segunda-feira, 15 de junho de 2015

Pauta de Hoje: Algiers (Disco), Brant (RIP), Cinema, Talking Heads, Rubem Braga, etc.


ALGIERS

Esse trio americano já vinha lançando singles desde 2013... Ano passado lançaram mais dois ("Games" e "Claudette") e finalmente lançaram seu disco de estreia. O nome é homônimo. E vem com chancela da Matador Records. Coisa boa... Eles vêm da Georgia, mesma terra do REM e B-52's. E finda por aí... Rsrsrsrs... Depois de abrir alguns shows do Interpol em 2008, 2009 os caras resolveram inciar, mesmo, o trabalho fonográfico. Demorou bastante... Tudo bem. Mas, antes de você se aventurar pelos sons "góticos" e soul deles preciso avisar: os caras bebem no som gospel e post-punk. O tom do vocalista Frank James Fisher é bem ao estilão Nick Cave. Juntamente com o som lúgubre e atmosférico torna-se algo mais soturno. Porém, há mais misturas do que se possa imaginar: um industrial eletrônico, reverbs, eco, sintetizadores pesados, drums machine e guitarras mais singelas. É bem bacana! Um som carregado de surpresas e que resultam em seus fones de ouvido (sempre falo) sons etéreos e viajantes. A impressão que me causou também foi de algo produzido numa igreja (de preferência, gótica) com corais e climão dark. A crítica recebeu os rapazes muito bem. A média deles gira em torno de oito (8.0). Nada mal para esse trio que estreia com energia, atitude e distinção em meio a tanto "revival" por aí. Consegui perceber não somente a influência de Nick Cave como de Ultravox, Depeche Mode (antigo) e soul music antiga. Pois é essa a diferença: o som com toda produção e elementos distingue com a voz soul (gospel) do vocalista. Ele é quem quebra essa corrente gótica e industrial. Apesar da impostação grossa a voz do Algiers é puramente soul. É, de fato, uma mistura interessante. Ficou com vontade de ouvir? Eles lançaram disco recentemente e está disponível na rede. Mas, vou te ajudar um pouco. Destacarei cinco canções importantes (na minha opinião) dentre as onze faixas do disco; "Black Eunuch" - com uma cara de jam session e voz soul, "Blood" - faixa política e mais pesada. Linda, "Remains" - bela mistura de soul com industrial, "But She Was Not" - com andamento marcado e programação com reverbs e ecos e "Claudette" - algo mais próximo do rock mesmo com uma linha de baixo super estilosa. Resta apenas completar o serviço deles: além do vocal James (já citado duas vezes acima) completam o trio, Ryan Mahan - baixista, percussionista, programador e Lee Tesche - guitarrista, tecladista e arranjador. Detalhe importante: a bateria eletrônica fica por conta de James. O "drum machine". Entretanto, ao vivo, quem toma conta da batera é o próprio Ryan. Divirta-se! O som é diferente e maneiro. 


NEWS

- Infelizmente o país perdeu Fernando Brant, parceiro de Milton Nascimento e Clube da Esquina. Acima de tudo, poeta dos bons. Clássicos como "Travessia", "Canção da América", Bola de Meia, Bola de Gude", "Maria, Maria" entre mais de 200 composições estão entre sua história. Resta torcer para que a nova geração capte a essência das letras de Brant! RIP.


- Um clássico do Talking Heads (considerado pela crítica o segundo melhor da década de 80) - Remain In Light - completará em outubro desse ano trinta primaveras. Apesar da indicação da imprensa eu prefiro o "Fear Of Music" (79) no todo deles. Claro, que o álbum marca pela percussão e influência africana no som do TK e muda tudo. Reconheço; porém gosto é gosto. E, quando se fala de banda de primeira linha é assim mesmo. É cabeça a cabeça dentro do genial histórico do artista.

- Os principais shopping da cidade estão com uma programação de música gratuita e com qualidade em diversos horários. São jazz, mpb, bossa-nova, etc enquanto o cliente compra ou se alimenta. Eu sei que a vida está dureza (e eu mesmo não vou quase nunca a shoppings), porém o programa é gratuito. Quer uma dica? Vai lá e pede uma cerveja em conta e curta! Depois se mande! kkkkk

- Fui ver "A Espiã que Sabia de Menos" numa de me divertir mesmo. Somente. E, estava acompanhado. Gosto de ver filmes sozinho para distrair, criticar e absorver. Mas, não foi bem o que eu esperava... Eu sabia que se tratava de uma comédia beeeeem light e nada mais. Porém, ri muito pouco e acabei me divertindo mais com os meus pitacos e sacanagens... Rsrsrsrs... Jason Statham ficou bem maneiro num papel de um espião forte, mas ruim e desastrado. Uma sátira consigo. Isso me entreteve. Mas, foi só. Cinema para mim é sagrado. E até mesmo as comédias rasgadas precisam ser interessantes, inovadoras, saca? Enfim... Valeu a ida ao cinema!  

MOSTRA

Galeria de Arte e Literatura
O Lavrador de Ipanema
Estação Central (Metrô)
A partir do dia 24

São catorze imagens da natureza (folhas e flores) com textos de Rubem Braga. O maior cronista brasileiro amava as árvores e sempre exerceu sua predileção. São pensamentos e trechos sobre ecologia ilustradas por imagens.

TRACKLIST

Travessia (Fernando Brant)*
Paisagem da Janela (Fernando Brant)*
Ponta de Areia (Fernando Brant)*
Maria, Maria (Fernando Brant)*
Feira Moderna (Fernando Brant)*
Sentinela (Fernando Brant)*
Bola de Meia, Bola de Gude (Fernando Brant)*

* As canções são parceria, mas mantive somente o nome de Brant como homenagem!


HARE!

CLIC.