam da América para gravar. Trocaram de produtor e fizeram o mais sombrio álbum deles dessa primeira fase. Não por acaso, o disco é cercado de divergências e mistérios. Mesmo depois deles terem alcançado um certo sucesso com os dois discos anteriores, havia muita tensão nas gravações. Bill Berry dissera uma vez que a banda quase terminou. Stipe mencionou que houve turbulência em Londres, mas considera o disco bom. Peter Buck sugeriu uma discussão nesse período também... Enfim... Se houve foi pro bem do rock, pois há nesse disco algo distinto de todos os outros discos dessa época: um "grito" country, psicodélico e folk só exposto anos e anos depois em "Out Of Time" e bastante em "Automatic For The People". Canções como "Maps And Legends", "Green Grow The Rushes" fazem extremo sentido se comparadas com as baladas que viriam depois. E, se distanciavam por completo do ritmo imposto em "Murmur", por exemplo. "Driver 8" tem um baixo lindo e dava uma ideia que o som mudara. A banda desacelerava e passava a dar mais sentidos as letras e as harmonias. Não que não fosse dado antes, mas a própria banda confessou anos depois que "com o passar do tempo desaceleraram o ritmo pois estavam mais confiantes". E o baixo de Mike Mills solidifica como protagonista também ao lado da guitarra de Buck. Antes, mais puxada para "Byrds" ou "Velvet", o guitarrista desfiou um leque muito bom de riffs e reposicionou o som da banda: mais denso, forte, etéreo e pesado (no sentido das sílabas musicais). Decididamente é o mais excêntrico do REM. "Feeling Gravitys Pull", a faixa de abertura é forte. Buck abusa de notas com efeito... O clima é bem mais "gótico"... "Old Man Kensey" - outra canção calma, porém com climão folk rock e cordas. "Kohoutek" é a primeira letra mais ousada e direta de Stipe. Uma canção romântica, mas simbólica. A letra faz alusão ao Cometa, porém o vocalista nunca foi muito fácil com suas letras. Tinha americano, ainda, que mencionava não entender o som das palavras do cantor. Sério. Não era somente o som, mas as palavras também. Imagine nós brasileiros? Rsrsrsrsrs... Michael afirmou uma vez que criou algumas letras sem a menor intenção de que o público entendesse mesmo. Porém, afirmou em outro tempo que evoluiu bastante como letrista. E isso fica evidente a partir de 85 para 86... A política entra de vez na vida da banda. Mas, essa é outra história... "Life and How to Live It" é uma canção com andamento similar ao início do som deles... Eu adoro essa faixa. Nas letras, Stipe fala claramente de Athens, terra natal da banda. E, muito do sotaque sulista americano. Referências mil nesse disco. A canção "Can't Get There From Here" - uma espécie de forró com country é uma gíria do sul para mencionar as estradas e seus viajantes que pedem carona para os lugares mais estranhos possíveis... Ninguém entendeu na época. Claro! "Auctionner" é a minha predileta. Rockão do bom... Punk rock, baixão no estilo - uma estranha no ninho obscuro do disco. A faixa é bem rock e cool... Uma puta sacada deles. "Good Advices" é um hino ao povo "indie" e "shoegazer" que viria depois. Uma baixo fodão e fofo. Pode colocar lado a lado de qualquer grande canção indie e perceberás o pioneirismo deles. Finalmente, "Wendell Gee" - uma balada linda com banjos e arranjos de violões que fecham com honras e méritos o disco. Eu escolhi falar acerca de "Fables...", pois ele fará 30 anos esse ano. E merece todo meu esforço (até parece que é) em publicá-lo. Você que admira o som deles precisa ter em mente que a fase 83-87 é obrigatória. Ali estão tudo que os caras suaram e marcaram no som americano, na cena independente, nas "colleges radios" e todo alternativo que viria após... Pode buscar os discos todos. Se precisar de ajuda é só chamar. Pouca coisa me dá tanto prazer como falar de música. Quiçá do Fab Four da Georgia. Já dediquei espaços enormes como esse para os álbuns anteriores. Ano que vem trago outro! Rsrsrsrs... 30 anos de Fables!!!! Yeaaaaah!


AND COUNTING...

