sábado, 20 de junho de 2015

Pauta de Hoje: Death Cab For Cutie (Disco), Christopher Lee (RIP), True Detective (2ª Temp.), Morphine e mais...


Gostaria de comunicar que, por falta de estrutura, não poderei colocar a resenha do Leonard Cohen conforme prometera. Leia-se: problemas com conexão de internet... Pois é... Graças a uma incompetência do cacete estou com enormes dificuldade de conexão. Estou levando o triplo do tempo para ler e escrever o blog. Tornou-se hercúlea a tarefa de deixa-lo completo da forma que eu queria. Entre engrossar de forma torta e deixar para o próximo post do jeito que que quero - fiquei com a segunda. Leonard Cohen e seu novo álbum da maneira certa SEM FALTA no próximo "post". Vamos a versão que a OI me deixou fazer...

DEATH CAB FOR CUTIE

Tenho uma enorme simpatia por essa banda. Os acompanho bastante... Gosto muito das composições dos rapazes e da voz de Ben Gibbard (um dos fundadores). Só relembrando: Ben tocava sozinho um projeto solo desde 1997 e começou a tomar corpo com a presença de Chris Walla (outro fundador - que anunciou a saída recentemente) e Nicholas Harmer. A partir de 98 passaram a ser uma banda, de fato e de direito. Lançaram disco e houve algumas mudanças de membros. Mas, essa dupla Gibbard-Walla foi sempre o embrião. A razão de ser do Death Cab. Infelizmente, conforme mencionado, Walla deixou a banda após o lançamento de "Kintsugi"(2015). Sim, esse é o nome do oitavo disco deles. Uma espécie de arte japonesa de reparação (fixação) de cerâmica. Uma ruptura. Gostou? Sugestivo, não? O som segue a linha do bom, da nata deles... Canções pop bem feitas, com teclados interessantes, faixas dançantes e arranjos bonitos. O tema "japão" parece ser uma tendência... O Blur lançou trabalho com influência do país. Existem algumas referências ao Japão nas letras do disco. A começar pelo título, certo? A banda lançou quatro singles antes de liberar o álbum. Dos lançados, o que eu mais gostei foi "Little Wanderer". Bela composição. Marcante. Acertaram a mão mesmo. "Black Sun" - tão badalada ao sair eu já não curti tanto. É legal, mas achei "mezzo". Acho que passou um pouco do ponto. Minha opinião. "No Room In Frame" - a faixa que incia os trabalhos também é muito boa. Acho que um disco precisa de uma para mostrar ao que veio... E a faixa mostra. Outra que me chamou atenção foi "You've Haunted Me All My life" - saca aquele "rock song" (balada) que a banda sempre o fez com extremo gosto e talento? Pois é. Ótima sacada. Melancólica, lírica, com alguma pegada e bonita. Acabamento de primeira. No miolo do disco tem umas faixas mais calmas mesmo. Baladas, um lirismo e até sintetizadores programados. Dá uma quebra de ritmo boa no trabalho. Após essa "bonanza" vem a canção que mais me pegou: "Good Help (Is So Hard To Find)". Ritmada, com influência "disco" mas alternativa. Gostei bastante. Moderna. Um "Death Cab" para as pistas... Rsrsrsrs... Ouvindo e re-ouvindo todo disco eu constatei que eles acertaram a mão de novo. Muito bom o resultado de "Kintsugi". Um belo álbum com onze canções de indie rock, de pop ou indie pop. E, pelo o que li a crítica deu um belo oito na média para o disco. Se você pensar que os caras estão na estrada mais de quinze anos e oito discos lançados não é pouca coisa... Pense aí... Outra coisa: a arte da capa ficou bem bacana. Uma combinação de preto e branco reluzindo num ambiente cinza. Nem sei se foi de propósito, mas que ficou bonito ficou. Eu citei acima quatro canções do álbum. Citarei mais duas para fecharmos seis grandes faixas do disco: "The Ghosts of Beverly Drive" e "Binary Sea" - a canção que fecha o trabalho. Linda! Não deixe de escutar. O ano está fértil! 


NEWS

- Não tem jeito. Depois de uma loooooonga espera. Loooooonga espera! Foi foda! Estreia "True Detective" amanhã (21) com Taylor Kitsch, Colin Farrell e Rachel McAdams nos papéis principais. Vince Vaughn faz o vilão. Eu adorei a primeira temporada. Simplesmente. Maldade é deixar a rapaziada tanto tempo no soro esperando a nova temporada. Nessa segunda sessão, Taylor faz um policial rodoviário cheio de cicatrizes, Colin interpreta um detetive um tanto quanto "subornável" e de caráter duvidoso, Rachel é a ética em pessoa e Vince assume o antagonista aqui. Vive um chefe de cassino que perde o sócio. A trama desenvolver-se-á acerca da morte de um prefeito corrupto (sócio de Vince) e alguns acordos suspeitos no ramo dos transportes. É isso! Agora é esperar e desejar uma ótima trama! Para quem não conhece o esquema, True Detective não finda a cada episódio. São uma penca de capítulos divididos em episódios (serão oito dessa vez) e ao fim chegamos ao veredicto. Essa fórmula simples caiu muitíssimo bem na primeira temporada. "Here we go"

