quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pauta de Hoje: Frank Sinatra (documentário), Animação Russa, Paul Weller, News, etc


ALL OR NOTHING AT ALL

Antes de tudo gostaria de mencionar que duas pessoas foram responsáveis pela minha (primeira) atenção a Frank Sinatra. Como de costume: não citarei nomes. Coloquemos como Dean e Lenny. Ok? Pois então... Ambos fascinados por Frank mostraram-me ao longo de minha vida (até aqui) fatos e memórias acerca do cantor. Fosse por sua técnica vocal (barítono) e excelência no entretenimento ou por simplesmente ser o maior artista pop da cultura ocidental. Ao menos - eles achavam. Ah, importante salientar que ambos eram americanos. Assistindo ao documentário supracitado, por muitas vezes esbarrei em informações que eu já sabia. Peguei-me rindo. Frank Sinatra nasceu em 1915. Portanto, são cento e um anos de história. Ele faleceu, mas muita coisa ainda fala-se a respeito. Como qualquer homem tinha enormes fraquezas e hábitos péssimos. E, não refiro-me ao fumo nem ao álcool, mas sobre sua cafajestagem em relação as mulheres. Era naturalmente infiel. Relacionar-se com Sinatra era péssimo. Como pai também não foi perfeito. Longe disso... Colecionava amigos, contatos, inimigos e mulheres como quem trocava de cueca. Porém, seria injusto apenas criticá-lo. Foi um homem pobre de New Jersey, descendentes de italianos e marcado por escassez de comida, dinheiro e oportunidades. Pegou a primeira grande guerra. Pegou a Grande Depressão Americana, a segunda guerra, Vietnã. Guerra Fria, períodos turbulentos... Sinatra aprendeu desde cedo a ralar e comer o pão que o diabo amassou. Como era de bairro de gangues, fez amizade com rapazes da máfia (sim... Sempre soube-se) e era importunado pelos irlandeses do bairro. Era barra pesada mesmo. Meio a tudo isso sempre teve o sonho de cantar. E, foi atrás... Mudou-se para Nova York com vinte dólares no bolso e nunca parou. Contar toda a história desse doc. ocuparia imensas linhas. São quatro horas e meia de conteúdo. Do começo ao fim. De seu antigo bairro pobre ao mundo. Ninguém atravessou tanto tempo e alterou tanto o comportamento de uma cultura como ele fez. Nem Elvis Presley (de quem foi amigo, porém não gostava de rock) ou Beatles. Acredite. Ele passou por sessenta anos, ou três gerações completas sendo relevante. Até quando era fracasso. Quando seu mundo caiu na década de 50 - fugiu para o cinema e voltou como rei. Quando seu novo fracasso deu-se na década de 70 (tanto que fez a primeira despedida em 71 - show clássico que reuniu toda nata da época), aposentou-se e retornou dois anos depois. E, começou a lotar estádios monumentais com sua voz e presença. Com direito ao show antológico no Brasil em 1980 em pleno Maracanã. Se você não lembra pergunte a seus pais. Cento e setenta mil pessoas viram Sinatra no maior do mundo. O cantor viajou o mundo inteiro cantando. Participou das principais orquestras de jazz, aliou-se ao combate ao racismo, elegeu alguns presidentes americanos (muitos de gostos duvidosos) e casou-se quatro vezes. Foi pai de três (Nancy, Frank Jr. e Tina). Foi chamado de mafioso (por sua estreita relação) e comunista por ser democrata de carteira. Enfim... Uma vida inteira dentro dos holofotes e bastidores. Além de tudo ainda ajudou muitos artistas (negros inclusive na época da segregação racial do país) e produziu outros tantos. Um "bon vivant", mas com conteúdo e ideologia. Recomendo que vejam esse registo (All or Nothing At All), pois é uma vida e tanto. Um personagem fundamental para entendermos um pouco de entretenimento e música. Enquanto isso, volto a minha vitrola e curto a solidão escutando meu vinil "Only The Lonely!


NEWS

- Sir. Paul Weller fez cinquenta e oito anos ontem (dia 25). Segue elegante, afinado e de gosto diferenciado. Viva!

- Dentro da Mostra de Animação Russa (divulgada aqui) na Caixa Cultural, haverá um debate amanhã (27) com a animadora russa Svetlana Filippova às 17 hs. 

- Susan Janet Ballion, ou somente Siouxsie Sioux, completa amanhã 59 aninhos. Yeaaah! Uma senhora talentosa demais. 


- A Livraria Da Vinci, clássica como nunca deve reabrir em julho. Quase fechada em 2015, graças a intervenção de Daniel Louzada (livreiro), ela foi comprada e em breve deve ser reinaugurada. O dono promete preservar boa parte de sua estrutura.

COURTNEY BARNETT

Tardiamente, comecei a escutar essa australiana de 29 anos boa de som... Seu som denominado "indie" é muito legal. Escutei os dois trabalhos da moça, o EP "A Sea of Split Peas" e o "Sometimes I Sit and Think, Sometimes I Just Sit" de 2015 e fiquei com muita boa impressão dela. Prometo falar mais dela por aqui.

TRACKLIST

Night and Day (Frank Sinatra)
Strangers in The Night (Frank Sinatra)
The Lady Is a Tramp (Frank Sinatra)
I've Got You Under My Skin (Frank Sinatra)
The Way You Look Tonight (Frank Sinatra)
That's Life (Frank Sinatra)