Nessa época já estavam prontas as famosas "faixas Side B" ou outtracks como se fala. Ou seja: canções que foram deixadas de lado e não entraram em nenhum disco. Noooooossa! É de doer o coração. Eu tenho uma caixa inteira só com elas... É cada petardo, cada sonzeira que deixa qualquer um questionando o critério adotado para "jogar fora" as músicas. Só como exemplo eu posso dar algumas aqui: "Burning Hell", "Voice Of Harold" (espécie de "So. Central Rain" com outra letra), "Ages Of You", Windout", "Bandwagon", "Walter's Theme", "Rottary Ten", "White Tornado", "All The Right Friends" e mais um monte. Decerto que eles se arrependeram e muitas dessas e outras entraram no famoso "Dead Letter Office" - uma espécie de coletânea de covers, B-sides, etc lançado pela banda ainda em 87. Na versão brasileira ainda vem com as cinco faixas do EP "Chronic Town" e a capa original dentro. Yeahhhh! O último registro deles pela IRS. Mas, é foda... Fica a sensação que os rapazes estavam férteis demais... Rsrsrsrs... Ainda bem, que como pesquisador, eu tenho muito material deles em casa. Alguns nem mais usáveis como cassetes alternativos ou gravações super toscas deles em locais ermos. Mas, são raridades que guardo com imenso carinho. Use e abuse deles, galera! Rooock!


NEWS

- Faleceu ontem a professora, atriz e crítica teatral Bárbara Heliodora. Ela estava internada desde o dia 21 de março no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A causa não foi divulgada. RIP.

- Morreu também ontem a atriz Judith Malina aos 85 anos. Ela e seu marido fundaram o "Living Theatre". A atriz participou de filmes consagrados como "A Família Addams", "Um Dia de Cão" (mãe de Pacino) e "A Era do Rádio" de Woody Allen... Vítima de câncer no pulmão. RIP.

- Toda essa história sobre o avião que caiu nos alpes franceses e o co piloto "suicida" é extremamente louca. O suicídio por si só, já é algo inexplicável e cercado de mistérios filosóficos, quiçá culminado com um ato "terrorista"... Depressão? Terrorismo? Loucura? Nada disso satisfaz ou explica o episódio. Vamos demorar anos para compreender o quê, de fato, aconteceu nesse dia.

- Independente do que está por trás dessa reconciliação entre EUA e Cuba, e o que dizem os pessimistas, eu acho benéfico o diálogo. Não sei especular o que será desse papo e os desdobramentos, porém já passou faz tempo o fim do embargo e a questão de Guantânamo. Resta forçar cada vez mais os diálogos e a paz aqui nas Américas.


MAIORIDADE PENAL

Conforme eu mencionei num post antigo eu sempre questionei a eficácia da redução da maioridade penal. Se é melhor os dezoito anos ou dezesseis... Sinceramente, eu não sei. Li e escutei ótimos argumentos dos dois lados. Juro. Pessoas do meio e de qualidade irrefutável. Achei bem equilibrado. Mas, fato é que a Câmara votou "sim" para a diminuição. Falta o Senado. Porém, nada disso resolve ou alivia nossos problemas penais. Muito mais do que alterar a idade está o peso do falido sistema penitenciário. Falando em miúdos: celas imundas, processos ultrapassados, lotação hedionda nos presídios, processos sem julgamentos, lentidão burocrática, judiciário leviano e nada idôneo, etc... Ou seja: todo um rol de erros e crimes ANTES mesmo dos crimes em si. Não adianta tirar o sofá ou trocar por outro móvel um lugar condenado e imundo. Precisamos avançar, dialogar e esgotar todo processo do começo ao fim. E, pensar sempre em educação como saída, como prevenção, como alimento, como o começo de tudo. Nunca teremos uma redução significativa na violência sem tocarmos no assunto: educação! É daí que oriunda quase tudo. O resto é patologia!

TRACKLIST

Ages Of You (REM)
Burning Down (REM)
Letter Never Sent (REM)
Laughing (REM)
Maps And Legends (REM)
Wendell Gee (REM)
Voice Of Harold (REM)




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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Pauta de Hoje: Billie Holiday (Centenário), Euro, Prodigy, Maratona de Cinema, José Wilker e mais