- O último disco (póstumo) do Morphine, "The Night", completará 15 anos em 2015. Uma das mortes mais viscerais da música. Mark Sandman (Detalhe abaixo) teve um colapso na música "Super Sex" no palco na Itália (Palestrina - 99) e caiu. Começou um ataque cardíaco que mataria o vocalista da banda. Um músico dos mais criativos e geniais do nosso tempo. Mark fora o terceiro dos irmãos que faleceria para desgosto de sua mãe. A história é contada de maneira didática no excelente documentário "Cure for Pain The Mark Sandman Story". Está no youtube disponível. O álbum seria lançado meses depois. 



-  E agora mais essa? O pastel foi a iguaria condenada pelo descaso dos estabelecimentos cariocas quanto a higiene e zelos sanitários. Eu perdi a conta do que já foi autuado... Pastelarias, comidas árabes, restaurantes famosos, supermercados... E a lista é longa! Eu fico mais tranquilo, pois eu como bem mais em casa mesmo, porém urge uma mudança colossal na mentalidade dos nossos empresários. Pelo amor de deus... Não é de hoje que a comida na rua implora por uma higiene mínima, um controle decente de prazos de vencimentos e estoques adequados. Além da necessária elevação no padrão. Como é que é? O empresário só quer ganhar dinheiro? Não tem zelo pelos clientes nem competência para administrar com um mínimo de decência humana? E a saúde da população? É tudo "nas coxas" mesmo? Vergonha na cara, cacete! Quer entrar no ramos de alimentos? Faça direito! Pior é que gosto de comer em restaurantes com comida japonesa... Imagine a m%$#@??? Peixe cru???? Hmmm... 

- Cometi um pecado crucial no último "post"... Deixei de fora meu registro funerário do genial ator Christopher Lee... Que bola fora minha!!! Comentei em redes sociais, conversei acerca, mas não deixei aqui meu penar! Perdoe-me! Descanse em paz, Christopher! RIP.

- Vem por aí um novo álbum do PIL! Angeeeeeer is an energy! 

MARK SANDMAN

O líder do Morphine merece um lugar de destaque na música. Ele foi um dos caras mais criativos que apareceu. Foi uma estrela local em Boston, tornou-se uma maior ainda no país. Foi um poeta, músico, multi-instrumentista dos bons (o Morphine é prova disso) e cartunista. Criou o "twinemen" - um quadrinho com técnicas visuais e foi membro do "Treat Her Right" - banda de blues anterior ao sucesso. Mark nasceu com a arte em seu destino. No documentário fica evidente o trato de seus pais com o menino. Mark sempre foi tímido e lacônico, porém gentil e culto. Era de contar histórias e agitar as coisas. A seu modo, claro. Nesse documentário temos o depoimento de baixistas clássicos (Les Claypool e Mike Watt) falando sobre essa "novidade" de um baixo de duas cordas com "slide" que ele tirou da cartola e moldou o som da banda. Foi algo genial. Morphine foi um som tão criativo que quase ninguém soube cataloga-los... Criou-se o termo "low-rock"... Não tinha como rotular um som daqueles: double strings no baixo e um sax no lugar da guitarra. Era alternativo, mas sofisticado ao mesmo tempo. Era diferente. A mãe de Mark lançou um livro extremamente triste e delicado, pois ela perdera três filhos... Não é qualquer pessoa que segura um troço assim. Isso já marcara Mark de alguma forma. Ele perdeu os dois irmãos de maneira torpe e caiu numa depressão enorme. Já tinha passado por um esfaqueamento dentro de um taxi também... Decidiu se curar através da música. Daí o nome do segundo álbum: "Cure For Pain". Mas, acabou sucumbindo devido a um ataque de coração em cima do palco. Na frente de todos italianos que lá estavam... Acabava o Morphine. Acabava a trajetória de Mark Sandman aos 47 anos. O terceiro filho de Giulle (sua mãe) falecera. Em 1999. Antes do fim do século e milênio. Desgraça e glória, prisão e liberdade dentro de uma biografia muito boa. Mark morou em diversos lugares. Inclusive no Brasil - Santa Teresa no Rio de Janeiro. Falava bem alguns idiomas, entre eles o português. Foi um cara sensacional. Um artista. Bem como a família previra! É isso... Faz muita falta um cara assim... Vida longa ao Mark.


TRACKLIST

Rope on Fire (Morphine)
The Night (Morphine)
You Look Like Rain (Morphine)
Buena (Morphine)
Miles Davis Funeral (Morphine)
Good (Morphine)
Cure For Pain (Morphine)


RIP.

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