sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Pauta de Hoje: New Order (Disco), "Vinyl", Lolla, Exposição, Aurora Boreal, etc...


NEW ORDER

Sim, sim... Demorei um pouquinho para comentar sobre o disco novo do New Order. Passadas as brigas e desavenças - Peter Hook saiu em definitivo - Bernard Sumner, Gillian Gilbert e Stephen Morris, os membros originais restantes, entraram em estúdio e gravaram mais um disco. O primeiro sem Hook. No baixo - Tom Chapman assumiu a árdua missão de ser o responsável pelas famosas quatro cordas e executou bem. Quem conhece a banda sabe bem o que o baixo de Hook representa. Phil Cunningham, presente no último álbum (Lost Sirens), repetiu a dose e gravou mais esse também. Claro que depois de décadas e décadas eles não precisam provar mais nada. A grande questão de bandas com esse tempo todo na estrada é a relevância no cenário atual. Mesmo assim, os fãs nem se importam muito com tal missão. Apenas desejam longa vida. De qualquer modo - fiz uma pequena releitura da minha vida enquanto escutava o trabalho deles... De 1987, quando em minha casa chegou o "Substance" (branco) que pertencia a minha irmã, até os dias de hoje. São quase 28 anos... Uma geração inteira dentro desse cenário. "Music Complete" (nome do novo trabalho) é o décimo disco deles. De fato. Foram dois a três hiatos, pausas e longos conflitos, além de inúmeros projetos paralelos. Parece pouco, mas não é. São trinta e quatro anos de convívio, fora o Joy Division. Mas, essa é outra história. Vamos ao disco... As duas primeiras canções do álbum me remetem aos velhos tempos: música dançante com uma linha de baixo mais roqueira e a velha fórmula. "Restless" e "Singularity" poderiam constar no disco "Get Ready" ou até mesmo no "Technique" (último álbum "sagrado" dos fãs mais ortodoxos). "People On The High Line (com um baixo nervoso) e "Tutti-Frutti" têm um groove maneiro e um riff de guitarra mais suave dando o tom de Sumner. Trata-se de um trabalho de "dance music". Não há dúvida. E eles sabem fazer bem. As participações também são muito especiais: La Roux, Chemical Brothers (Tom Rowlands), Iggy Pop (sim... Ele mesmo) e Brandon Flowers (Killers). Brandon nunca escondeu sua tietagem pelo New Order. O nome do "Killers" é tirado de um clipe da banda de Manchester. Uma sensação estranha me acometeu durante a audição. Eles retornaram às suas origens nesse disco. Em algumas entrevistas, Sumner sempre citou Kraftwerk, Donna Summer e outras figuras da "disco" setentista como base de alguns hits deles. E, esse clima esteve presente em boa parte do trabalho de "Music Complete". A presença de Tom Rowlands (Chemical Bros.) deu "liga" a duas outras canções: "Plastic" e "Unlearn This Hatred". Uma vibe mais eletrônica. "Superheated" - a faixa que encerra tem o clima do Killers.. Pudera, Brandon Flowers canta e co-assina também. Porém, a canção mais significativa na minha opinião é "Nothing But I Fool". É ela que mais sintetiza a banda. Ali eu enxerguei o antigo New Order, os teclados mágicos de outrora e a melodia clássica que arrebatou fãs e fãs. De longe a faixa mais expressiva. Podem apostar. Palavra de quem conhece esses caras há tempos! Ao todo são onze canções celebradas por uma banda histórica que cunhou seu nome na música. "Good Job".


NEWS

- Vem aí uma série que promete muito! Chama-se "Vinyl" e terá produção da HBO. Quem está a frente dessa são nada mais nada menos do que Scorsese e Mick Jagger. Sim, os dois. O cenário se passa na efervescente Nova York dos anos setenta. Bobby Cannvale (ator) será o protagonista. Viverá um executivo de uma gravadora testemunha de uma explosão musical e cultural. Exatamente a chegada do hip hop e do punk em meio a onda "disco". Scorsese e Jagger são trunfos e conhecedores dessa cena. Ambos viveram intensamente o momento. A estreia será em 2016, mas ainda sem data certa. A conferir...

- Saiu o line-up do Lolla... Zzzzzzzz... Um tédio só... Nomes como Eminem, Alabama Shakers, Mumfords & Sons, Noel Gallagher e seu projeto, Snoop Dogg, Florence + The Machine não seguram a onda. Sinceramente... Tem os veteranos do Bad Religion também... O que me apeteceu mesmo foi o Tame Impala. Adoro. Porém, viajar até São Paulo somente para vê-los me parece tarefa ingrata. Enfim... Tô fora!

- Um disco que eu não resenhei (por falta de tempo), mas que merece registro é o "Ones And Sixes " da banda Low. Apesar da melancolia e do climão mega arrastado, o trabalho tem um valor muito superior ao restante que tem saído. Eu curti. Destaco cinco ótimas faixas do álbum: "No Comprende", "Gentle", "Lies", "Kid In the Corner" e "Landslide" (e seus nove minutos e pouco). Esse é o décimo-primeiro trabalho deles e conta com a participação do batera do Wilco. Saiu pela Sub Pop. Quem não ouviu está perdendo tempo. Escute! 

- Estima-se que em 2050 - vinte porcento da população mundial terá mais de sessenta anos. A proporção será de uma (pessoa) pra cinco. Atualmente, ela é de uma pra dez. Hmmm... Os dados são da OMS.

EXPOSIÇÃO

MOSTRA 3M de Arte Digital
Fundição Progresso
22 artistas expondo suas obras em suportes digitais e audiovisuais
Começa hoje (09) e vai até o dia 25 próximo. (GRÁTIS)
Das 10hs até às 18hs.

A exposição já teve cinco edições em Sampa e foi um sucesso. Para essa, no Rio, estarão presentes artistas de treze países.

AURORA BOREAL

Um show de luzes polares... Geralmente vista no hemisfério norte em países como Noruega, Finlândia na Europa ou Canadá aqui na América... Quem vê nunca mais se esquece. De fato, é um momento lindo, digno de registro e nos faz pensar e muito. Eu, pelo menos, penso. Na vida, no tempo, nos lugares, etc... Mas, o que seria um aurora boreal em miúdos? Sua definição. Bom... As auroras são resultados de choques de partículas de tempestades solares com o gás da atmosfera. Nessa colisão é liberada energia em enorme quantidade aonde surgem luzes coloridas. Bacana, né? O embate dos átomos de oxigênio dar-se as cores verde e vermelho-escuro (comuns) já o azul e o vermelho-vivo são causados pelo impacto com o nitrogênio... Uau!!!!! Os melhores períodos para a ver esse espetáculo são no outono (americano) e no inverno nórdico. Posto isso: eu termino com a história do nome...

Galileu Galilei batizou a aurora do hemisfério norte assim em homenagem ao Deus grego "Bóreas" - responsável pelos ventos nórdicos. 



TRACKLIST

So What (Miles Davis)
Blue in Green (Miles Davis)
Flamenco Sketches (Miles Davis)
Freddie Freeloader (Miles Davis)

Isso acima é somente 80% do magistral "Kind Of Blue" do mestre Miles... Um disco indispensável! 




Nhac!