BILLIE HOLIDAY

Pois é... Considerada por muitos, como a maior cantora de jazz do planeta; completaria um século de vida daqui a quatro dias: dia 7 de abril. Nascida em 1915 na Filadélfia, Billie, não teve essa pompa toda não. Registrada como Eleanora Fagan Gough, filha de pais adolescentes (seu pai tinha 15 e sua mãe 13), "Lady Day" (como foi alcunhada) passou uma vida complicadíssima. Violentada sexualmente na adolescência foi internada, mais tarde lavou chão em prostíbulos até se tornar uma prostituta, de fato. A vida era paúra para ela. Aos 14 anos já estava na "vida fácil". Precisou procurar todo e qualquer emprego, pois sua mãe vivia sendo despejada por falta de grana. O pai já tinha abandonado-a desde bebê. Alguns especialistas afirmam que Billie não tinha uma extensão de voz grande como Sarah Vaughan ou Ella Fiztgerald, acreditem, mas compensava com uma sonoridade rouca e mágica. Billie cantava com muito coração. Cantou com todas possíveis "big bands" da época e encantou por demais os homens. O que se destacava na cantora era sua capacidade de improvisar e criar. E, no jazz, isso é vital. Billie não tinha educação musical, apesar do pai músico, mas observou exatamente com os grandes mestres como se fazia. Jazzistas como Artie Shaw, Duke Ellington, Louis Armstrong, Benny Goodman (big band), todos tiveram certa relevância na carreira dela. Acelerava certas canções, diminuía o ritmo ou as sílabas em outras e interpretava com uma dramaticidade nunca vista. Por isso, ganhou fama e respeito no mundo musical. A menina de voz frágil e vida sinistra havia vencido. Porém, à medida que subia nos palcos caía nas drogas. Tinha dois "fracos": álcool e heroína. Sofria de depressão também. Decerto que sua vida seguia sofrida, pois arranjava maridos infiéis ou seguia abusada pelos homens que acompanhava-a nas noites. Uma biografia de respeito repleta de tudo que uma "rock star" tem direito. E breve! No dia 17 de julho de 1959, aos 44 anos, a cantora sofreu uma overdose e morreu. No corpo: álcool e muita heroína. Me veio à cabeça Billie por justamente estarmos no ano do seu centenário. E ando lendo imensas homenagens, tributos e menções pela web. Mais do que merecido mesmo. Foi uma extraordinária mulher e artista! 


NEWS



- Ainda sigo em processo de "audição" no disco novo do Prodigy. Gosto muito da pegada deles. Acho uma inovação em termos musicais a presença de uma banda como eles. Desde quando eles começaram em meados da década de 90... Vamos aguardar mais...

- Crescimento inédito: os dezenove países da zona do euro atingiram o maior nível esse ano. Parece que as coisas começam a melhorar no velho continente.

- Uma informação que não mudará em nada seu mundo, mas é curiosa: 3.500 quilos ou 3 Toneladas e meia é o peso perdido, desde 2010 pelo programa de Cirurgia Bariátrica no SUS do Estado do RJ. O aumento é impressionante. São 3000% ao ano. Retrato de uma sociedade consumista e doente.

- A OMS avisa que até o fim desse ano (2015) a população com menos de 5 anos será maior do que a de mais de 65 anos. Essa relação será tendência para o futuro e pode gerar uma tensão entre as gerações. O que na prática por exemplo pode impactar muito. Um exemplo bem prático: "aquisição de imóvel próprio" - algo que  as pessoas nascidas na década de 40 e 50 conquistaram com mais facilidade - será bem mais difícil às pessoas que nasceram nas décadas de 80 e 90. Essa relação impactará financeiramente e mudará a visão do mundo moderno.

 MOSTRA


Caixa Cultural
Mostra José Wilker - 50 Anos de Cinema
Começa dia 7 de abril até dia 19

MARATONA

De volta a tão esperada Maratona de Cinema. Lembram? Você deve conhecer ou lembrar como "Maratona Odeon..." Pois é... Depois de muuuuito, muito, muito, muuuuuito (oxe) esperar saiu do forno. Será oficialmente no Estação NET Botafogo. O dia será 17 de abril e sempre ficará na terceira sexta-feira do mês. Nessa (17) o público escolhe três entre seis opções de filmes. Na hora. "On time". Serão seis filmes do gênero "terror" dessa vez e a surpresa será exatamente não saber o que virá. Quando amanhecer, se você estiver vivo, hahahahaha, bolo e café da manhã para os sobreviventes! Sério: eu adoro a maratona. Cinema, amigos, diversão e comida. Falem sério! De looooonge o melhor programa! Prepare-se.

TRACKLIST

Stormy Blues (Billie Holiday)
Fine And Mellow (Billie Holiday)
Dont Explain (Billie Holiday)
God Bless The Child (Billie Holiday)
Our Love is Different (Billie Holiday)

Hare!

Clic.